terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Ode ao pessimismo

É que nesta noite transgrudenta apetitosatriste sei que vou morrer. Mas não de um rito banal. Minhas memórias só me fazem mal, me quebram e segam o que poderia ser então vida. É a morte de um espírito coxo. Afinal, quantas ações poderiam ser minha morte e minha vida e seriam saudáveis feitas a pulação de um inconsciente gato? Pensar o passado feito melancolia de algo bom que hoje não volta e se frustrar, ou então, olhar o mesmo e ver que o que fiz estava errado. Mas vamos lá! Tudo tem remédio e projetemos o futuro, que ao passo do mesmo me castrarei dando bom dia à querida fudição de viver devido ao ônus dos sonhos que quero galgar, que bela frustração pra viver um orgasmo!

Se estamos no labirintarte de viver devemos concear o que se tem de vida, dando margem a bela dicotomia: se aproxime sempre do certo então a escolha errada velada pela norma será sempre aceita, por mim, por vocês e por todos. Não me julgo um visionário das grandes verdades, apenas admito que também erro, diferente dos que ecoam sua voz mais alta, e assim todos riem. E quando erram estão tranqüilos porque do erro não lhes cabe o julgo. O julgo maior pra esses é a própria vida, o movimento supracitado que dilacera.

A querida noite me trás um medo, esse que não devo ter e que sem o mesmo não vivo. Mas por que se quer tanto viver? Medo da morte que desejo. Vidamortalhadesejante voltemos ao parto, para podermos criar e criar e criar... Para isso existe o medo, tudo isso acaba virando palavra. Mas não pensem que escrevo porque tenho medo, apenas escrevo pra fazer que as coisas deslizem em minha boca deixando a palavra virar adubação, perfeito! Mais uma idéia brilhante! É o que penso agora, mesmo que ouça barulhos no quintal. Será a morte ou a idéia dela? Não... É apenas a pulação da um gato.

E para quê tanto barulho? Será que não queremos apenas evitar que a morte seja um rito banal? No começo falei do passado, agora é do presente que falo, porque o bicho sempre me acompanha e não preciso ter ciência de nada, escravo do tempo que sou.

Parafrasearpalavramedocastolibertandoadordetudo > Síntese.

10 comentários:

  1. Meu caro Reuel,
    fico muito feliz em ver sua pessoa de volta ao torto. Seu texto é sensacional e te desejo muitas dúvidas até se tornar velho e brocha. Um beijo.

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  2. Reuel,

    Muito intenso e cortante o seu texto.

    É isso mesmo: viver a vida implica em passar por barreiras, enfrentar o medo, saber tomar decisões, aprender a aceitar deixar determinadas escolhas para depois, aceitar pagar o preço das nossas limitações. Em suma, viver implica em aceitarmos dialogar com o principio de realidade e com a castração.

    Por fim, só tenho a dizer que viver é uma exigência que os outros e nós mesmos fazemos de nos aperfeiçoarmos. Qual o angulo correto e coerente para o que seja um aperfeiçoamento, não sei dizer, assim como ninguém sabe, mas no final das contas todos cobram algo.

    Por isso que eu digo: se encontrar na vida é um ato de sorte. Ninguem te dar o direito a uma escolha para entrar nesse antro sujo e imundo, mas você deve se ver obrigado a seguir na risca tudo que lhe é imposto dessa realidade que sequer você optou em querer ou não. Portanto, sorria, afinal, Jesus te ama. Pelo menos me dizem sempre que ele me ama, enfim, pelo menos esse eu posso confiar pois eu sei que o carinha aqui do meu lado e de qualquer esquina quer ver mesmo é minha carnificina nesse teatro gostoso e emocionante da concorrência do nosso mercado de cada dia.

    bjs

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  3. bom vina eu nao sigo isso tudo que lhe me imposto pela sociedade ou realidade .mas o que sigo e mais por consideraçao do que pq quero .
    mas como ja flaei pra vc e melhor eu ficar calado
    mas o futuro ninguem sabe , quem sabe se daqui 2 anos estarei em sergipe ou 3 rsrsrsrsrsrsrs
    ALAN

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  4. Alan

    Se alguem rouba um carro que você conseguiu comprar depois de anos de suor no rosto, negando-se a gastar sua grana em momentos de prazer para investir nesse imóvel e ai aparece qualquer pessoa e em simples questões de segundos leva o que você desprendeu de energias, sonhos e cansaço.

    Pergunto: você aceitaria o roubo, um comportamento considerado errado socialmente como algo de bom grado? Pergunto: será que de fato você segue as represeñtações culturais construidas pela sociedade mais como forma de consideração? Não será que apesar de você criticar meio mundo de valores impostos socialmente, você se apropria de muitos deles meso sendo contrário a muitos desses comportamentos ditos proibidos pela sociedade?

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  5. sei la to dentro da sociedade ,vou fazer o que me isola no mato . mas isso n que dizer que deva aceitar tudo. msm vivendo dentro do capitalismo axo que posso critica lo sua contradiçoes . sera que devo ter um carro ?
    pra terminar afetividade e um dos fatores que mantem preso a esse sistema social .
    aos tirados que n dependende ninguem e pregam pseudas filosofias para darem uma de doido , mas estes muitos depende do dinheiro mae assim como eu . mas vou ficar calado . ah sim o fato de chamarem alguns de doido pra mim tanto faz se me chamam ou n , n ligo
    eu msm n me rotulo de anarquista mas gosto da ideologia e vejo como marxismo e anarquismo sao proximos , me rotulo de esquerda , pq e um posiçao politica de critica e n me prendo ideologia nenhuma proxima terça vou ao ato contra o aumento da tarifa msm estando no capitalismo eu axo que pode critica lo .
    alan

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  6. ops erro; n me prendo a doutrina nenhuma
    e n me prendo ideologia nenhuma= corrigindo essa parte
    alan

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  7. Alan

    Claro que você pode criticar o capitalismo. Na verdade, o capitalismo por ser esse sistema desigual e sacana, o que não faltam sao criticas em relação a ele. Não fui muito feliz no comentário mais acima, mas o que estou querendo dizer é o seguinte: mesmo eu sabendo de todos os males que a propriedade privada provoca na sociedade e nas relações entre os homens, por eu me encontrar no capitalismo, inevitavelmente eu vou possuir desejos e visões de mundo ensinadas pelo modelo de felicidade construido pelo capitalismo. Portanto, mesmo você condenando a propriedade privada, você não aceitaria ter seus bens usurpados por outrem, nem que esse outro fosse um cara que você soubesse que era fudido de grana e que teve todas as razões possiveis para justificar seu ato ao usurpar um bem que é seu.

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  8. e . como eu te disse e a afetividade que me prende a esse sistema . mas isso n que dizer que vou ficar preso por estes valores a muito tempo . o futuro ninguem sabe .quem sabe daqui pouco tempo . sssrssrsrsr
    e possivel eu dentro do sistema larga esse valores citado por vc quase que totalmente
    pelo menos eu tenho culhao(ao modo laranjeiras n posso largar totalmente o povao n sei de vc me entedeu) pra ser sincero .
    alan

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  9. Olá Vina e meu caro Roosevelt, muito obrigado pelos calorosos comentarios. Creio Vina que esse texto revela toda essa angustia que vc transmite no seu comentario, ontem estava relendo um texto do Schonpeahuer e ele fala de forma muito perspicaz uma coisa -+ assim: "se a vida neste mundo fosse boa não precisariamos criar nenhum paraiso." Essa afirmativa é por demais interessante, mais sei que não esgota o fênomeno da criação humana de um mundo pós morte, mas ilustra de alguma forma essa angustia que sentimos por viver, que perpassa como tu falaste em uma aceitação, das angustias e dessabores. Mas como o lobão fala tratemos a sombras com ternura.

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  10. A vida pode ser boa. Pode ser ruim. Pode ser neutra... A vida é cheia de poder.

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