BENEDITO MEU
Benedito!
Esse menino não sabe o que faz.
Benedito foi para a lapa.
Naquele lugar os meninos viram homens.
Os homens viram fantasmas.
E os fantasmas se cansam de andar pelo mundo.
Benedito!
Onde você está meu filho?
Benedito foi vender crack para o povo do asfalto.
A classe média degenera a pobreza.
Tenha certeza.
Toda riqueza será castigada.
Toda torpeza será punida.
É uma ferida prurida.
Comida estragada.
Gente muito boa, branca até demais.
Benedito!
Ele não me responde.
Quem sabe perdeu o bonde?
Foi?
Foi!
Benedito volte logo!
Cedo de manhã Benedito foi para o necrotério. Depois, no cemitério, foi rezar sua oração:
“Crack nosso de cada dia me dê meu pão”.
O Brasil esqueceu Benedito.
Ou melhor,
Benedito?
Quem era?...
A nobreza é hipócrita.
A nobreza tem suas razões.
Benedito também.
Putz! Muito foda esse texto.
ResponderExcluirShow de bola meu amigo!!Realidade pura!!!
ResponderExcluirEu gostei muito, tanto da poesia quanto do poema.
ResponderExcluirRoosevelt,
ResponderExcluirQuem é qualquer um considerado um qualquer? Quem é alguem considerado nada mais que apenas menos um no mais? Quem somos nós diante da complexa tarefa politica e social para resolver nossa caotico estado de saude pública, se não apenas um dado abstrato, frio e diluido de um dado em meio a um misero esquema de estatistica? Quem estará por nós? Quem? Talvez Marcos? Bianca? Jorge? Edi Macedo? Elias Maluco? Talvez o Benedito? Quem?
Para alguns é só por no camoborão, assim se resume a tarefa politíca
ResponderExcluirReuel Astronauta.
benedito!
ResponderExcluirbem dita a nobreza e a pobreza! bem dito benedito...tão escondido e presente nos recantos do mundo . Que incomoda e alegra quem q q seja!
Muito bom meu caro! parabens! fantastico