quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Aos teus poréns (Versão Parnasiana)

Eis-me aqui, aos teus poréns
Hefesto, subversivo
Jaz delito atribuído
A tuas Heras, teus haréns

Qual o risco ou lenocínio
Deste sinal indelével?
A falta de aviso prévio
Escreveu meu patricídio?

E entre nós se esvai o istmo
Nunca houve nada além
Bom lembrar, que, apesar disso,
Eis-me aqui, aos teus poréns

Ao revolto Zeus informo
Que a turbas faço o bem
Que entre pathos e logos
Eis-me aqui, aos teus poréns

4 comentários:

  1. Josua,

    Bem interessante você ter posto este poema em uma versão parnasiana para mostrar aos desavisados que o torto também se apropria de uma expressão estética deturpada e simplificada como apolitica e "burguesa".
    No entanto, o que vejo de mais interessante em seu poema foi o rompimento em parte da perspectiva parnasiana no que diz respeito ao se limitar a um determinado elemento e descrevê-lo. Eu posso estar enganado, mas percebi que você trouxe elucubrações extremamente existenciais que implicam sensações de vazios e de buscas muito maiores que simplesmente uma analise de um objeto em si mesmo.

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  2. "Eu posso estar enganado, mas percebi que você trouxe elucubrações extremamente existenciais que implicam sensações de vazios e de buscas muito maiores que simplesmente uma analise de um objeto em si mesmo."

    Na realidade foi acidental, meu caro. Obrigado pela observação que me serviu como correção.

    Abraço!

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  3. Extraordinario meu caro Josua, sobressair o sentido é um êxito e tanto!
    Bela experiência...

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