quarta-feira, 17 de novembro de 2010

000 - Circular vida e não vida

Anos e anos não consumados. Uma vida no ônibus com 0 percurso de destino algum. Pergunta-se onde quer chegar, mas não tem resposta alguma, o indivíduo olha pela janela. Vê o mundo, as casas, outros ônibus, o luxo, o lixo, um puteiro, o bar, o dinheiro, a igreja, a escola, a família e a mulher amada. Olha para si mesmo e o externo.

Viu tudo passar.

O espectador do ônibus que entra na estrada perdida volta para o mesmo ponto. Segue em frente no buscado destino inexistente. Mas nada que tenha sentido para descer. Não imagina onde seja, o ônibus é circular? Bruscamete para e ele questiona:

- É aqui que eu devo permanecer?

http://serousoulivre.blogspot.com

5 comentários:

  1. é ali q ele deve permanecer, até decidir qual deve ser a sua próxima parada, vendo a vida passar sendo inerte ao seu próprio movimento.
    As coisas passam, mas ele continua.
    Mesmo destino, no entanto, tendo cores diferentes das paisagens que estão ao seu redor.

    um beijo

    muito bom!

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  2. Amigo você não tem algo novo para dizer? Que coisa óbvia, que coisa ralada?

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  3. Maira,

    "Vendo a vida passar sendo inerte ao seu próprio movimento."
    "As coisas passam, mas ele continua."

    Vejo esse o problema no personagem, a inercia no seu movimento, ele vê varios elementos mas

    "Viu tudo passar."

    É um indivíduo que vive em dúvidas de escolhas. Ele não escolheu nenhum dos elementos (paisagens, como exemplos)... A mensagem que tentei retratar nestas humildes palavras foi a importancia das escolhas e da ação, não apenas ver, mas viver com esses elementos(descer nos pontos) e aprender com acertos e os erros. A inercia devido as duvidas nas escolhas tornam o problema, porque ele perde a paisagem como vc falou, tem outro elemento tbm, o Ônibus(tempo), até o momento do fim de linha do "000 - Circular vida e não vida". Ele não deu importancia aos recursos preciosos da experiencia... O Objetivo, a escolha, a ação...

    Valeu pelo comentário, abraços

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  4. oi colega anonimo!
    o obvio já diz muita coisa. e o novo talvez não te diga nada.

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  5. Miguel,

    Ai se encontra um dos grandes turbilhões que temos que nos deparar em nossa vida. Ao mesmo tempo em que visualizamos e sentimos o cotidiano em nossa volta, nós vivemos a circular em uma realidade com uma infinidade de elementos que nos fazem questionar até que ponto o nosso dia a dia nos traz algo de comum. O mais engraçado disso tudo, é que o excesso de impulsos infinitos e sensorias nos quais estamos submetidos, levam-nos a uma realidade, que apesar de aparentemente diversa, termina sendo neutralizada pelo excesso de sentidos que ela nos presenteia. Esse excesso de sentidos termina diluindo nossas escolhas pois tudo acaba sendo tudo e pronto, termina que perdemos o senso das escalas dos valores. Circulamos e nos mantemos prisioneiros de nós mesmos. Escolhemos, escolhemos mas não sabemos o que queremos. Fixamos de forma deslizante. Circulamos, mudamos, circulamos, mudamos e permanecemos. Como vc bem expos, anos de vida e destino algum kkkkkkkkkk adorei!!!

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