Meu caro Josué, Sua pessoa instiga com esses textos sobre o nosso torto Freud. O desplacement e a condensação na minha leitura são mecânismos de desafogo do inconsciente ante uma barreira tirana que se põe no caminho de nossas energias. O termo econômico, não me recordo se o vi, nos textos de Frued lido por minha pessoa, mas, nada a ver, entende-se perfeitamente o uso do termo em seu texto. O sentido de equilibrar a máquina psíquica para a pessoa não pirar. Isso nos leva a uma pergunta bem interessante: Os animais "inferiores" portadores de atividade onírica também realizam a condensação? O efeito do simbólico está presente em máquinas primitivas como a do cachorro, por exemplo, que sonha muito bem, e pode até ter pesadelos. Isso me faz pensar no velho Jung quando ele diz que nossa espécie psiquificou os instintos. Saímos do mundo puramente intintual e criamos um programa semiológico capaz de entrelaçar-se com nossa máquina física. O adoecemineto de um pode causar o adoecimento do outro. Uma energia caterxiada por representações outras sem vínculo causal ou nexo com ela, por vezes somatizan-se em formas de pedras, tumores, cefaléias etc. Defendo que o proficional de saúde deve ter conhecimentos de psicanálise. Um abraço. Meu caro Josué, e daí?
No final das contas, se passarmos a aplicar essa explanação que você trouxe em seu texto para a nossa prática cotidiana, podemos perceber que ao longo de nossa vida o que fazemos é tentar tangenciar nossas marcas profundas deixadas pelos traumas em outras possibilidades de descargas. Portanto, não agimos jamais de acordo com nossas "reais" motivações no sentido exato do termo. O que fazemos é construir discursos, aplicá-los em nossos atos como forma urgente de resignificarmos em infindáveis outras traduções aquilo de que nós queremos nos desviar. O que gritamos externamente como verdade e razão não passa de mais uma das máscaras que sobrepomos para justificarmos o que nem nós queremos codificar para nós mesmos. A sociedade deveria ler mais textos como este para que ela deixasse de inistir em modelos rigidos de ações humanas e passasse a pelo menos tentar exercitar em enxergar o sujeito como algo fugidio e imprevisivel diante do mundo, pois essa natureza escorregadia do sujeito nada mais é do que os arquivos que tentamos incendiar em nosso depósito "esquecido" de nossa alma. O que somos é o que de fato trazemos mas nem nós enxergamos o que trazemos. A verdade é que o que teatralizamos e as respostas que damos as coisas são frutos de necessidades de descarregarmos a lacuna provocada pelos desejos incompletos e frustrados que deixamos como legado em nossa triste e grandiosa condição de humanos.
Bem didático, excelente!
ResponderExcluirMeu caro Josué,
ResponderExcluirSua pessoa instiga com esses textos sobre o nosso torto Freud. O desplacement e a condensação na minha leitura são mecânismos de desafogo do inconsciente ante uma barreira tirana que se põe no caminho de nossas energias. O termo econômico, não me recordo se o vi, nos textos de Frued lido por minha pessoa, mas, nada a ver, entende-se perfeitamente o uso do termo em seu texto. O sentido de equilibrar a máquina psíquica para a pessoa não pirar. Isso nos leva a uma pergunta bem interessante: Os animais "inferiores" portadores de atividade onírica também realizam a condensação? O efeito do simbólico está presente em máquinas primitivas como a do cachorro, por exemplo, que sonha muito bem, e pode até ter pesadelos. Isso me faz pensar no velho Jung quando ele diz que nossa espécie psiquificou os instintos. Saímos do mundo puramente intintual e criamos um programa semiológico capaz de entrelaçar-se com nossa máquina física. O adoecemineto de um pode causar o adoecimento do outro. Uma energia caterxiada por representações outras sem vínculo causal ou nexo com ela, por vezes somatizan-se em formas de pedras, tumores, cefaléias etc. Defendo que o proficional de saúde deve ter conhecimentos de psicanálise. Um abraço. Meu caro Josué, e daí?
Josua
ResponderExcluirNo final das contas, se passarmos a aplicar essa explanação que você trouxe em seu texto para a nossa prática cotidiana, podemos perceber que ao longo de nossa vida o que fazemos é tentar tangenciar nossas marcas profundas deixadas pelos traumas em outras possibilidades de descargas. Portanto, não agimos jamais de acordo com nossas "reais" motivações no sentido exato do termo. O que fazemos é construir discursos, aplicá-los em nossos atos como forma urgente de resignificarmos em infindáveis outras traduções aquilo de que nós queremos nos desviar. O que gritamos externamente como verdade e razão não passa de mais uma das máscaras que sobrepomos para justificarmos o que nem nós queremos codificar para nós mesmos. A sociedade deveria ler mais textos como este para que ela deixasse de inistir em modelos rigidos de ações humanas e passasse a pelo menos tentar exercitar em enxergar o sujeito como algo fugidio e imprevisivel diante do mundo, pois essa natureza escorregadia do sujeito nada mais é do que os arquivos que tentamos incendiar em nosso depósito "esquecido" de nossa alma. O que somos é o que de fato trazemos mas nem nós enxergamos o que trazemos. A verdade é que o que teatralizamos e as respostas que damos as coisas são frutos de necessidades de descarregarmos a lacuna provocada pelos desejos incompletos e frustrados que deixamos como legado em nossa triste e grandiosa condição de humanos.