Vou, volto, busco, acho
Perco, retorno, sigo, nado
Reencontro, fumo, cego, acabo
Caminho, chego, finalizo, começo
Penso, quero, corro, jogo
Roubaram, rasgo, desencanto, odeio
Tenho, abstenho, nego, afirmo
Repito, conserto, amo, termino
Circulo, circulo, quero, querer
Falo, mudo, vejo, viver
Meu caro Miguel,
ResponderExcluirSeu trabalho foi bom.
Cara, espetacular!
ResponderExcluirAdorei a jogada da entrada e da saída com oxítonas e o desenvolvimento do poema em paroxítonas.
O primeiro verbo "vou" me deu uma ideia de "se jogar", partindo do vogal pré-tônica (o) para a átona (u), ou seja, descrescer, cair.
O sentido que dei à estratégia foi um jogo sonoro que dava a ideia de subida e decida, mais o verbo (movimento), isto me deu uma ideia de circularidade que coincidentemente encontrei mais à frente no "circulo, circulo" e o "querer" que é sempre este eterno ir e vir.
Mas veja, não estou encerrando um sentido, estou apenas construindo o meu.
Poesia de primeira!
o verbo e a vírgula.
ResponderExcluirConstante e disperso.
reflexo daquilo que faço. crio um encadeamento lógico, mas não passa de um aglomerado de palavras e ações que eu mesmo busco sentido, resignifico.
Boa proposta meu caro!
um beijao!
*descida
ResponderExcluirMiguel
ResponderExcluirSinto que suas produções revelam um sintoma muito forte de sua pessoa que é a sua angustia no que diz respeito a busca do objeto perdido.
Concordo com você. Para mim, o individuo que encara as trajetórias aravés de um olhar torto, é um individuo que reconhece esse jogo imprevisivel tão bem exposto por você.
Querendo ou não, no final das contas nós transitamos entre essas inumeras posições e conquistamos inumeros resultados. Tentamos uma coisa, tentamos outra, buscamos as duas, repudiamos as duas e ai quando vamos olhar pra nós mesmos percebemos que somos nada mais, nada menos que folhas rasgadas de papel voando em meio a uma ventania chamada desejos humanos.
Valeu mesmo pelos comentários meus caros tortos...
ResponderExcluirÉ isso tudo que vcs disseram, o verbo sendo uma ação, seus sentidos transitam em constancias e dispersas direções como citou a Maíra, de idas, voltas, contradições do circulo e querer, como disse Josua...Tento significar essas percepções das ações e resignifico-as constantemente. Tem uma pequena pitada embutida do "eterno retorno".
De fato Vina, o objeto perdido é uma categoria torta que eu adotei para a maior parte dos meus textos, quanto mais eu tento me distanciar dele, sempre acabo voltando...
" Toda maneira, para o homem, de encontrar o objeto é, e não passa disso, a continuação de uma tendência que se trata de um objeto perdido, de um objeto a se reencontrar". Lacan
Abraços tortos