O sol brilha sobre as nossas cabecas,
ardem em nossas costas,
que nem podemos mais sentir
o peso da enxada,
quantos de nos?
quantos de nos, severinos?
severinos de vida severa,
severinos, de muitas cabecas multicoloridas
e disformes,
tracos marcados pela dor do tempo.
Tempo espacados, longos,
engolidos pela garganta do diabo.
quantos de nos severinos,
ja nao tem vida curta pelo mando de uma voz aspera,
e nem tao longa pelo sofrimento.
severinos avermelhados, amarelados,
negros esbranquicados e remelados
severinos expressamente inexpressivos,
rosto,
bocas, olhos e narizes
coletivamente personificados,
severinos somos nos,
coletivamente individualizados,
dentro de uma multidao exasperada.
* Caros amigos leitores e tortos,
Desculpas pela postagem fora de hora. Fiquei impossibilitada na segunda- feira a tarde.
Um abraco a todos.
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