É impactante como nos deparamos com certas situações difíceis e como nosso inconsciente nos envia uma reação de bengalas a certos desafios que procuramos apoio externo e nos deparamos com nós mesmos. Acabamos às vezes, esquecendo do principal personagem e que garante realmente o sustento do desafio, que ganha, perde, ou os dois ao mesmo tempo naquilo que interessa. Assim estabeleço uma relação da covardia x coragem e uma perspectiva para a vitória e a dor no caso desse personagem do texto.
Em uma situação que o indivíduo “Voltairiano” prepara-se com equipamentos supérfluos e um batalhão, mas na hora exata, cadê o batalhão? Cadê o funcionamento das armas? E começa uma luta com ele mesmo para achar a resposta. O que sobra é o corpo nu ao inimigo, com quem menos contava foi o que restou sem preparo, o corpo foi mutilado e arrasado com a derrota. Então ele se entrega ao desespero e joga a culpa da sua derrota nas suas armas e companheiros, cada dia o atormenta com a derrota após derrota, tentando inovar nos equipamentos, implora aos companheiros e táticas novas para vencer a sua luta. A derrota o aflige a cada instante, o desespero está tomando conta da alma e do corpo agora sem saída.
No ultimo pulsar dos neurônios e do coração, lembra-se quem era o culpado verdadeiro da derrota, o próprio indivíduo, arranca sua roupa, amassa suas armas, e se joga na noite mais fria e mais solitária de sua alma. O perigo e a dificuldade são extremamente maiores, cada fatia do seu corpo que corta, cada queimadura, cada pedaçinho arrancado, torturam até o ultimo elétron da “energia vital”, cada gota de sangue derramado parece que arrancaram séculos de sua vida. Então, ele olha para o seu corpo esfarrapado no chão, quase em putrefação e em frente seu inimigo morto, caído, após 2 meses de batalha e desespero. Levanta sua carcaça que aos poucos se regenera, cada gota de sangue re-bombeado, pele cicatrizada.
O que era podridão se levanta vitorioso mesmo com os pedaços arrancados, por mais que o significado da luta seja inútil ou grandioso, ele olha para o seu ego e responde: “Finalmente, precisei do principal para o que é meu, a anestesia causou a minha derrota. O sofrimento e a dor persistentes agora não existem mais, meu orgulho egoísta e vitorioso agora se questiona e conclui. Mesmo esse troféu sendo de matéria fecal, é meu, a doença é minha, a luta é minha, a derrota é minha, o troco do soco é meu, e o troféu de bosta... Está no meu armário exposto ao mofo."
Em uma situação que o indivíduo “Voltairiano” prepara-se com equipamentos supérfluos e um batalhão, mas na hora exata, cadê o batalhão? Cadê o funcionamento das armas? E começa uma luta com ele mesmo para achar a resposta. O que sobra é o corpo nu ao inimigo, com quem menos contava foi o que restou sem preparo, o corpo foi mutilado e arrasado com a derrota. Então ele se entrega ao desespero e joga a culpa da sua derrota nas suas armas e companheiros, cada dia o atormenta com a derrota após derrota, tentando inovar nos equipamentos, implora aos companheiros e táticas novas para vencer a sua luta. A derrota o aflige a cada instante, o desespero está tomando conta da alma e do corpo agora sem saída.
No ultimo pulsar dos neurônios e do coração, lembra-se quem era o culpado verdadeiro da derrota, o próprio indivíduo, arranca sua roupa, amassa suas armas, e se joga na noite mais fria e mais solitária de sua alma. O perigo e a dificuldade são extremamente maiores, cada fatia do seu corpo que corta, cada queimadura, cada pedaçinho arrancado, torturam até o ultimo elétron da “energia vital”, cada gota de sangue derramado parece que arrancaram séculos de sua vida. Então, ele olha para o seu corpo esfarrapado no chão, quase em putrefação e em frente seu inimigo morto, caído, após 2 meses de batalha e desespero. Levanta sua carcaça que aos poucos se regenera, cada gota de sangue re-bombeado, pele cicatrizada.
O que era podridão se levanta vitorioso mesmo com os pedaços arrancados, por mais que o significado da luta seja inútil ou grandioso, ele olha para o seu ego e responde: “Finalmente, precisei do principal para o que é meu, a anestesia causou a minha derrota. O sofrimento e a dor persistentes agora não existem mais, meu orgulho egoísta e vitorioso agora se questiona e conclui. Mesmo esse troféu sendo de matéria fecal, é meu, a doença é minha, a luta é minha, a derrota é minha, o troco do soco é meu, e o troféu de bosta... Está no meu armário exposto ao mofo."
Miguel,
ResponderExcluirO que pude compreender neste texto foi algo que ja debatemos nesta semana a respeito do meu texto que publiquei segunda-feira aqui no torto, ou seja, o lance de colocarmos um escudo para evitarmos confrontar com nosso próprio inimigo de nós mesmos. É muito facil não fazer porra nenhuma e se preparar para jogar pedras em quem assume a frente das coisas, sem sequer reconhecer que um erro pode ser atribuido para mais de uma pessoa.
Quando agimos dessa forma covarde, a gente se nega a encarar qualquer coisa e quando perdemos a batalha, só nos resta aquele corpo alheio a nós, pois o resultado do seu fim não foi nosso, afinal, passamos a responsabilidade da batalha apenas para o outro.
Porem, quando admitimos que somos também responsáveis pelos resultados das coisas, ate a derrota se torna valiosa, pois reconhecemos em nossa perda, a nossa vitoria por termos sido justos com nós mesmos. No final das contas, somos os Reis Bostas, isto é, Majestades de nós mesmos cercados por grandiosos e valiosos palácios, mas sobreviventes de uma solidão cruel e de uma própria indefinição existencial que temos que carregar em nossas costas. Estupidamente gigantes em nossa pequeneza. Mas quando a derrota é nossa, essa derrota é nossa vitória, mesmo admitindo como voce bem diz em seu texto, que no final das contas, nossa alegria não passa de algo momentaneo.
Miguel,
ResponderExcluirO que pude compreender neste texto foi algo que ja debatemos nesta semana a respeito do meu texto que publiquei segunda-feira aqui no torto, ou seja, o lance de colocarmos um escudo para evitarmos confrontar com nosso próprio inimigo de nós mesmos. É muito facil não fazer porra nenhuma e se preparar para jogar pedras em quem assume a frente das coisas, sem sequer reconhecer que um erro pode ser atribuido para mais de uma pessoa.
Quando agimos dessa forma covarde, a gente se nega a encarar qualquer coisa e quando perdemos a batalha, só nos resta aquele corpo alheio a nós, pois o resultado do seu fim não foi nosso, afinal, passamos a responsabilidade da batalha apenas para o outro.
Porem, quando admitimos que somos também responsáveis pelos resultados das coisas, ate a derrota se torna valiosa, pois reconhecemos em nossa perda, a nossa vitoria por termos sido justos com nós mesmos. No final das contas, somos os Reis Bostas, isto é, Majestades de nós mesmos cercados por grandiosos e valiosos palácios, mas sobreviventes de uma solidão cruel e de uma própria indefinição existencial que temos que carregar em nossas costas. Estupidamente gigantes em nossa pequeneza. Mas quando a derrota é nossa, essa derrota é nossa vitória, mesmo admitindo como voce bem diz em seu texto, que no final das contas, nossa alegria não passa de algo momentaneo.
Miguel,
ResponderExcluirO que pude compreender neste texto foi algo que ja debatemos nesta semana a respeito do meu texto que publiquei segunda-feira aqui no torto, ou seja, o lance de colocarmos um escudo para evitarmos confrontar com nosso próprio inimigo de nós mesmos. É muito facil não fazer porra nenhuma e se preparar para jogar pedras em quem assume a frente das coisas, sem sequer reconhecer que um erro pode ser atribuido para mais de uma pessoa.
Quando agimos dessa forma covarde, a gente se nega a encarar qualquer coisa e quando perdemos a batalha, só nos resta aquele corpo alheio a nós, pois o resultado do seu fim não foi nosso, afinal, passamos a responsabilidade da batalha apenas para o outro.
Porem, quando admitimos que somos também responsáveis pelos resultados das coisas, ate a derrota se torna valiosa, pois reconhecemos em nossa perda, a nossa vitoria por termos sido justos com nós mesmos. No final das contas, somos os Reis Bostas, isto é, Majestades de nós mesmos cercados por grandiosos e valiosos palácios, mas sobreviventes de uma solidão cruel e de uma própria indefinição existencial que temos que carregar em nossas costas. Estupidamente gigantes em nossa pequeneza. Mas quando a derrota é nossa, essa derrota é nossa vitória, mesmo admitindo como voce bem diz em seu texto, que no final das contas, nossa alegria não passa de algo momentaneo.