segunda-feira, 18 de julho de 2011

sem ritmo

os martelos enfervescidos
salpicam os saltos tacones
in-serido na madeira opaca

sem o frescor das tintas amareladas
nao ha documento
e nem sentido
para o trecho sem sentido

7 comentários:

  1. sentido que se prese tem por imperativo que seja sentido, que se faça ferida na carne do mundo e na nossa também. mesmo assim, se o sentido não corresponder ao sentido do frescor das tintas amareladas, posso ainda querer completa-lo com o sentido, sentido pelo vermelho rubi que vejo latejar nas bochechas dela. sentido, ferida, alguma coisa ....
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  2. O sem-sentido tem sentido. O grande problema, e não estou me referindo a esse poemita, é quando querem fazer do não-sentido algo sem sentido como se isso pudesse ser possivel. O vazio é cheio e por isso fico cheio do vazio hehe. Como disse John Cage: " Nenhum som extingue o silencio que o extinguiu. Nenhum silêncio existe sem deixar de ser grávido de sons", enfim, a frase é mais ou menos assim.

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  3. Lindo, tire esse excesso de n e de y aí. É John Cage mesmo que eu quis dizer e quis escrever.

    bjs

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  4. Eu tou brincando! O de quem falei é da série Mortal Combat. Mas assisti à 4'33" de Cage. Interessante sua noção de "música ambiente". =)

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  5. Na verdade é "Nenhum som teme o silêncio que o extinguiu"

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