Não seja fiel a esta alma que tenta te desafiar
Queria-te como te tem o Artista
Mas tic-tá que tu me perdes de vista
Ó, tempo! Me obrigas a desafinar!
Tempo de Trabalho
Tic! Na torneira!
Tempo Desperdício
Temo o tempicídio
Temo e tememos todos
Tememos e Choramos todos
A alma em Tétano
O mercado do tempo
É temporalmente inexistente
Muito Infelizmente
Mas o tempo do mercado
É hoje, aqui e sempre
O Tempo atemptado
Constritivamente
O tempo de Ação
Temptação
Atentado ao pudor
Do pobre cristão.
Sou seu fã Josua!!!
ResponderExcluirUm colega meu, comentou hoje que é necessário saber passar.
Pra mim essa questão do saber passar é difícil. Principalmente na crise dos 20 anos.
Procuro chão nos meus pés, vejo um fluido eterno que me consome e me torna inseguro, colocando-me de frente a um eterno novo que necessito saber administrar cada vez mais. O velho me segue e o novo me puxa...Quero os 2 e não tenho nada, a não ser uma espada de vidro para uma floresta infinita a percorrer e uma ponte demolida atrás em que o outro lado, sua imagem não me sai da memória, não posso tocá-la, somente o novo, desconhecido e parcialmente projetado...
Josua,
ResponderExcluirÉ duro sentir essa relação de enxergar o que é importante como um sonho, como uma mera fantasia; e o sonho como algo que deve ser buscado por ser o que há de mais real em nosso dia a dia. Enfim, é essa relação como você expos, isto é, "O mercado do tempo/É temporalmente inexistente(...)Mas o tempo do mercado/ É hoje, aqui e sempre"
Ai termina que ficamos naquele velho dilema: preciso viver, preciso não da muito sentido a isso que se chama vida que muitas vezes me nega sentidos precisos; mas eu preciso viver e da muito sentido a tudo isso que não consigo encontrar por definitivo, pois no final das contas, se eu o procuro, é por que mesmo não enxergando plenamente por inteiro, eu vivo a procurá-lo.
É aquela trama gostosa da vida: procuro a fada na floresta, a floresta aparentemente só me oferece galho e bicho, resolvo desistir e voltar pra casa, mas eu ouço a voz da fada me dizendo: salve-me dessa floresta meu lindo bebê!! hehehe
Um excelente poema
Não sou crítico de poema, mas algo me diz que a métrica, a rima e o ritmo estão excelentes!
ResponderExcluirsimetrico porém fluido. neurotico, porém escorregadio. ambivalencias.
ResponderExcluiradorei seu texto!
um beijo
Caro Miguel,
ResponderExcluirEU que sou seu fã, meu caro. Sua capacidade de desnevolver lirismos em qualquer comentário é que impressiona.
Demais amigos, muito obrigado pelas observações altamente construitivas.
Abraço!
Houve, de fato, grande preocupação com o ritmo do poema. A utilização do "t", consoante constritiva (ou seja, que dificulta a passagem do ar)serve como uma metáfora para a relação desproporcional entre o tempo e a construção de nossas vidas, esta se dá lentamente, a perder-se de vista, aquele não.
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