quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A matéria etérea (por Roosevelt Leite)

A matéria Etérea.
Entortando a physis.
Durante muitos séculos a humanidade e particularmente, a comunidade científica, pensou ser o átomo uma partícula maciça. A física atual atesta a existência de partículas subatômicas. Pedaços de matéria tão pequenos que são imperceptíveis à nossa instrumentalidade e sentidos. Eles são regidos por leis físicas com postulados diferentes dos newtonianos. As partículas subatômicas têm massa quase inexpressível, contudo, podem provocar fenômenos físicos especiais como a reação nuclear, como de uma bomba atômica. Afinal, por que as partes invisíveis e imperceptíveis da matéria são importantes? E que leis são essas? Muitas dessas leis já estavam escritas nos livros sagrados dos vedas, ou dos egípcios. A bíblia comporta dezenas de citações sobre os fenômenos sutis da matéria. O átomo foi desmistificado passando o homem a ter um entendimento mais holístico da matéria. Isso se deve ao fato de que a matéria tendo diferentes quantidades de massa poderia haver uma partícula com massa mínima. Essa matéria é considerada pelo mundo dos magos como o éter. A física de Newton considerava o espaço, o éter (vazio). O estudo da matéria subatômica possibilitou a descoberta de atividades sutis da matéria cujas manifestações são imperceptíveis aos nossos sentidos. O fundamento da magia é a existência da matéria etérea, ou matéria sutil. A parapsicologia chama essa matéria de fluído ou plasma, pois sabemos que não há vazio como Newton acreditava, mas entre todos os corpos, seja planetário ou minúsculo como o átomo, existem ainda quantidades de matéria e energia. O entendimento que a matéria mínima quase não possui massa e que mesmo assim ela tem leis físicas bem claras e obedece à sua força, nos trouxe a consciência de uma realidade invisível que envolve conceitos de massa e energia. Mas vejam! Massa e energia numa realidade mínima da matéria. Posto o que até aqui foi dito, passemos para outra evidência das manifestações sutis no mundo físico. Os estudos em neurologia e neurociências relacionam a atividade psíquica com a máquina orgânica. O pensamento mobiliza uma quantidade de energia, logo uma quantidade de matéria, uma vez que, não pode haver energia sem matéria. Então o nosso pensamento é uma estrutura psico-orgânica, psico porque representa uma atividade consciente ou inconsciente do indivíduo, e orgânica porque funciona montada numa máquina orgânica, portanto, matéria. Podemos, então, dizer que o pensamento é de natureza psico-material. Do mesmo modo podemos dizer que o pensamento é matéria. Mas como pode ser? Como um ente simbólico pode operar sobre a matéria irracional, bruta como uma molécula? Mas é isso que a ciência diz! O estudo das atividades psíquicas abre um dialogo com a teurgia, a teologia, e as ciências esotéricas. A matéria sutil opera sobre a matéria densa. Essa é a resposta às perguntas feitas atrás. A matéria sutil possui o componente inteligente que por ser matéria está sujeito as suas leis. Esse componente inteligente possuidor de memória magnética é também portador de funções mentais superiores como atenção, raciocínio lógico matemático, e outros, e isso se deve ao fato de ser matéria, logo sujeito as leis da evolução. Nosso organismo desenvolveu órgãos que podem atuar em conjunto com esses componentes simbólicos. As partículas subatômicas que constituem a matéria sutil se manifestam por ondas eletromagnéticas. Isso é fato em física. Assim podemos dizer que o pensamento enquanto matéria pode se propagar em forma de ondas. Como se diz em teurgia, tudo vibra na natureza. Se vibrar, pode ser manipulado, este é o ponto. O espírito humano ou a inteligência individualizada é, portanto, matéria, por esta causa possui uma interfase com o corpo. O espírito humano conecta-se ao corpo físico por meio de uma estrutura composta por matéria sutil e por meio dela aciona a máquina neurológica para comandar o corpo. Pela lei da perda de energia nas ligações atômicas, o espírito humano perde grande parte de sua memória integral (o registro de tudo que viveu fora de um corpo humano ou enquanto habitava outros corpos) sobrando dela, apenas, reminiscências. Esta última teoria, bem colocada pela ciência espírita, abre uma porta de diálogo com a psicanálise (a existência de atividades psíquicas inconscientes). Fato é que os estudos de Freud negaram a possibilidade da existência do espírito, mas o trabalho de Jung deixou uma porta aberta para o espiritismo. Jung vai nos dizer que existe atividade inconscientes que não são explicadas pela ciência, isso sinaliza a possibilidade de fenômenos psíquicos fora do domínio da psicanálise convencional. Alguns exemplos podem clarear nossa mente. Os diversos casos de premonição, de sincronicidade, de telecinésia, e outros. Jung foi um estudioso de algumas dessas manifestações especiais ou extraordinárias da matéria. Existem nesse presente ensaio algumas palavras que são chaves para o entendimento desses fenômenos: matéria sutil, pensamento, inteligência individualizada, interfase, aparelho orgânico. O espiritismo chama de interfase o perispírito, uma unidade eletromagnética que envolve o espírito e se liga ao corpo por meio de um órgão no meio do cérebro, a glândula pineal, esta possui determinados cristais que uma vez vibrados conseguem ativar este software natural na máquina orgânica. Além da glândula pineal, esta teoria apresenta determinados plexos no corpo humano que são responsáveis pela entrada e saída de energia etérea, são sete os mais importantes. Bem, fico por aqui por enquanto até que alguém se interesse e venha fazer perguntas pertinentes ao tema.

14 comentários:

  1. Eu não me interesso e nem farei perguntas. Cabe uma crítica, portanto. Ora, muito me estranha esse querer dominar a imortalidade do espírito por intermédio da ciencia. Não seria o asseio da fé o mais elementar para que creditássemos importancia a este fenomeno, e por que, visto isso, essa necessidade de se mensurar o que só abre brecha para novas especulações, que se divide e, cada vez mais reduzido, demonstra haver vida em cada substancia jaz na nossa matérias? Ora, estudemos os corpos mortos. Segundo um colega meu, da medicina ele, quando o corpo padece a fisiologia vai junto com ele. Não tenhamos medo do absurdo, viver é sem ter pena. Cabe falar-vos que me enquadro em qualquer coisa que, por si, é divino: na descrença de tudo e na negação por gosto, há um veio de fé em algo mais sublime que as nossas consciencias fúteis, não conscienciosas para nada. João Paulo dos Santos

    Ps: releve os erros ortográficos, pois nem reli esse meu comentário. Tudo que está prensente nele é um insght.

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  2. Só para complementar, apesar de criticado por sua característica POPular, Dan Brawn em seu livro O Símbolo Perdido, aborda esse tema de maneira a nos mostrar a crença no etério sem base na fé e sim na ciência que a estuda, a ciência noética.

    João Ávaro.

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  3. Meu caro João Paulo: mais uma vez eu reintero que é apropriado fazer juízos sobre o que nós temos no mínimo uma leitura panorâmica. O amigo além de misturar Deus e religião em seus textos, mistura as religiões todas como se elas todas fossem uma só coisa. Este espaço é reservado aos que querem falar com propriedade. O amigo levanta a bandeira do ateísmo porque? O vosso desconhecimento do mundo da fé, me faz crer que seu ateísmo é pura pirraça de criança. Apresente um argumento, um problema, uma questão no UNIVERSO chamado religião. Acredito que fazendo isso seria mais apetitoso debatermos.

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  4. Meu caro João Ávaro: O estudo da matéria etéria nasceu nos meios científicos sem a coloaboração da religião. Foi uma dedução que adveio dos séculos de pesquisa que levou o homem a se deparar com o mundo subatômico. O fato, é que isso, para muitos, representa um diálogo entre ciência e teurgia, por exemplo. Ou ciência e religião. Contudo, precisamos entender que existem diferentes religoes e diferentes códigos. Existem o sque não definem muito bem o elemento espírito. Esse conceito nessas religiões, por exemplo, o Cristianismo. Este não nos confere uma visão ampla do elemento espírito em sua teologia, se tornando uma entidade vaga e volátio. A ciência espírita entende que o espírito é matéria, e como tal pode ser percebida por aqueles que possuem um sistema nervoso bem sensível ou os cristais de apatia.

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  5. João tem fé na ciência. Como vai explicar algo para além do que os os novos papas "Dawkins, Hitchens e etc (se é que ele os leu)" pregam?
    Dawkins, o papa do ateísmo por via das ciências naturais, vomita um conhecimento forçado e equivocado da história. Hitchens, em que pese seu arrogante conhecimento oxfordiano, diante do intelectual cristão Dinesh D'Souza, gaguejou e teve que reconsiderar inúmeros clichês anti-religiosos. (http://www.youtube.com/watch?v=o40x1IJiFaA) Depois me digam quem ganhou...
    E ainda há quem assuma um lado por completo ou não enxergue uma possível conversa menos arrogante entre as formas de conhecimento.

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  6. Desculpe o problema no texto. Os cristais de apatia estão na glandula pineal e já foram fotografados por muitas pessoas da área neurologíca. Ainda está muito longe estabelecer um diálogo entre ciência fragmentada e e espiritualidade (isto envolve todas as religiões respeitando as diferenças). Ciência fragmentada é aquela que se inspirou em uma filosofia da ciência positista, cartesiana. O pensamento complexo pressupõe o diálogo entre todos os saberes porqque entende que o cientista tem de ser um sábio e não um mero especialista em uma área (isolada enquanto objeto de estudo). Se a própria matéria sinaliza os seus fenômenos imperceptivéis porque não estudá-los. O preconceito que vem do ranso entre ciência e inquisição católica não tem sentido no mundo de hoje. O estudo da religião se faz necessário porque estamos falando de uma dimensão humana, um fenômeno sobretudo humano.

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  7. E para concluir: Falar sobre religião não significa ser ateu ou não. religião é um objeto de estudo como outro qualquer. Se temos 26 milhões de brasileiros sentados nos bancos de igrejas protestantes, é importante a acedemia estudar esse fenômeno para que possa entendê-lo. Então Deus e religião se misturam, mas não necessariamente. O debate sobre Deus envolve uma engenharia filosófica de maior envergadura.

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  8. É só ler os meus textos para se constatar a fé que deposito na ciencia. Afirmar que creio nela é deixar subtendido que os tortos não tem creditado importancia aos meus textos - salvo Roosevelt, que sempre faz comentários - não os lendo. É... Só falo maluquice mesmo, né?

    Chega a ser comico: a validação da religião por intermédio da ciencia... [eu rio com essas informações]. Isso seria como ver Hitler chamando Mussolini de totalitário ou vice-versa.

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  9. Meu querido, eu leio sempre os seus textos e interpreto o que você está tentando colocar como "falta de fé na ciência" como suas epifanias do tipo "hoje-estou-para-achar-tudo-inútil-e-a-morte-é-a-única-inconveniente-verdade-possível".
    Eu também acho cômico se tentar "validar" religião por intermédio na ciência, porém, acho ridículo achar que, por se articular com a ciência, a religião estaria "pedindo permissão" para se validar enquanto fenômeno praticamente ubiquo em termos de história humana.
    A ciência definitivamente pode, de forma muito salutar, construir esclarecimentos em torno da religião.

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  10. "me enquadro em qualquer coisa que, por si, é divino: na descrença de tudo e na negação por gosto"

    ai ai ai...

    Maldito, suas posturas irritadas para com os que você chama de burgueses; seu ódio aborrecente para os religiosos, não fazem jus a essa sua afirmação. O fato de negar algo, já implica em uma forma de acreditar em algo. Negação por gosto? Quantas escolhas ideológicas você não jorra nos seus comentários e em seus textos! Quantas hierarquizações do que é melhor OU pior, você não expõe em suas produções? Escolhas, significam opções de gostos.

    O que eu acho engraçado é que você tece uma crítica infindável ao que você denominou de idealismo torto, chamando atenção de que o torto é também um humano, o que eu aceitei, mas você parece que quer se auto-afirmar com um niilismo que termina assumindo apenas um lado das coisas, e deixando de ser humano, pois as vezes esse fim de tudo faz com que a gente entenda que você não é processo, não é transito de valores, inconstancia, bem e mal, mal e bem.

    Entortemos! Sejamos humanos!

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  11. Querido Josua,

    Sinceramente, muito me admirou uma mente multidimensional como a sua, re-afirmar achar comico a ciência estudar a religião.

    A fé é crença, e só temos crença através dos discursos, e portanto, por que não associar a linguistica com a religião? O discurso termina por refletir na forma como os fiéis se organizam em seus cultos e rituais, e portanto, por que não a sociologia estudar a religião? Cada manifestação religiosa possui seus parâmetros de condutas, então por que não a religião ser analisada sob a ótica do direito? A fé gera doenças psiquicas, e por que não a psicanálise e as neurociências analisarem os fenômenos implicados nas religiões? Enfim, a religião é um fenomeno social, e por ser social, é cultural, é histórico, é estético, etc.

    Eu gostaria de um esclarecimento seu a respeito disso, uma vez que tenho certeza de que a ingenuidade e a ignorancia do positivismo iluminista de separar fé da razão não compete ao que pelo menos eu ouvi até hoje em seus discursos.

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  12. Pois é, caro Vina!
    Você se equivocou na interpretação. Eu disse que acho cômico uma religião ter que "pedir permissão" ao escopo da ci~encia para se validar. E tenho certeza de que o diálogo é possível sim! Como digo neste trecho mais acima: "porém, acho ridículo achar que, por se articular com a ciência, a religião estaria "pedindo permissão" para se validar enquanto fenômeno praticamente ubiquo em termos de história humana.
    A ciência definitivamente pode, de forma muito salutar, construir esclarecimentos em torno da religião."

    Abraço!

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  13. Querido Josua,

    Perdoe-me pelo equivoco da interpretação. Bem que eu imaginei que esse posicionamento era muito estranho para uma pessoa de senso critico perspicaz como você.

    abraços

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  14. Nossa turminha, esses diálogos são comentários de grandes estudiosos....
    Mas, e se nos juntar-mos só um pouquinho com o que Jung pesquisava?
    Descobrir o que há fora da Terra, o que há fora da nossa matéria humana, o que é o pensamento? Os símbolos e os sonhos?
    Parece difícil? Talvez impossível? Não sei. Já estudei vários pensadores, na minha humilde formação, mas uma coisa lhes digo, o conhecimento pede licença para esclarecer sempre, seja na área que for. Eu por exemplo, li esta publicação, por que estou explicando para alguns colegas o que é matéria eteria na visão Umbandista. E achei a explicação acima muito esclarecedora. Gostei da forma que foi colocada, principalmente por se basear em pensadores dos quais eu admito e respeito. Parabéns.O seu post me ajudou, e através de mim, ira ajudar muitas outras pessoas. Obrigada Roosevelt Leite. (Graciele G. da Costa)

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