Neste texto eu vou tentar propor um diálogo da música de vanguarda com a educação. Apesar de eu ter sérias críticas acerca da música de vanguarda, principalmente a que se refere à apropriação que a intelectualidade faz desta, eu gostaria de informar aos leitores que eu não tenho nada contra a essa estética musical. Ao contrário. Quem já ouviu o meu trabalho musical “Psicodélicos e Psicóticos” percebe que eu trago uma influência dessa tendência.
Antes de iniciar o debate acerca do tema, acho necessário mostrar aos leitores o que eu entendo como educação. Para mim, educação não se resume apenas ao processo de aprendizagem. A educação se manifesta nas alternativas que os individuos encontram em abrir suas próprias possibilidades interpretativas e criticas. A educação é um processo pelo qual o individuo vai aprendendo a olhar o mundo por conta própria sabendo repensar a validade do que é dito como certo e errado sem precisar ser manipulado pela opinião de outrem.
Já a música de vanguarda para mim é toda aquela música que traz como característica mais evidente a predisposição ao experimentalismo. Esclarecendo: uma música que tem como objetivo requestionar os modelos musicais vigentes. A vanguarda tenta expor outras formas de combinações melódicas, temáticas e harmônicas. Outro ponto da vanguarda é a irreverência de seus artistas. Por trazer o rompimento dos modelos até então consagrados, o artista de vanguarda termina sendo visto como a alguém “além do tempo”.
Requestionando os modelos musicais, para mim a música de vanguarda termina possibilitando ao ouvinte um olhar mais liberto e predisposto a repensar seus valores cristalizados. Acredito que legitimar o desviante possibilita que a gente saia da naturalização da verdade. Desnaturalizando as verdades, passamos a estranhar o mundo e o estranhamento é importante para passarmos a rever as coisas sempre por vários ângulos e não apenas aceitando-as como dogmas eternos.
A partir de agora eu chego na relação entre a música de vanguarda e a educação. Vejamos: quem consome esse bem cultural geralmente é um público oriundo dos meios universitários. Porém, a universidade mantém um abismo com os setores menos prestigiados, e a música de vanguarda, antes de estimular uma conscientização entre os indivíduos como o repensar os modelos legitimados, torna-se algo exótico e inútil para a maior parte da população.
Não estou compreendendo a intelectualidade como a salvadora do universo. Só acho que seria bastante interessante que a música de vanguarda não se mantivesse apenas presa nas muralhas universitárias. Também não quero fazer da música de vanguarda um engajamento irritante, só acho que ela pode gerar novas reflexões por ela requestionar os modelos, e por isso mesmo, provocar uma conscientização do indivíduo em relação a sua condição no mundo.
Dialogando a música de vanguarda com a educação, poderiam ser trabalhadas inúmeras questões como: até em que limite as convenções representam de fato a verdade? Até em que limite é aceitável a manutenção da ordem social? O fato de nós refutarmos uma estrutura instituída nos faz pessoas anormais? O manter-se preso aos modelos consagrados nos torna melhores para nós mesmos e para a cultura na qual estamos situados?
A predisposição à experimentação da vanguarda possibilita uma formação critica, emancipa-nos e abre leques para diversas interpretações de nosso olhar em relação ao mundo. Compreendendo as experimentações da vanguarda, buscaremos evitar o comodismo cego e submisso às regras sociais, construiremos uma postura questionadora ao invés de nos alienarmos ao naturalizarmos os modelos e padrões legitimados apenas como certos e imutáveis.
Olha Vina,
ResponderExcluirA música de Vanguarda de fato, possui uma inquestionável importancia à educação e ao pensamento crítico. Mas sem a educação a música de Vanguarda por si só pelo menos para mim, não possui nem um valor em termos de criticidade e conhecimento. Tiro isso porque cresci num ambiente em que se ouvia Veloso, Buarque, Cazuza, Seixas e etc. Garanto que não me tornei nem um pouco mais inteligente devido a esses caras. Mas passei a entender um pouco os trabalhos deles após uma leitura escolar, investigações pessoais e começar a conectar as coisas por acaso, dai vieram as questões. Partindo dessa experiencia eu acredito na tese de que a arte por si só não transmite conhecimento. Mas junto a educação ou uma leitura paralela do mundo, a música de Vanguarda pode servir de uma excelentíssima fonte de questões e conhecimento.
Miguel,
ResponderExcluirMuito pertinente a sua observação. A sua colocação de que a vanguarda sem a educação não constrói qualquer tipo de conhecimento foi algo que eu chamei atenção ao longo do texto. Como eu disse: de nada vale uma vanguarda se essa vanguarda se coloca em uma condição isolada das possibilidades de exercitarmos novas leituras acerca da realidade.
Quanto ao que se refere à arte, eu também compartilho. A arte por ela mesma não provoca nada. O que contribui para uma construção critica acerca da realidade é um olhar questionador fruto do exercicio investigativo acerca dos discursos trazidos nas manifestações artisticas.
´´torna-se algo exótico e inútil para a maior parte da população.´´
ResponderExcluirgostei msm . o resto n vou colocar aqui no torto pq ja te falei pessoalmente .
alan
Olá Vina, vejo no seu texto uma proposta pedagógica instigante, tendo em vista para o papel da educação, muito definido por você, pois concordo com a sua colocação quando se refere a apropriação do conhecimento como um processo subjetivo.
ResponderExcluirA educação formal deve estimular, provocar e ampliar os horizontes do indivíduo, no entanto, o processo pelo qual passamos é a de uma educação mecânica, cada vez mais utilitária. Quero deixar claro que sou a favor de uma didática que alie a prática e a teoria. Porém, o nosso contexto caminha para um utilitarismo que nos restringe em nossas formações e nos restringe para uma visão mais ampla, além disso persiste a visão de instituições de ensino com a educação. Nesse caso não podemos atribuir apenas a educação pública esse descaso, mas também as particulares na sua busca frenética por mais e mais alunos com faixas e outdoors com a promessa de aprovação em universidades e faculdades da vida.
A música de vanguarda como recurso didático é um desses elementos e incluiria visitas a instituições religiosas diferentes daquelas que eles (os alunos) estejam acostumados, contato com artistas locais desconhecidos ou pouco reconhecidos por eles, enfim, por questionamentos em suas cabeças, causar a dúvida.
Por fim, senti falta no texto qual seria o possível método proposto para a aplicação da música de vanguarda em sala de aula.
Muito bom texto vina, mas fasso do meu comentario o do alysson:
ResponderExcluir"Por fim, senti falta no texto qual seria o possível método proposto para a aplicação da música de vanguarda em sala de aula. "
Faço*
ResponderExcluirVina,
ResponderExcluirMuito bem posto por você e Miguel: não se pode subjetivar, isto é, tirar conclusões maiores acerca de um tema, se não há um fundamento teórico que emoldure essas concepções. De outro modo, é como ouvir um idioma estranho, no qual pessoas esquisitas explanam questões difíceis e sem utilidade (aí entra o Alysson). A facilidade da linguagem nas músicas popular e midiática é que garantem um público estancado cognitivamente (leia-se: restrito em signos e conteúdo), reféns dos mesmos padrões de entendimento e comportamento (educação). Se há uma influência maior da interpretação em determinada temática do que da temática em si, podem-se multiplicar interpretações ad infinitum e sabe-se lá Deus o quão benéfico será o resultado. Se temos um outro quadro de ordem a ser testado, estamos seguros de que este quadro nos trará uma melhoria factual, ou será apenas uma maior complexidade semiótica e, consequentemente, mais caos informativo? Eu, sinceramente, não sei responder.
Vejo nos enunciados vinianos um pouco do freireano. Isso é muito bom, pois, reflete que sua vivência na docência pública o tem aberto mais os horizontes. Estamos sempre aprendendo a apreender. E o que é mais importante em Educação, para mim, já está bem claro no texto: A construção do ser no mundo, o sujeito no mundo, capaz de interagir nele e desvelar seus meandros sem medo, como diz Freire. Um outro ponto que eu achei muito importante no texto foi, o que é muito comum a Vina, foi a vidência que embora a música de vanguarda esclareça, ela ainda contém os enunciados do poder, Seu público alvo, sua estética e seus temas não tocam de forma direta o aprendente das massas populares. Assim, o texto de nosso Vina tanto dialoga com Freire como com Michel Foucault no que foi pensado por ele como o discurso da ordem que se dilui entre nós. Isso contudo não quer dizer que este não seja percebido, o mais difícil é nos apercebermos de suas ideologias de dominação e ordem. Muito bom texto.
ResponderExcluirengraçado que dizer que so uma pessoa n pode criticar , mas ela tem o direito de mudar o mundo sozinho . eu axo importante assim como vina criticar e n ficar aceitando essa hipocresia rola solta no mundo universitario alternativo
ResponderExcluiralan
Lou,
ResponderExcluir"Se há uma influência maior da interpretação em determinada temática do que da temática em si, podem-se multiplicar interpretações ad infinitum e sabe-se lá Deus o quão benéfico será o resultado. (...) ou será apenas uma maior complexidade semiótica e, consequentemente, mais caos informativo?"
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Muito bom!!!!!!!
Pois é meu caro, diante dessas imprevisibilidades curvadas retas, asfaltadas, esburacadas da nossa vida torta, de fato não poderemos prever quais serão os melhores resultados. A alienação prejudica por limitar nosso olhar apenas para um ponto, e a criticidade pode nos limitar por possibilitar com que nosso olhar se expanda além do mais além dos próprios limites que deveriamos enxergar e isso as vezes ao invés de nos esclarecer, atrapalha-nos.
Aproveitando deixo um trecho da música " Quem sabe muito, perde mais" composta por João Alves e Clayton e interpretada por Paulo Sérgio (considerado por muitos o que você denominou de restrito em signos e conteúdo)em seu LP produzido em 1975 intitulado "Paulo Sérgio Vol.09". Ela assim diz: " não vale a pena saber muito nessa vida/ quem sabe muito pode perder mais facilmente/ quando criança eu não pensava em tristeza/ mas hoje em dia eu não controlo a minha mente" kkkkkkkkk É isso ai!!
Querido Roosevelt,
ResponderExcluirPrimeiramente muito obrigado pelos comentários e gostaria de dizer que os referencias teóricos utilizados por sua pessoa me ajudaram bastante para agregá-los à minha referência bibliográfica, uma vez que estou muito interessado em começar a construir um artigo científico acerca desse tema.
Pois é, a música de vanguarda seria muito mais interessante em minha opinião se ela não vivesse a engolir e empurrar muitas vezes o vazio para o estômago de outro vazio e abrisse espaços para outros públicos transitassem por ela. Como eu disse, a quebra de padrões da música de vanguarda nos possibilita abrir outras reflexões, uma vez que a vanguarda é predominantemente marcada por uma natureza experimental, aventureira e não busca a acomodação aos padrões e as etiquetas.
No entanto, infelizmente os artistas da música de vanguarda muitas vezes não se prendem a etiquetas em seus discursos, mas quando partimos para o campo social os artistas da música de vanguarda com uma certa frequência não querem se misturar com os outros setores sociais. Não sei, mas as vezes parece o público dessa estética musical (diga-se de passagem, o maior consumidor) faz questão de reforçar isso como forma de se autoafirmar enquanto grupo social e dizer para aqueles que eles consideram incapazes: veja como nós pensamos além do óbvio que vocês animais não conseguem atingir. hehehehe
é isso
Aly Soul,
ResponderExcluir"A educação formal deve estimular, provocar e ampliar os horizontes do indivíduo, no entanto, o processo pelo qual passamos é a de uma educação mecânica. (...) sou a favor de uma didática que alie a prática e a teoria".
Você não sabe o quanto foi importante para mim essa sua observação. Ao lê-la, me dei conta de duas problemáticas que se complementam: será que é do interesse da educação dialogar com a música de vanguarda e da música de vanguarda dialogar com a educação?
Vamos a primeira problemática: levando-se em conta o utilitarismo pedagógico do contexto atual, realmente não vejo possibilidades da natureza desconcertante, fluida, dinâmica, contingencial da música de vanguarda ser aplicada na educação. A escola ainda é uma instituição voltada para o controle social, uma vez que ela atende aos interesses de uma estrutura capitalista montada para fortalecer cada vez mais a desigualdade não só de acesso ao saber como ao acesso aos bens materiais produzidos pela cultura. A escola ainda reflete na maioria das vezes o interesse dominante e para que uma elite teria interesse em tornar seus discentes futuros homens nada dóceis, criticos, questionadores? Quanto mais se sustenta um poder melhor!
Esse ponto trazido por mim mais acima se articula com a segunda problemática que diz respeito a essa questão ideal da educação em compactuar teoria e prática. Para mim, há um jogo entre os próprios docentes (não digo todos, até por que para mim, caras como você, Roosevelt e outros fogem a regra). No entanto, se observarmos bem, de um lado os educadores contróem o discurso da inclusão, da igualdade, mas de outro, os próprios educadores, por se encontrarem diante de uma condição privilegiada na hierarquia social (apesar dos grandes pesares), não possuem qualquer interesse em emancipar muitas vezes os alunos da forma como eles externam em suas retóricas. Enfim, é a necessidade de legitimar o poder do simbolo, do saber do prestigio.
Por fim, enquanto na primeira problemática se prepondera o poder material, na segunda problemática se prepondera o poder simbólico. Como eu disse anteriomente, a escola "atende aos interesses de uma estrutura capitalista montada para fortalecer cada vez mais a desigualdade não só de acesso ao saber como ao acesso aos bens materiais produzidos pela cultura".
Aly Soul e Reuel,
ResponderExcluir"Por fim, senti falta no texto qual seria o possível método proposto para a aplicação da música de vanguarda em sala de aula."
De fato, foi um grande deslize de minha parte ter falado de educação e não ter abordado acerca de uma possivel metodologia. Confesso que ainda não sei expor acerca disso de forma clara, mas levando em conta que a música de vabguarda tem como traço marcante a sua natureza experimental, eu acredito que a utilização dessa ferramente nas salas de aula pode se dar de forma multidisciplinar. Ou seja, fazer o aluno perceber o quanto os experimentos e as novas combinações tão marcantes na vanguarda, repercutem na disciplina estudada e no dia a dia do aluno.
Exemplos:
1)Se for uma aula de história, nada melhor do que analisar as mudanças históricas fazendo comparações com os modelos das ditas musicas mais tradicionais com as músicas de vanguarda, para com isso mostrar aos alunos como a humanidade reage diante dos processos históricos, como seus valores e paradigmas mudam ao longo da história.
2) Se for uma aula de gramatica, fazer uma análise dos discursos das canções e perceber o quanto a gramática pode estabelecer códigos possiveis e pode estabelecer novas traduções ao explorarmos outros semas e fonemas em sua estrutura. A música de vanguarda se encontra articulada com isso visto que ela tem caracteristica de experimentar novos elementos.
3)Se for uma aula de sociologia: como a pluralidade cultural dos individuos pertencentes a uma sociedade provoca sempre novos modos de ver, pensar e sentir o mundo nos grupos sociais, justamente pela sociedade, assim como a música de vanguarda, ser marcada pelas trocas, transições, experimentos de valores que levam aos conflitos e a novas associações.
4) Se for uma aula de quimica, comparar a natureza experimental da música de vanguarda associando as formações e as ligações quimicas e a partir disso esclarecer ao aluno o quanto a mobilidade da natureza repercute em mudanças fisiológicas e morfológicas nos corpos, nas composições das substâncias e dos nossos alimentos, assim como a música de vanguarda provoca mudanças nos modelos consagrados justamente por combinar elementos assim como os elementos quimicos.
5) Na música nem se fala! Mostrar os modelos musicais mais convencionais e compará-os com os padrões estéticos da vanguarda é possibilitar aos alunos um olhar mais aberto, menos intolerante e menos limitado no que diz respeito às formas musicais.
Enfim, por ai vai...
Alan,
ResponderExcluirObrigado pelas contribuições. Pois é cara: um dos grandes males que eu vejo no que se classifica como alternativo é se prender a modelos de etiquetas elitistas. Para mim, ser alternativo é saber alternar, e saber alternar implica em saber eperimentar, e obviamente que quem experimenta se encontra predisposto a reconhecer que pode acertar e errar. Sabendo admitir isso, saberá compreender que ser alternativo não se limita a criar uma etiqueta de alternativo. Ser alternativo implica saber se contradizer, se refutar, se aceitar, se amar e se odiar. Alternar é a palavra, é mudar de opinião, de escolhas, de grupos, de desejos, enfim, de ser um humano dotado da grande riqueza que ainda pertence ao bicho-homem que é o dom de combinar-se infinitas vezes.
vina,
ResponderExcluircomo vc colocou o legal da vanguarda e sempre está requestionando os valores. Um ponto específico q me chamou a atenção fo iqnto a conscientização. Concordo c vc, acho q alem da conscientização a proposta de desnaturalizar as ideias já cria o impacto a aquele q recebe, UMA NOVA REAÇÃO. Apesar de muitas vezes a vanguarda ter um suporte teorico como mediação, a inovação faz com q repensamos na "eterna" estrutura estabelecida.
bjos
Vina o que acho fascinante no seu trabalho, desde o brega, é o diálogo com outros saberes que vc trava ao construir suas teses e argumentações. Isso trona sua produção, para o leitor atento, muito rica. Sem puxasaquismo, meu caro brucutu.
ResponderExcluirhum ... uma critica ao torto eu e tbm como algumas temos impresao que as vezes o torto e so para tratar temas intelectuais , como se fosse uma coisa restrita , uma dica sera que o torto n pode tentar juntar comentarios tipo pessoas do povao afim de colocar alguma opiniao sei la algo pra complementar o movimento nem que por um tempinho com comentarios do povo da cultura de massa e pessoas que n conseguiram o superior ou msm chegar 4 serie direito
ResponderExcluirolha minha intençao com essa critica n e destruir o torto .
obs : outra dica seria bom colocar comentarios de autores de musica brega de preferencia que vina ja entrevistou , em alguns textos do torto
alan
Esse apontamento do poder material e do poder simbólico ficou bem interessante, já que se trata de uma relação entre aqueles que detem o instrumentos de dominação e aqueles que reproduzem esse discurso por meio de títulos e posições. A sua explicação, portanto, caminha na direção da escola como reprodutora da classe dominante, como ficou colocada na citação: "A escola ainda é uma instituição voltada para o controle social, uma vez que ela atende aos interesses de uma estrutura capitalista montada para fortalecer cada vez mais a desigualdade não só de acesso ao saber como ao acesso aos bens materiais produzidos pela cultura."
ResponderExcluirConcordo com você, pois acredito que a escola não liberta, ela reproduz o que a sociedade almeja e mais ainda serve ao mercado. Quando não, se aplica uma pedagogia às cegas.
Meu caro, Vina, creio que as suas propostas medológicas para a utilização da música de vanguarda na educação poderia ser desenvolvida e tornar um artigo.