sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

HOJE

Hoje é dia de deixar a rua, o vento, o sol e a lua abrirem meus rumos.
Hoje não quero acreditar em nenhum tipo de salvação.
Hoje quero ficar aqui deitado nessa cama.

Recebo um convite sugestivo, tão bonito, e eu nem quero saber se o dito cujo ainda está com você.
Eu sigo o caminho e deixo coisas a fazer, procrastino o tempo...

Eu, impessoal, creio que assim não pode ser
E o e-mail me trouxe correntes enferrujadas não sei para que. Quebro todas.

Daí meu juízo fica bravo
Saio na rua, sem direção

Volto ao meu quarto, deito na cama, pego um livro pra me fazer companhia.
Hoje não consigo ouvir mais nenhuma palavra, nem mesmo as que saem de mim.

2 comentários:

  1. Aly Soul

    Não há nada que me encante mais do que essa trama curvada, oscilante da vida. Neste pequeninito texto que você trouxe, se olharmos bem, perceberemos que diante de um pequeno recorte do seu dia, você passou por algumas variações de humor e de escolhas. Enfim, você quer deixar a rua, o vento, o sol e a lua abrirem seus rumos ou seria melhor ficar deitado em sua cama? Você não quer acreditar em nenhum tipo de salvação? Por que você pegou o livro para te fazer companhia? Por que você resolveu sair na rua sem direção? Não foram essas opções, uma busca por encontrar salvação? É, eu te entendo: impessoal é que não podemos ser hehehe. Tem sempre uma corrente enferrujada querendo se aparecer no depósito de nossa alma...

    bjs

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  2. Pois é, meu caro Vina. É a relação da sensação de que o mundo está ruim, que precisa mudar, mas fico no meu canto, porque é mais seguro. Os impulsos de mudança nem sempre se configuram em boas intenções e os discursos nem sempre são vividos. Então, temos com essa somatória histórias pra boi dormir.

    ...Ops!! Acabo de ser vitima do meu próprio discurso... hahaha.

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