terça-feira, 9 de março de 2010

Afinal a culpa é de quem mesmo?

Ao contrario dos que muitos fazem que é projetar suas criticas para o Estado, desta vez irei fazer o inverso. Este meu questionamento começou quando neste final de semana os moradores do bairro que resido fizeram uma festa (como todo final de semana ocorre nos bares do entorno) sem motivo aparente e colocaram um aparelho de som na porta da casa deles com uma potencia de um trio elétrico. Muitos dos nossos leitores sabem que isso não é uma pratica estranha em nossa cidade Aracaju, porém uma coisa me veio à cabeça, será que o estado é tão produtor assim do nosso território ou será que o câncer que assola o nosso estado também não é produto do povo?

Pois então, esse questionamento me veio em mente por conta desta cena supracitada, uma vez que vi nisto uma grande prova de inconsciência no tocante a coisas como alteridade, respeito ao próximo, senso de pacto social e etc. Vejo que não só o nosso estado é fragilizado, mas que a nossa educação não nos trás nenhuma noção daquilo que seja sociedade. Só para apimentar mais ainda esta crítica, aconteceu na véspera desse dia ao qual ninguém conseguiu assistir TV no bairro, outra festa que varou a madrugada permeada de gritos e palavrões. Com isto pergunto: os milhões de donos de “som de porta da mala” que existem na nossa cidade não sabem que em uma rua existem idosos, crianças, enfermos e acima de tudo “cidadãos”? E o pior é que se chamar a policia não irá ocorrer nada.

Isso é uma noção básica, caros leitores, que qualquer um deveria estar ciente. O que precisamos fazer urgentemente é assumir o compromisso de educar nossas crianças para não criarmos pessoas que não se aproximam nem 1% daquilo que seria um “cidadão”. É isso que estamos criando uma sociedade estranha a si mesma, com uma necessidade de catarse absurda. Com que autoridade este mesmo povo cobra do Estado uma empatia com eles, se eles são estranhos ao que o estado representa ou pelo menos deveria representar? Sabemos que uma pessoa não precisa fazer filantropia necessariamente para se mostrar preocupado com a sociedade, mas o mínimo seria respeitar o território dos outros. Com isso quem está certo? Uma casta burguesa que vem desde o tempo da aristocracia no Brasil explorando as classes inferiores economicamente ou um povo que desconhece qualquer noção do que seja a palavra alteridade? Para concluir deixo essa grande incógnita aí ressaltando que nem si quer falei dos termineis de ônibus e dos diversos serviços da nossa cidade.

4 comentários:

  1. verdade que nós devemos melhorar nossa educação interpessoal, usar da liberdade até o limete da liberdade do outro e o estado deveria ser uma espécie de controle da nossa liberdade. Mas a realidade é outra, ninguem sabe hojê o que é liberdade, temos uma ideia vaga, por isso muitos acham que podem usar dessa ideal de liberdade para fazer o que bem entendem como estas festa ridiculas, culpa não é dessas pessoal, nem da educação, nem do estado, é do ideal de liberdade. Na ditadura por exemplo festas como essas seriam rapidamente replimidas e essas atitudes seriam usadas como exemplo. Muitos pensaram nessa época que não tinhamos liberdade, me pergunto por que, penso que até hoje não temos liberdade.
    Eu não sou livre, e sim às vezes
    constrangido por pressões estranhas a mim, outras vezes por convicções íntimas.
    Bem falei demais e não sei se me fiz entender, tomara que entendão esse comentario, se não que lástima.
    Como pensamento final digo: ou aprendemos a viver como irmãos, ou vamos morrer juntos como idiotas.

    Alex R. Ferreira;
    CODAP 2B

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  2. desculpem os erros de português no comentário acima.

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  3. Esse texto nos leva a uma reflexão de como nós nos comportamos na sociedade,como nós agimos para com o próximo,se realmente nós respeitamos o limite e se respeitamos o direito do outro.

    Érica CODAP 1° A

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  4. Querido Reuel,

    bastante interessante essa sua relativização entre a sociedade e o Estado, porem, preciso dizer que o papel de cidadão não se faz apenas em uma arena macro,mas também dentro de nossas próprias casas, afinal, nossa familia também é a sociedade, e pelo que ja ouvi críticas entre alguns membros de sua familia, sequer você se preocupa em abaixar seu som pela manhã enquanto alguns ainda dormem. Conscientização não significa apenas modificar um espaço maior chamado sociedade externa. A melhor conscientização deve ser exercitada começando em nosso próprio lar.

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