segunda-feira, 18 de outubro de 2010

eterno retorno

os donos pensam
eles reproduzem
o o o o o o o oooo ooo oo o
as indústrias produzem
O O O O O O OOOOO O OO OO OO O O
A PROPAganda defende
*~^
eles consomem
ooo OOO *** --- ~~~ ooo OOO *** --- ~~~
as meninas se divertem
eles continuam
consumindo
os donos pensam
....
eles compram
as cifras se reproduzem
$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
eles aprovam
os donos pensam
elas sorriem
os donos pensam
eles revendem
os donos pensam
eles apostam
os donos pensam
os donos pensam
os donos pens
os donos pen
os don p
os d
o..................

5 comentários:

  1. Maira,

    hum... não sei se devo concordar com essa perspectiva sua. Sei lá, parece-me uma visão um tanto extremada dos ditos donos das industrias do consumo. Sabe aquela concepção da sindrome de perseguição de Adorno? Ou seja, aquela ideia de que os poderosos são os unicos possuidores das formulas mágicas dos lucros enquanto os outros, isto e, os seres apáticos, passivos, apenas consomem e consomem. Enfim, foi assim que eu senti em seu texto.

    E sinceramente eu não compartilho dessa logica, pois apesar de saber que os grandões monopoliza seus produtos através das publicidades, colocando fora da esfera da concorrencia desleal do mercado os pequeninos seres anonimos, eu também penso que existe uma predisposição crítica do consumidor. Não consigo vê-lo como alguem incapaz de tomar qualquer iniciativa ao optar por um produto X ou um produto Y. Tanto é que uma empresa grande só lança um produto no mercado quando anteriormente faz um balanço das predisposições dos consumidores, isso por que ela sabe que os consumidores possuem desejos, subjetividades e escolhas próprias.

    No jogo do mercado não há apenas um lado dominando o outro; existe uma relação reciproca entre os que vendem e os que consomem, e dentro desse transito obviamente existe aquele que muitas vezes impoe, mas não devemos deixar de admitir que existem aqueles que ganham nessa imposição e que também se conflitam com ela.

    www.twitter.com/vinatorto

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  2. É fato que há uma atuação massiva no sentido de uma produção de uma subjetividade capitalista. Mas, de fato, o indivíduo não é lá tão boi-de-piranha quanto pressupõe o extremismo.

    Mesmo assim, um excelente poema.

    Beijão!

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  3. Olá!
    apesar de ser radical nas palavras, a introdução dos sinais foi uma tentativa de demonstrar que a própria máquina, ou melhor, que o próprio funcionamento daquilo que relembre o nosso sistema, capitalismo e Indústria Cultural é falho. Tem o seu vigor em um determinado tempo, mas logo depois, assim como nas palavras, esse funcionamento vai se perdendo. Sua força, seu ritmo.
    AS INDÚSTRIAS PRODUZEM,
    nas linhas de montagem percebemos a sua irregularidade O O O O OOO...

    OS DONOS PENSAM a todo instante, procuram ter um poder de persuasão fortíssimo, no entanto podem não atingir um determido setor ou camada social. Mas eles insistem em pensar, pensar, pensar até falhar.
    A idéia foi reproduzir a força do dispositivo maquinário e pensante, introduzindo sinais que revelem a suas contradições.
    eterno retorno, o sistema se modifica. E continua.

    bjs!

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  4. Sempre foi bom para os que pensam.
    Às vezes é bom para quem compra, mesmo sabendo porqur compra. O consumo será para o necessário ou para o supérfulo? Ótimo texto.

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  5. olá meu caro!

    acredito que depois da força da Indústria Cultural, Segunda Guerra e outros grandes eventos da contemporaneidade, superfúlo e necessário se encontram. Dois conceitos criados sob linhas tão bem estabelecidas, mas que hj estão muito próximos.

    um beijão.

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