A coisa mais linda que eu ouço todos os dias na televisão, nos rádios e nas ruas é o discurso da inclusão social. De fato, é muito generoso por parte da sociedade se preocupar com as categorias sociais historicamente marginalizadas. O mais legal de tudo é sabermos que podemos sonhar com um mundo perfeito em tempos futuros no qual todos terão conquistado os seus direitos.
Outra coisa pela qual me enche os olhos de lágrimas é aquilo que se refere ao discurso da pluralidade. É um crime desrespeitar o ponto de vista alheio, o que vale são as diversidades de crenças! É diante de um discurso como esse que eu sinto uma enorme vontade de viver, pois é através dele que percebo o quanto a sociedade exercita sua prática de conviver com a diferença.
Apesar de eu ser um fã convicto dessas plenitudes humanas, por vezes eu sinto uma grande dificuldade em lidar cotidianamente com esses discursos zelosos, como também em fazer com que os “Seres do Amor pela Humanidade” me compreendam. Por eu exercitar meu olhar torto, os discursos, apesar da diversidade e da inclusão, muitas vezes me incluem, mas também me excluem.
Por eu ser adepto do exercício de me entortar, para mim, ninguém é perfeito, pois se nos entortamos, inevitavelmente acertamos e erramos, e por isso eu consigo enxergar a importância de incluir todos, uma vez que não existe o melhor nem o pior. Portanto, a inclusão dos direitos é mais que do que necessária, e por isso mesmo eu me harmonizo com o discurso da inclusão construído pela sociedade.
Por outro lado, eu também sei que me entorto por conflitar com a sociedade, e justamente me colido com ela por eu possuir representações incorporadas em minha experiência com o social. Portanto, apesar de reconhecer a importância da inclusão de todos, não me sinto na obrigação de aceitar a todos, pois também tenho meus preconceitos e minhas próprias limitações.
Nesse instante, o que eu percebo, é que a sociedade, ao mesmo tempo em que prega um discurso de inclusão social negando o preconceito, preconceituosamente me exclui a partir do momento em que eu me nego a reconhecer uma aprovação plena para todas as pessoas. Ou seja, todos estão inclusos, mas de acordo com as pretensões politicamente corretas da sociedade.
Essa postura termina por se confrontar com o discurso da pluralidade. Pelo menos como eu entendo, no discurso da pluralidade cada um tem a sua maneira própria de enxergar as coisas, e por isso mesmo, cada um se encontra livre em se expressar da forma como quiser. O que eu noto nesse discurso é uma busca pelo respeito e pela liberdade de opinião.
No discurso voltado para a pluralidade, meu discurso torto, assim como o discurso social, reprova qualquer postura que tenha como intenção desrespeitar a opinião do outro, visto que para o olhar torto, as escolhas, os gostos, as opiniões são partes fundamentais da liberdade de pensamento do sujeito, e por isso mesmo não compactuo com idéias centralizadoras e impositivas.
Porém, mesmo a sociedade expondo o discurso da pluralidade, ela me obriga a escolher um lado. No entanto, por eu saber que todo mundo se entorta, não me sinto à vontade em dizer que acredito em uma coisa ou em outra. A partir daí eu noto que a sociedade, ao mesmo tempo em que nega a exclusão, de forma excludente termina me segregando.
Enfim, se por um lado o meu exercício de entortar se inclui na sociedade por reconhecer o direito de todos, além de prezar pela diversidade de opiniões; por outro, como amante do torto, termino sendo excluído, uma vez que, apesar do discurso social prezar pela inclusão e pela pluralidade, admito que tenho meus preconceitos e me nego em querer defender apenas uma bandeira.
Pelo fato do torto aceitar valores referentes à pluralidade e à inclusão, ele se encontra dentro das expectativas sociais, no entanto, mesmo estando inserido, ele se vê excluído pelo seu discurso ir de encontro ao politicamente correto. Ele se insere, mas é mantido fora; encontra-se fora, mas se adentra nesses discursos. Enfim, o torto é um incluído por fora e um excluído por dentro.
Eu me afirmo eu me nego porque o mundo é transitorio e complexo.
ResponderExcluirNenhuma sociedade é destituida de valores, classificações, hierarquias de valores. Essas idéias são antigas... agora, a respeito do por que o politicamente correto existir é outra coisa... hhahaha enfim...
Reuel Astronauta.
Reuel,
ResponderExcluirO que você disse é fato. Em nenhum momento da história, nós podemos dizer que os homens viveram seus dias em plena paz e harmonia.
No entanto, apesar de reconhecer a importância das nossas próprias interpretações, não foi essa a discussão que eu quis propor em meu texto. O que eu quis mostrar, é que apesar da sociedade se dizer aberta a diversidade e a inclusao, ela não está predisposta a pluralidade e a inclusão que ela diz ter.
Ou seja, mesmo que você admita a obviedade desse discurso sobre classificações, você também não há de negar que apesar da "normalidade", nós nos sentimos pressionados para atender a um discurso que vai de encontro a toda essa normalidade.
Exemplo: certa vez eu estava com dois conhecidos, e um deles ficava com uma garota negra, que por sinal, encontrava-se nesse momento. Ao conversar no escuro do fundo casa, sem querer pisei na pata de um gato preto de um dos conhecidos. Comentei: pô gato, você já é preto e fica nesse escuro! Como não queria que eu pisasse em sua pata! As falas que estavam intensas e empolgantes, de um instante para o outro se calaram e passaram a olhar para a cara de cada um sem graça, como se o que eu tinha falado fosse de fato algo pecaminoso e criminoso. Tenho certeza que a garota negra entendeu a minha fala, mas devido às classificações tão "normais", ela optou em ficar constrngida com a situação.
Quanto ao politicamente correto, eu acredito que isso seja reflexo de uma dose de culpa no inconsciente coletivo trazido pelos chamados opressores. A história revela as dores, as vergonhas, e o que nós queremos fazer hoje é nada mais que remendar uma grande falácia deixada pela humanidade em tempos atrás.
Continuando...
ResponderExcluirEu quis mostrar realmente isso: apesar de vivermos em um mundo diverso e classificatório, nem a diversidade é de fato aceita, nem as classificações são validadas em nossa cultura, e foi com esse propósito que eu mostrei em meu texto a condição na qual se encontra a minha concepção do que seja torto diante disso tudo. Seria legal enxergarmos o torto diante disso, não se a classificação é algo novo ou não.
oi meu caro,
ResponderExcluircomo conversei contigo há poucos minutos atrás, a exclusão e a inclusão parece andar de mão dadas. Até porque, nesse mundinho democrático, está na moda. Devido aos problemas ocorridos nas ultimamente, ficamos traumatizados com a amordaça totalitária q se insurgia por todos cantos. Estavamos atordoados pelas sombras negras, do nazismo, vermelhas do bolchevismo, como se não bastasse, viviámos cavando buracos nos nossos quintais com medo que algum míssel perdido caísse sobre nossas cabeças. Assim era,a opinião . Para poucos, os muitos só restavam o silêncio. Silêncio do medo. E opinião tolhida. Hoje vemos que essa idéia não faz sentido, pois de uns tempos para cá, surgiram vários movimentos onde o lema era: para quê calar, se tem boca para falar? O tempo agora é filho do ano zero do pós- 68. O palco não se divide em blocos, mas se mistura em cores multicoloridas formando um infinitésico peças de um mosaico. O outro sai das margens e atravessam até os epicentros sociais. Todos se encontram. Em qualquer nação encontramos vários provenientes dos quatro cantos do mundo. Aí está o sintoma da globalização. Parece que nada escapa do todo. A parte nunca se isola. Depois do advento da tv, difusão da informação e tecnologia, ninguém está mais ilhado. Nem mesmo as comunidades mais distantes, como diria Giddens.
No entanto, nos sentimos exclusos da própria inclusão. As maiores conquistas de liberdade de opiniao e entre outras, parece ser adepta tb ao novo sistema não social, mas econômico. Por isso q deu tão certo. O q não isenta de vermos a marginalidade perambulando nos grandes centros. Não falo só de exclusão social, mas até de opinião. Saindo do plano social indo para o individual, vejo q não somos tão livres assim e nem toleramos a liberdade do outro.
Por mais q justifique q o homem é um ser vacilante e q tem limites, às vezes ele mesmo desconhece os limites próprios. Assim como na história em q vemos os interesses de determinada classe , nós temos a nossa. E lutamos incisivamente por ela e por nossos gostos e tendências. Fingimos q entendemos o outro, ou melhor entendemos o outro de fato, como vc bem explanou, desde q esse outro não atinja o nosso interesse ou fira o nosso ego.
Para mim, a pluralidade tb pode ser remanescente daquele lema tão estudado por freud na era vitoriana ou a milesimos anos atrás, em que precisamos cuidar do próximo. Mas cuidemos dele com forma de conter a sua agressividade egóica.
Ufa! é isso.
Bom texto!
um beijão
Mai,
ResponderExcluir"O palco não se divide em blocos, mas se mistura em cores multicoloridas formando um infinitésico peças de um mosaico".
Eu acho que os blocos existem sim, agora o que não mais existem são centros absolutos. O poder vai transitando o tempo todo e centralizando-se de forma provisória em vários lugares. Por isso que apesar de vermos fragmentos a nossa volta, encontramos relações de poder muito sentidas em nosso dia a dia. Por isso que como você disse, "Por mais q justifique q o homem é um ser vacilante (...) lutamos incisivamente (...) por nossos gostos e tendências", isso por que, usando-me ainda de suas palavras, "não somos tão livres assim e nem toleramos a liberdade do outro". Ou seja, apesar do mosaico, existe o poder.
"Depois do advento da tv, difusão da informação e tecnologia, ninguém está mais ilhado".
Concordo com algumas ressalvas, pois uma coisa são as diversas comunidades terem acesso às informações jorradas pelos meios de comunicação, mas outra coisa são essas comunidades terem acesso cotidianamente a esse excesso de signos e discursos expostos nas midias. Digo isso pois como professor de um povoado, o que eu vejo, é que apesar de meus alunos terem em suas casas uma parabólica, o cotidiano deles se limita a um comércio local que serve para atender apenas suas necessidades básicas muito longe das novidades plim plim. Com isso que acredito que no final das contas eles não deixam de estar ainda ilhados em seus mundos.
Pra variar, um comentário riquissimo, instigante e gerador de novos debates
Vina, acho que vc não entendeu perfeitamente meu comentário. Porém, o que queria expressar em meu comentário é que esse discurso do apesar disso sou isso, mas também sou assim, a velha historia da possibilidade das múltiplas identidades na contemporaneidade , mostra que seu ponto de partida (lembra do jogo que mencionei?) é sempre a coalizão das polarizações, portanto seu ponto de partida são exatamente as polarizações. Mas enfim, eu achava mais interessante se questionar o porque do politicamente correto existir, ou seja, o por que de criar algo quase impossível para o ser humano, que é a total desierarquização dos valores. Que vc ao mesmo tempo vê a necessidade do respeito, mas também tem suas classificações nós estamos carecas de saber. O que é intrigante pra mim é o porquê o individuo cofia nesse ideal, se cotidianamente vejo essas pessoas caindo nas mesmas contradições do "estranho" Vina. Abraços.
ResponderExcluirReuel
ResponderExcluir"seu ponto de partida são exatamente as polarizações".
Não é por que eu acredito que uma coisa complementa e se conflita com a outra que eu necessariamente parta de polarizações. Claro que quando eu digo o bem também é mal e também não é, eu estou primeiramente separando os dois universos para ao mesmo tempo misturá-los. No entanto, não vejo isso como algo que necessariamente parta das polarizações, mas sim como um ponto de vista que apesar de reconhcer as definições, as classificações definidas socialmente, percebe que as coisas não se encontram separadas, tanto é que uma coisa leva a outra.
"nas mesmas contradições do "estranho" Vina"
Nas mesmas contradições virgula! Pois existe uma grande diferença entre o fato de eu me afirmar como contraditório, do outro que age contraditoriamente e se pune justamente por dizer ao outro que é capaz de ser um modelo de perfeição. Eu não digo isso. Ao contrário. Digo claramente que apesar de reconhecer pontos positivos em mim, que eu possuo os meus podres também, pois a minha contradição é validade por mim mesmo.
Portanto meu caro, apesar de eu ter os meus moralismos como qualquer ator social, não me vejo tão preso aos modelos do politicamente correto. Por exemplo: conheço pessoas que criticam determinadas opiniões minhas nas frentes dos outros mesmo sabendo que as minhas opiniões criticadas são aceitas entre "quatro paredes".
Enfim, esse tipo de pessoa é que é politacamente correta, falso moralista, submissa, dócil, bajuladora. Eu sou tudo isso também, com a diferença de que eu não só aceito essas adjetivações publicamente, como admito não aceitá-las também por reconhecer minha insegurança e minha fraqueza, como também opto em confrontar os modelos que me contrariam, mesmo sabendo que diferente dos gentis, eu vou me fuder em qualquer momento. Porem, prefiro dizer o que eu acho a ter que ficar fingindo publicamente que a opinião do outro, que por sinal é conjugada com a minha, encontra-se equivocada simplesmente pela covardia de assumir uma opinião sincera. Mas enfim: cada um se engana como quiser.
Obrigado pelos comentários. Eles são juto frutiferos para construirmos nossas ideias
abraços
botou pra fuder vina
ResponderExcluirfalou os fatos sinceramente
Alan
Novamente não fui respondido, leia os textos corretamente senhor Vina, vc apenas proceguiu a reflexão do SEU TEXTO e não respondeu meu comentario.
ResponderExcluirReuele Astronauta.
prosseguiu*
ResponderExcluir"Por exemplo: conheço pessoas que criticam determinadas opiniões minhas nas frentes dos outros mesmo sabendo que as minhas opiniões criticadas são aceitas entre "quatro paredes"."
ResponderExcluirEntenderei isso como elogio, pois tem total ressonância com as suas argumentações.
Obs.: Prefiro a cautela do que a hipersinceridade, afinal as minhas proprias verdades mudam, e perfeitamente posso me arrepender das minhas afirmações horas depois.
Reuel Astronauta.
E novamente estamos vendo o "Eu me afirmo eu me nego porque o mundo é transitorio e complexo". E não podemos esquecer que a sociedade é hipocrita tb e ninguem me entende, por que falo o que eu penso kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirReuel Astronauta
rsrsrsr cautela
ResponderExcluirsei sei
Alan
Reuel,
ResponderExcluir"Prefiro a cautela do que a hipersinceridade, afinal as minhas proprias verdades mudam, e perfeitamente posso me arrepender das minhas afirmações horas depois".
Não acho. Algumas pessoas insistem em assumir determinadas verdades em um momento e fingir não aceitá-las em outro, não é por que muitas vezes essas verdades venham a mudar. Elas negam aceitar o que elas sabem que acreditam por não terem muitas vezes capacidade de admitir ter suas próprias opiniões e optam em ser escravas das conveniências sociais. Ah, em nenhum momento eu disse que essa pessoa era você, porém, se assim você acha, problema ou sorte sua. Cada um se engana de sua própria maneira.
oi vina!
ResponderExcluirqndo falei em blocos quis citar um tipo de modelo de poder mai s definido. Não é pq a atualidade é desenhada no mosaico q o poder não exista, pelo contrário. Falar de blocos hj e muito dificil, mas como vc disse, ele só pode existir se for na condição instantânea.
Outro ponto é q eu não vejo pq termo tanto medo de ser afirmativos. acho q o relativismo não é tão necessário em algumas situações. Por exemplo, creio sim q as comunidades mais longíquas seja afetadas d algum modo pela globalização. Claro dentro de alguns limites. Uma metropole e sempre uma métropole. Ela tem velocidades e estimulos totalmente diferentes de outras regioes. Nesse meu trecho q vc destacou eu n generalizei para todas as regioes do globo de modo homogeneizada.
bjos!
Mai,
ResponderExcluirCom relação as comunidades e a globalização, eu não quis refutar sua opinião. Apenas eu deixei um complemento que servisse mais como um alerta para você e para os leitores. Sei que não havia necessidade de no seu comentário voçe dizer se a globalização atingia mais area X ou Y, mas eu precisei falar pois minha experiencia enquanto professor de povoado tem me feito ficar de boca aberta em relação a alguns valores e cada dia mais eu me convenço que esse negócio circuitos globais é balela e só serve para as metropoles e olhe lá se as metropoloes brasileiras entram nessa viu kkkkkkk Quanto aos blocos, posso dizer que foi com a mesma intenção ao me referir acerca da comunidade e da globalização, ou seja, foi mais como um complemento.
bjs
Vina, o seu texto é provocante e convida a refratar valores constituintes do paradigma concernente aos dias que correm, uma pluralidade que exclui e, que para isso se serve de discurso includente. o texto mi remeteu as aulas de ética, onde uma ética neokantiana apela para uma separação visceral entre o público e o privado.
ResponderExcluirPercebo, que a pluralidade por exelencia é a potencializaçao das particularidades do sujeito contemporâneo e, que este se expresse na sua plenitude sem "medo", por meio, de qualquer veículo midiático, que há por aí as pencas, desde a rádio comunitária até o blogo do torto. Entretanto, existe o público, que é o mesmo que diz que reconhece a diversidade sexual, política e ideológica, mas que oferece programas debilóides na tv aberta ou a página comercial na internet.
cara, nao sei se disviei muito do seu texto, se fuji do tema. porém, mesmo que falem que para se construir um estado de direito democrático, há que existir uma distinçao do público e do privado, vejo no mundo multifacetado que pertencemos uma exigencia de afirmar sua particularidade, e que quando isso é feito, quando sua cara está para os tapas é possível valorizar os tapas e querer que nenhum outro os receba. Quem disse que uma democracia velada como a nossa é a melhor forma de governo possível? poderiamos viver em clãs, no meio da sociedade da informação?
rafael
Rafael,
ResponderExcluirAchei muito pertinente o seu comentário. Concordo com a sua pessoa quando chama atenção para os conteúdos televisivos.
Particularmente, sou da concepção de que os indivíduos merecem também o besteirol do entretenimento, afinal ninguem é de ferro né! No entanto, acredito que existe ai um grande paradoxo como você bem expôs, entre o discurso do "todo mundo pode" e a monopolização do lazer. Ai eu pergunto: quem é de fato livre se existe uma grade de programação imposta com o intuito de cada vez mais tornar o consumidor inserido em meio a uma massa impessoalizada? Cadê a oportunidade de cada um exercitar e expor ao mundo sua individualidade? Olhe, esse papinho do "está livre quem não quiser assistir" é cinico e de uma maldade absurda, pois no final das contas eu não estou livre em participar, escolher, organizar o meu próprio espaço.
abraços
o anarquista kropotkin fala que o serhumano tem que expor a sua plena individualidade , algo que nossa sociedade nao propoe o vemos sao pessoas com os msm discursos so para serem aceitas em determinados grupos , sendo que gostos e crenças desses discursos sao monopolizados pelo mercado . nesse sistema dificilmente o ser sehumano vai exercer sua plena individualidade
ResponderExcluirAlan
Alan
ResponderExcluirConcordo com você e ao mesmo tempo eu não concordo rsrs. Deixe-me explicar: dentre todos os sistemas, eu acredito que o capitalismo é o que mais se aproxima dos anseios anarquistas. Vejamos: é um sistema que preza pela individualidade, pela diminuição da força estatal em nossas decisões, enfim, pela livre escolha.
No entanto, e é ai que eu compartilho com você, o mal do capitalismo é que a sua individualidade não passsa de individualismos, de ambiciosos projetos vinculados a uma materialização das propriedades privadas, e que a diminuição da força estatal, antes de significar de fato um respeito pela liberdade de opinião e de escolha, significa uma submissão do Estado aos interesses privados dos setores hegemônicos da sociedade.
Um Estado nojento e vergonhoso que se encontra cada vez mais timido diante das decisões que conferem preponderancia de ganhos aos interesses mercadológidos que, antes de terem como objetivo, financiar alternativas que venham a gerar resultados positivos no que diz respeito aos interesses de ambitos coletivos e sociais, demonstram claramente os miseros interesses excludentes reservados para atender apenas aos interesses empresarias que têm nos provado cotidianamente que não possuem nenhum interesse em criar qualquer projeto que tenha como interesse, resolver questões que impliquem ganhos sociais
se aproxima mas como vc falou o capitalismo emperra no individualismo , e no interesse mercadologito de uma rede complexa de classes socias as que estao no topo da hierarquia
ResponderExcluirAlan