quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Na Retina

2 comentários:

  1. Josua,

    Vejo nesse poema uma angustia que me consome cotidianamente. Por que não somos capazes de obtermos a totalidade de quem pelo menos amamos? Bom, sei que essa é uma pergunta muito mais provocada pela necessidade emergencial de encontrar por permanentes instantes o que captamos de real nas coisas do que uma pergunta que de fato me faça acreditar que eu tenha a resposta que procuro. É incrivel essa sensação de donos de continentes que nós temos de quem amamos, mas que ao abrirmos os olhos percebemos que não conhecemos o minimo possivel das infinidades das ilhas desses continentes que acreditamos ser donos. É sempre uma união rompida através do corte provocado pela lacuna. É sempre a carencia de precisão que temos de nós mesmos e do outro.

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