Para amenizar o ambiente tenso das ideias que têm entortado meu inquieto psique, esta semana deixarei-lhes uma letra de música que compus com meu irmão (Lucas Maia) e que questiona uma recorrência giratória nos fenômenos.
"Gira mundo, porque gira, mente
Girassol concomitantemente
Segue o astro que, inteligente,
Toma a lua por correspondente
Gira a samsara, transmigração
Gira o compasso da exatidão
A recorrência já nos é eterna
E as crianças já brincam de guerra
No warground da sua criação
Eu bem queria fazer um travesseiro dos teus braços
Seguir para sempre os teus passos
Mas minha fé se quebrou
E não adianta esconder seus esqueletos no armário
Sou o amor solitário
Restos que a ira deixou
Acredito que foi por acaso
Outros, já, que foi premeditado
Este crime de se pôr no mundo
O animal do seu próprio fracasso
E, se em mim, constrói-se um fingidor
Vou forjando minha própria agonia
Aquieta-se, então, um amor
Vou fingindo minha própria harmonia
Dou-me ao luxo de agir sem pudor
Eu bem queria fazer um travesseiro dos teus braços
Seguir para sempre os teus passos
Mas minha fé se quebrou
E não adianta esconder seus esqueletos no armário
Não me atordoa o rafeiro...
Morremorreu todo ardor...
Muito bom.
ResponderExcluirMais um texto no Blog Mundo Fluído
ResponderExcluirhttp://mundodeespuma-coutocircuito.blogspot.com/
As cláusulas pétreas e o mundo pós-moderno IV
Galera faço meus textos no trabalho mesmo,bem torto isso, por isso todo dia tenho postado pequenas partes!
Gostaria que o grupo torto discutisse algum tema em específico com mais profundidade, mais detalhes!
ResponderExcluirSim João estou quase terminando o texto das cláusulas pétreas, espero opiniões de V. Sª!
abs
Meu querido, o que pra você é um tema específico?
ResponderExcluirSei lá, SEM HOSTILIDADE, queria que o grupo centra-se comentários em algum tema específico e não ficasse nesse debate, genérico, aqui sinônimo de raso, sobre verdade, e comentasse certas questões, como a ontologia, o ser, o problema da indução, a dedução, o materialismo, a perspectiva, o relativismo, o idealismo, o subjetivismo, a sociologia do conhecimento, a neuropsicologia, etc, temas interligados a noçao tão devassada de verdade. Sobre religão queria que trouxessem algo mais profundo, que falassem sobre sociologia da religião, filosofia medieval, niilismo, religiões orientais, agnosticismo, panteísmo, deìsmo, religiões pagãs, tabus, sobre a importância do mitos ou não, etc ... Penso,às vezes, como um leitor assíduo desse Blog, que vocês tentam abordar todos os assuntos em 50 linhas somente e acabam não falando nada, dizem muito bem quem são, mas não dizem o porquê são. (sem hostilidade) Outra coisa, na universidade sempre odiei de coração os marxistas e o movimento estudantil, nem por isso deixei de ler todos os livros de marx e outros marxistas, como Rosa, Gramsci, labriola, Poulantzas, Althusser, etc. Por exemplo, existia um debate interessante na epistemologia entre Popper, neopositivistas e outras correntes, não poderia dá uma opinião sobre esse tema, somente dizendo que a epistemologia é vã, preciso fornecer uma explicação. Penso que às vezes o movimento torto quando é cogitado sobre certas coisas, fica utilizando subterfúgios do tipo, "o movimento torto é isso e aquilo", sem qualquer aprofundamento da temática do movimento, como se fosse um jargão treinado nos encontros do grupo. Por exemplo João faz letras, que tal começasse, com base nas concepções tortas, a criticar a noção de signo ou a semântica extensional de Frege, Russel e 1ª Wittgenstein, ou se João, com base no ser torto, concebesse uma nova forma de se pensar a sociologia da linguagem, por exemplo, criando "uma teoria da lingua torta". É só uma sugestão. Confesso que sinto proximidade com o desejo de vocês, mas não como ele vem sendo apresentado. Creio que precisam de mais maturidade, mais leituras, isso só o tempo fará brotar! Dirão, você é um advogado que não sabe pensar. Vejam meu blog. Posso ser meio conservador, "reto", mas os motivos de meu conservadorismo está lá apresentado, com argumentos, variáveis, hipóteses, na tentativa de marcar terreno na ciência que gosto. É isso Vina. qualquer coisa desculpe "ae" as palavras, é porque Tenho sentido uma vontade imensa de entortar o direito!
ResponderExcluirabs
* estão lá apresentados
ResponderExcluirUma ótima forma de criar maior entrosamento do grupo, além de fazer brotar centelhas onde poderão brotar novas concepções, é a prática do grupo de estudos. Tinha um grupo chamado NAJU na universidade, onde levávamos a discussão sobre o direito às comunidades periféricas de Aracaju. Não numa espécie de relação professor e aluno, mas discutindo as próprias noções de cidadania existentes no meio daquelas comunidades. Utilizavamos a educação popular que trabalha eminetemente com conceitos de Paulo Freire. Foi uma experiência incrível. Nos tempos vagos, tínhamos um grupo de estudos. Nesse grupo de estudo li, juntamente com outros colegas, a maioria dos clássicos da filosofia. Foi meu maior aprendizado na universidade. Líamos os livros, às vezes surgiam discussões intermináveis, que chegavam a beira da inimizade, e depois corriamos ao Romero e outros professores, para aprofundar questões duvidosas. Os marxistas da universidade nos tachavam de frívolos e desinteressados com as coisas da universidade. Sempre falava que política se faz na praça, no suburbio e não no meio da redoma de vidro para revoltadinhos, chamada universidade. Não me arrependo, aprendi muito mais com as pessoas daquelas comunidades que com qualquer livro "esquerdoide" da vida. Deve ser isso o que está acontecendo com vocês. O movimento estudantil sempre é intrasigente com quem não tem as mesmas práticas dele, mas continuem aguerridos.
ResponderExcluirAnderson, meu caro, desculpe-me, mas boa parte do que você está desejando não será atendido.
ResponderExcluirSeus textos são rebuscados, carregados e etc, porém não passam de resenhas das leituras que você está pressupondo ter a mais que a gente. Essas resenhas são interessantes, mas o Torto não precisa pedir permissão ao argumento de autoridade para falar sobre algo. Pense mais humildemente nisso. Abraço!
Em relação a sua última dica, achei hiper válida e peço sua ajuda na construção de algo semelhante. Obrigado por sua contribuição. Divulguei seu blog no espaço de divulgação de blogs da comunidade UFS. Abraço!
ResponderExcluirNão Josué, não são resenhas. Como disse ao Yanco, todos os textos de meu blog estão interligados e procuram, no acerto e no erro, alguma coisa nova, ou alguma brecha, para, digo, entortar o direito. Inclusive não costumo fazer resenhas. Os livros de Platão foram lidos por mim há cinco anos. A questão não é o argumento de autoridade. Se fossemos por esse argumento, as ciências humanas teriam uma tendência enorme nesse sentido, o direito principalmente, e não seriam consideradas válidas. Mas quando aduzimos algo em uma área de estudo, ou dentro de uma temática, existem sempre inimigos ou oponentes para conversar. Na ciência do direito existem inúmeros autores dos quais não aceito as teorias. É com eles com quem devo me acertar. Outra coisa, não estou rebaixando o conhecimento de vocês, só percebi algo e quis propor outra coisa, por que sei que vocês tem capacidade suficiente para tal. Percebi nos textos que vocês sabem muito bem quem são, estão resolvidos, mas falta dizer o porquê são, gerar um explicação mais aprofundada de suas temáticas. A partir daí terão que acertar contas com outras teorias ou produzir textos um pouco mais rebuscados. Já dizia Hegel, o importante não é o que é dito, mas sim o desenvolvimento das provas da argumentação. Que tal começarem respondendo: porque o torto é uma condição imanente no ser humano? Mas se a proposta de vocês não é essa, tudo bem, parece-me que estão mais atenados com a arte, o que também é muito importante. O meu blog pretende ser mais científico dentro da área do direito. Inclusive entrarão no meu blog um juiz federal e mais quatro colegas advogados. Todos com pontos de vista diferenciados. Para se ter uma idéia, meu blog tem feito sucesso entre alguns colegas. As idéias levantadas nele é algo diferente na ciência do direito. Resumindo, tudo o que disse acima, é bem parecido com a cobrança de Rooselvelt ao João, na questão da religião. Sobre o grupo de estudos, não só ajudo, mas participo. Tenhos muitos livros, posso disponibilizar pra vocês tirarem xerox. E não fique com essa defesa, cheia de casamatas, é bom, às vezes, ouvir os leitores. Dia desses o Rodolfo pediu pra mim fazer textos menos filosóficos, a partir daí tenho feito textos mais ligados ao cotidiano. Simples, às vezes quem tá de fora vê mais coisas que aqueles que estão dentro. Tem um livro de Bauman, modernidade e ambivalência, onde traz teses pontuais de socilogia do conhecimento, que fala justamente disso, os grupos marginalizados foram aqueles que deram surgimento aos autores e obras mais famosas em todas as áreas do conhecimento. Outra coisa, paro por aqui meus aborrecimentos, retos, de autoridade, embusteiros e sofísticos!
ResponderExcluirSim daqui a pouco postarei mais uma resenha, confira.rsrsrsr É sobre a democracia x o direito posto!
ResponderExcluirabs
Sobre o grupo tínhamos o seguinte procedimento. Primeiro passo foi fazer uma lista de livros a serem lidos pelo grupo. Depois se resolve a periodicidade. Na época tínhamos a meta de um livro por semana. Quando o livro era muito grande estendiamos a duas. Depois procuravamos algum professor fera no autor lido e debatíamos alguma coisa, ou alguma releitura do livro, ou tirávamos dúvidas mesmo. Resenhar livros é interessante, o melhor é debatê-los em grupo. Na época fizemos um grupo de filosofia política. Daí lemos livros de Platão à Habermas.É isso, o grupo de estudo deve girar na área de interesse do grupo.
ResponderExcluirAnderson, acho que você não leu, mas eu publiquei semana passada um texto no site intitulado "Entre a classificação e a relatividade".
ResponderExcluirDigo isso pois você salientou que não estávamos escrevendo nada de especifico
Beleza, vou dá uma olhadinha!
ResponderExcluirabs