segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Daniel Peixoto: A crença no veneno

Ao se deparar com a minha pessoa no bate-papo virtual, Reuel Astronauta imediatamente me enviou um link para que eu assistisse a um clipe de um artista chamado Daniel Peixoto. Gostaria de avisar que eu não tenho nenhum contato aprofundado acerca da obra desse artista. Este texto é uma análise limitada a um único clipe que assisti dele chamado “Eu só paro se cair” e não a todo o seu trabalho.

Faço questão de avisar ao leitor que a opinião que irei expor é fruto de minha interpretação. Digo isso, pois se há uma coisa que eu detesto em autores que abordam acerca de análises de trabalhos musicais, é a prepotência em jorrar seus valores pessoais, como se esses valores fossem universais. Obviamente que um leitor ao assistir ao clipe terá opiniões que podem se confrontar, assim como se assemelhar as minhas.

Para quem não se submete apenas de forma passiva aos modismos sociais, acredito que vai conseguir fazer uma interpretação pertinente acerca de Daniel Peixoto. Para mim, esse artista quebra os modelitos de quem mama nas tetas prestigiadas da vaca-hierarquia, assim como desestabiliza o discurso dito libertário e politicamente correto da muitas vezes hipócrita elite pensante.

O clipe de Daniel ´ridiculariza tudo aquilo que tende a ser venerado como certo, rebaixando ao máximo às certezas convencionais, e valoriza o que é classificado como fútil e descartável. Daniel une, colide, inverte e mistura a relação entre os dois universos. Preza pelo fútil legitimando o marginal, nega os modelos legitimados pelas convenções, ironizando ao mesmo tempo os dois.

Ao mesmo tempo em que chuta a canalhice dos modelos, aliena-se no consumo do corpo e do álcool. De forma banal Daniel tece duras criticas aos modelos convencionais atolados em modismos muitas vezes acéfalos, no entanto, de forma crítica, Daniel se degusta do sonho supérfluo do consumo, do imediatismo do gozo, apoiando-se em posturas que tendem a ser tachadas de excessivas e de chulas.

Com relação à minha interpretação acerca dàs criticas bem sacadas que Daniel Peixoto faz ao sistema, coloco como exemplo o momento final do clipe no qual o personagem mascarado (Pedro Sayão) aparece doando afetos com a sua impessoalidade traduzida pela máscara a uma garota (Camila França) de olhar perdido que mais parece externar um excesso de solidão e de cansaço.

No que se refere ao excesso, Daniel cita o seu desequilíbrio com o álcool. Nas questões consideradas por muitos como chulas, o clipe vai reforçar a sensualidade da gatíssima Camila França em movimentos de posições descaradas como no momento em que ela fica arreganhada no chão e no momento em que ela chupa o gargalo da garrafa com seus lábios provocantes.

Para mim, esse clipe representa uma sociedade massacrada por seus próprios descontentamentos; uma sociedade que busca o amor sem sequer ter a capacidade de amar intensamente qualquer coisa. É um chute no moralismo barato que se deteriora em meio a uma sociedade que cada dia mais se desagrega; um chute na perfeição almejada por um mundo que não mais se suporta por falta de referências mais precisas.

Naquele aparente lixo “desnecessário” do clipe, pude notar um cotidiano que se esvai e que sobrevive dentro de uma lógica de falta de sentido e muitas vezes de vazios. Um cotidiano surrado pelo cronômetro, pela frustração do indivíduo com sua auto-afirmação atrapalhada e com sua crença em tudo que envenena e que destrói por ele apenas se manter alheio à dor causada pela sua cotidiana solidão.

Quem tiver interesse em assistir ao clipe: www.youtube.com/watch?v=1bRdV7V5K2o

24 comentários:

  1. Só 4 palavrinhas: caralho, caralho, caralho, caralho! rsrsrs

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  2. Rapaz, eu gostei bastante da sua análise; ficou muito poética.
    Mas..
    Velho, vá se fuder!!!! Que música do caralho essa!! Porra, a melhor música que ouvi nesse ano!!! Vou baixar o cd desse escroto.

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  3. Um afronta à moral e aos bons costumes. Uma péssima influência a uma adolescência já por demais perdida. Assim que transformado em objeto de consumo, passará longe de uma minoria com olhos críticos de analista social e se transformará numa anomalia a ser seguida por uma marioria cega e desavisada.

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  4. Pois...
    Eu quero é que se foda. Por mim que os jovens matem uns aos outros. Há nesse tipo de caos qualquer coisa de justiça.

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  5. Lou e Josua

    Primeiramente eu gostaria de dizer que essa foi uma analise minha acerca de quais caminhos eu consegui interpretar sobre o trabalho do cara.

    Sinceramente? De certa forma eu compatuo com vocês, no entanto, vamos convir que essa coisa de criar anomalias pode cair um pouco em visões demasiadamente moralistas.

    Pra falar a verdade, eu estou cansado de tentarmos achar que podemos usar termometros para ações humanas, pois vejo que esses termômetros terminam sendo inuteis em um mundo que inexiste qualquer escala precisa de temperatura para o que seja uma boa ou má ação.

    Vejam bem, eu não estou dizendo que é para deixarmos de lado a tentativa de encontrarmos caminhos que produzam efeitos de estabilidade em nossa vida. Porém, acredito que negarmos os desvios morais, é negarmos a mudança de valores da sociedade, e a sociedade muda devido a esses desvios.

    Acho que esse tipo de musica como a do clipe, antes de possibilitar uma desordem social, ela revela muito mais os sintomas dessa desordem e que nessa revelação nós podemos captar outras alternativas para repensarmos acerca disso.

    As vezes a nossa preocupação em tornar a ordem um fator relevante em nosso cotidiano, traz tanta ordem que termina gerando desordem kkkkkk. Realmente não sei mais qual o caminho valido para o animal-humano

    obrigado pelas colaborações

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  6. Vina,

    No penúltimo parágrafo você expõe o que um analista social é capaz de refletir acerca. Penso em quem, diferente de você, engole sem mastigar. Não se pode pensar que todos têm a mesma capacidade que tem de captar e refletir sobre um objeto. Imagino, há uma hierarquia intelectual e a maioria está bastante abaixo, por exemplo, do que os que comentaram aqui o texto. Po último, há o caso de João, que busca na subversão (ou no sarcasmo) uma cura, o que penso ser questionável pelas mesmas razões, sendo mais uma assertiva a ser mal interpretada pela maioria do que uma ponte à crítica.

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  7. "Pra falar a verdade, eu estou cansado de tentarmos achar que podemos usar termometros para ações humanas, pois vejo que esses termômetros terminam sendo inuteis em um mundo que inexiste qualquer escala precisa de temperatura para o que seja uma boa ou má ação."

    Com que termômetro você diagnosticou isto?

    Mas, falando sério, eu vi na interferência de Lou muito mais a captação de uma afirmação à não reflexão do que um moralismo. Como você mesmo ratifica de certa forma, seu olhar pode ter produzido muito mais (o problema é o muito, não o mais) do que a música se pretende.

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  8. Lou,

    Mas nessa ótica, qual música seria saudável? Ha sempre quem consuma as coisas sem mastigar. Você pode enxergar isso nos satanismos doentis de muitas derivações do metal, em muitas turminhas punks com suas rebeldias desnecessárias. Olhe, até mesmo o sfãos dos velosos e buarques, mesmo se dizendo criticos e conscientes, muitos deles só consomem isso por necessidade de se auto-afirmarem em seus grupos e terminam sendo manipuláveis do mesmo jeito. Outro exemplo podemos ver nas musiquinhas infantis (n só as da Xuxa!!!!) com letrinhas babacas servientes ao controle sociail, a docilidade, a higienização dos ritos, quando não, das péssimas mentiras em ensinar as crianças que o mundo é cor de rosa com caras de ursinhos melados de mel. Enfim, se eu for elencar as musicas que podem ser nocivas para comportamentos sociais, não vai da no gibi!

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  9. E este é o problema. Pois quando, por exemplo, você repete o refrão do baiano e novos caetanos "está tudo aí" é porque você se permitiu a uma reflexão. O para além do dado o afetou em algum momento. Ou seja, você se permitiu refletir. Seja para chegar a qualquer lugar que seja, até mesmo ao pessimismo, o animal social deveria buscar sempre a reflexão. Afinal, há a conta de se viver em sociedade a pagar. Esta música traz uma porra-louquice de quem ainda não se permitiu refletir.

    "Para quem não se submete apenas de forma passiva aos modismos sociais, acredito que vai conseguir fazer uma interpretação pertinente acerca de Daniel Peixoto. Para mim, esse artista quebra os modelitos de quem mama nas tetas prestigiadas da vaca-hierarquia, assim como desestabiliza o discurso dito libertário e politicamente correto da muitas vezes hipócrita elite pensante."

    Além de ser um pensamento altamente engajado para quem afirma que "está tudo aí", esta coisa de quebra dos padrões sisudos é tão modista quanto os padrões sisudos. Se nós levarmos até o fim uma profunda reflexão, veremos que tanto a moral cristã, quanto a "laicizada" vão desembocar em pressupostos.

    Mas veja, nãoe stou impondo nenhuma verdade, apenas trazendo problemáticas. Abraço!

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  10. Josua,

    Não disse que Lou foi moralista, eu disse que o discurso que ele construiu, se não tivermos cuidado, pode cair no moralismo.

    Não diagnostiquei em termometro algum. Eu useio termometro mais como uma metáfora.

    Onde eu disse que meu olhar é muito mais????? Ãh?????kkkkk. Bom, mas independente disso, realmente acredito que enxergo o MUITO no sentido de encarar a música além dos seus limites ritmicos e temáticos, e enxergo como MAIS, visto que eu encaro meu olhar como um complemento.

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  11. "Enfim, se eu for elencar as musicas que podem ser nocivas para comportamentos sociais, não vai da no gibi!"


    Ninguém afirmou que em Daniel Peixoto se encerra a jumentalidade humana.

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  12. "Onde eu disse que meu olhar é muito mais?????"

    Você não disse, nem eu disse que você disse.

    Eu entendi que você usou uma metáfora, rapaz.

    Mas veja:

    "em um mundo que inexiste qualquer escala precisa de temperatura para o que seja uma boa ou má ação"

    Isto já é um diagnóstico

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  13. Nesse caso, tens razão. Mas estou certo de que prefiro isso a aquilo, ainda que se corra o risco de uma subjetivação inesperada. Quanto aos estilos musicais, há letras e letras. No caso do Daniel, ou da música em particular, vejo um retrato em que se precisa de um esforço incomum para se extrair o que seja de útil. A Xuxa, por exemplo, pode ser igualmente imbecil, ainda que seja menos ofensiva.

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  14. Caralho, caralho, caralho, caralho...

    Reuel Astronauta.

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  15. Desculpe-me mas não engulo essa coisa de dizer que existem musicas que levam a uma reflexão e as musicas de porra-louquices que não levam a reflexão. Afinal, o que é reflexão? Seria apenas uma atitude solitária e vinculada ao existencial ou também não poderia ser estratégias que nós construimos em nossa relação com o outro em nosso dia a dia? Quando se enche a cara também pode se refletir solitariamente ou socialmente, assim como ouvir uma letra pode não está exercitando uma reflexão.

    Em nenhum momento eu disse que uma postura desviante não era menos conservadora que muitos padrões sisudos. De fato, eu não andei separando joio do trigo, reflexão de não-reflexão, careta de não-careta. Apenas mostrei que na futilidade também podemos encontrar criticidade e não apenas doidices vadias e esteriotipadas como infelizmente ainda acreditam muitos dos cults buarquianos ou os rebeldes ocos da vida, o que não é o seu caso, nem o de Lou.

    "Além de ser um pensamento altamente engajado para quem afirma que "está tudo aí"

    Não entendi o que você quis dizer com isso, mas gostaria de dizer o seguinte: não cobre de mim uma postura imutável e eterna. Minha coerência é minha contradição. Sou torto, e por ser torto, entorto e mudo de opiniões, volto a elas, desisto, quero de volta. "Se hoje eu te odeio, amanhã lhe tenho amor"

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  16. Meu caro, ninguém está lhe cobrando nada. Eu quis apenas te alertar para o fato de que você encara de maneira combativa uma outra postura justamente por ela ser combativa:

    "Para mim, esse artista quebra os modelitos de quem mama nas tetas prestigiadas da vaca-hierarquia, assim como desestabiliza o discurso dito libertário e politicamente correto da muitas vezes hipócrita elite pensante."

    "De fato, eu não andei separando joio do trigo, reflexão de não-reflexão, careta de não-careta. Apenas mostrei que na futilidade também podemos encontrar criticidade e não apenas doidices vadias "

    Em primeiro lugar, quem foi que afirmou que a reflexão deveria ser uma atitude solitária? Pensar o pensamento é um prato a ser servido a quantos se for possível.
    Não tiro em nenhum momento sua razão no sentido de que em todas as manifestações podemos destrinchar textos e contextos. Nem eu nem Lou negou isto. Houve, apenas, o alerta no sentido de que a SUA capacidade analítica chegou a isto, mas que talvez, para o público a que esta música é destinada haja apenas implicações como a que Lou trouxe. Mas enfim, deixa quieto.

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  17. "ridiculariza tudo aquilo que tende a ser venerado como certo, rebaixando ao máximo às certezas convencionais, e valoriza o que é classificado como fútil e descartável"

    De fato, devo admiriar o seu cuidado no sentido de deixar claro que esta interpretação seria estritamente subjetiva. Pois eu vi pouquíssima preocupação com o que quer que seja devalores tradicionais (inclusive nos entido de confrontá-los).

    Mas gostaria que você destrinchasse melhor esta parte do "rebaixamento das certezas convencionais". Onde ele faz isto? E como? Declarando outras certezas convencionadas? Eu vi muitas certezas pessoais do eu-lírico sendo vomitadas. Como, por exemplo, quando ele afirma incansavelmente estar todo mi-mijado.
    Alguém pode deixar totalmente de ter certeza?

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  18. Meus queridos,

    Depois de passar horas dando aulas, ao longo de minha viagem andei refletindo acerca das criticas que fizeram em relação ao meu texto, e cheguei a algumas conclusões:

    1) Realmente continuo a insistir que esse clipe reflete o esvaziamento de projetos vivenciados por uma juventude contemporânea.Portanto, esse clipe expõe a vulnerabilidade dos valores, a falta de foco do mundo atual.
    Vale dizer que essa juventude é a juventude oriunda dos meios urbanos, pois nos povoados e zonas rurais do Brasil, esse lance de descanonização, desreferencialização ainda não chegou. Digo isso por experiência própria, fruto do meu cotidiano enquanto professor.

    2) De fato, relembrando das cenas do clipe, reconheço que a leitura que eu fiz do clipe (apesar de dizer claramente que era uma leitura minha), foi uma leitura apressada e que fui levado a um impulso brusco, ou como dizem, agi no calor das emoções, pois de fato esse clipe não traz nenhum requestionamento a ponto de rediscutir os valores tradicionais. É um clipe em que um garoto abestalhado dança muito bem, reforça a irresponsabilidade em cima de uma auto-afirmação burra e incapaz de rever os seus conceitos de forma mais critica. O clipe nada mais é que um clipe a mais, um clipe mais do mesmo. Um clipe que simplesmente diz: nada é nada e tudo é nada. Um clipe que é incapaz de colocar em xeque todos os valores tradicionais de forma inteligente. Não!!!!!!!! Uma garotinha gostosinha e um discurso sem trazer nenhuma abordagem mais alternativa, ou seja, trazer outros propósitos para rever qualquer coisa. Pois no final das contas, eu reconheci que ele não quis rever nada hehehehe.

    No mais, tem uma coisa que também não mudei de opinião: sendo intencional ou não, aquele mascarado acariciando a gostosinha me provocou uma leitura e uma reflexão acerca da impessoalidade afetiva do nosso contexto contemporâneo.

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  19. Agora sim, concordo em TODOS os sentidos... Fiquei todo mi-mijado de emoção.

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  20. Vina,meu caro,
    você escreveu um belíssimo texto com direito a medalha se for possível. Não posso opinar melhor porque nada sei sobre esse cara. Seu texto foi do caralho. hehehe

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  21. Outra coisa: ainda acho que apesar de eu ter analisado minuciosamente as cenas do clipe e o discurso da musica de Daniel, meu pecado foi dizer que a intenção em rever os valores tradicionais e legitimar o marginal fosse de Daniel, quando na verdade essa foi a minha leitura. Talvez Daniel simplesmente quisesse dizer: gosto de beber pra cair e pronto!!!

    Continuo acreditando que também devemos ter cuidado com esse excesso de zelo pelos bons costumes. Como eu disse, isso pode cair no moralismo. A ordem é fundamental para reconhecermos nosso lugar, orientar nossas ações, criarmos uma lógica para a nossa eistência, porém, pensar essa ordem sem dar ouvidos ao caos é querer dar brecha para a tirania de quem se saboreia dos presitigios sociais e insiste em estabelecer controles com o intuito de se manter nesse poder. Esbagaçar de vez em quando é legal e necessário

    Voltando de viagem eu estava escutando Lobão e ele dizia na música mais ou menos assim: as vezes é melhor deixar as coisas rolar e tratar as sombras com ternura e esperar; no entanto, mais a frente ele diz mais ou menos assim: as vezes é melhor quebrar todas as promessas e atacar!!!!

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  22. ja que vina comentou sobre o metal e seus varios estilos vou colocar a letra de uma musica da banda cavelera conspiracy
    Must Kill
    You must kill
    Another body killed
    We must kill
    Another blood is spilled
    You must kill
    Another soul is ill
    we must kill
    Another life
    Killed...
    Killed...
    Killed...


    We must kill
    Another deadly sin
    You must kill
    Another orphan land
    We must kill
    Another atrocity
    You must kill
    Another misery
    You must kill
    And blood will follow
    We must kill
    There’s no tomorrow
    You must kill
    Death will follow
    We must kill
    There’s no tomorrow...


    Judgment...
    Torment...
    Execution...


    You must kill
    This is not a drill
    We must kill
    This is for real
    You must kill
    Another body ill
    You must kill
    Another blood is
    Spilled...
    Spilled...
    Spilled...


    Judgment...
    Torment...
    Execution...


    Um
    Dois
    Três
    Quatro...


    Must Kill...
    Must Kill...
    Must Kill...
    Tem Que Matar
    Você tem que matar
    Outro corpo morto
    Nós temos que matar
    Outro sangue é derramado
    Você tem que matar
    Outra alma está doente
    nós temos que matar
    Outra vida
    Assassinada...
    Assassinada...
    Assassinada...


    Nós temos que matar
    Outro pecado mortal
    Você tem que matar
    Mais uma terra órfã
    Nós temos que matar
    Outra atrocidade
    Você tem que matar
    Outra miséria
    Você tem que matar
    E o sangue vai continuar
    Nós temos que matar
    Não há amanhã
    Você tem que matar
    Morte persistirá
    Nós temos que matar
    Não existe amanhã...


    Julgamento...
    Tormento...
    Execução...


    Você tem que matar
    Isto não é um treinamento
    Nós temos que matar
    Isto é real
    Você tem que matar
    Outro corpo doente
    Você tem que matar
    Outro sangue é
    Derramado...
    Derramado...
    Derramado...


    Julgamento...
    Tormento...
    Execução...


    Um
    Dois
    Três
    Quatro...


    Tem Que matar...
    Tem Que matar...
    Tem Que matar...



    Alan

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