Se ela não o conhece
Quiçá, deveras o rapaz não se mostre
Devore os dedos em silêncio
Para curar a ressaca
Embevecidas tortuosamente de caminhos.
Eu queria enfim acentuar meus pontos
Quantos não sei...
Tantos que temo que me perca
Em ti sou o que vê
E tu, a criança que borda lágrimas sem fim.
Deixo-te aqui meu peito enrugado
Deixo-te aqui essa mão que pulsa
De amor e tristeza
Coisas que ele mesmo desconhece.
Será?
Faz uma colcha
Um casaco fino com suas lagrimas
O frio não tarda a chegar
Regurgitas teu cansaço
Engendrando lugar tênue.
E sinto tudo isso
Para gostar mais de mim
É como uma raiz que recobre o próprio tronco
Sentindo a lacuna na alteridade
Direciona suas raízes
Indubitavelmente para si.
Ah! Minha praia de Atalaia
Em teu contraste me acho
Seus arcos meu binóculo
Tua areia cama para a madrugada
Escola de um pigmeu sergipano
E cozinha para equilibrar o fogo e o frio.
Reuel Astronauta.
"Sentindo a lacuna na alteridade
ResponderExcluirDireciona suas raízes
Indubitavelmente para si."
Nos enchemos de defesas para nos proteger do alheio, mas isso também nos torna mais agressivos, nocivos. Será que cada quinhão de amor próprio é um tanto a menos que damos ao próximo?
Pode até ser, mas as raízes quando não acham lugar seguro não vão adiante. Nada como as fases de uma paixão: encanto, desencanto... estabilização da emoção... é o lugar para equilibrar o fogo e o frio. Entende?
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