quinta-feira, 31 de maio de 2012

MACACADAS

Os homens espantam as borboletas. Perto deles elas alçam vôo. Vi uma que quebrou uma asa durante a fuga. Era pequena a doce borboleta. E o homem grande. Ele não a viu e a pisou. Olha a borboleta aí! Disse um amigo da criatura andante. Ele a viu e nem se importou. O mundo está cheio. A terra tem de tudo. E nós somos humanos. Não fazemos parte disso! O último enunciado chocou o amigo chimpanzé. Ele gritava e dava risada sem parar. Parece que nós homens somos manés! Nem sabemos o que está debaixo de nossos pés.

Um comentário:

  1. Roosevelt,

    Um texto pequeno, porém, intenso. É a grande arrogância do humano. Matei? Não se mata bichos! Sou bicho? Não, sou humano, sou respeitado pelos direitos humanos. O bicho não sente dor? Não, são bichos. Quem sente dor sou eu que sou humano. Tanto é que tenho direito a um divã, a um psiquiatra, a um advogado, a um médico. O bicho pertence à natureza, mas o bicho-homem, não! Ele apenas luta em favor dela por ser o "rei" dos bichos, pois os bichos são indefesos, mas não sentem dor; os bichos podem morrer, mas precisam ser preservados do bruto assassinato provocado pelo homem que não é bicho. Nao age como bicho, caga mas não e bicho, trepa mas não é bicho, é humano! Os bichos e todas as coisas da natureza nascem misturados a uma natureza. Os humanos não! Já nasceu com um homem pelado que não aguentou e pôs-se a comer a maçã. Os bichos não estão no centro, são os restos. O humano? Origina tudo e só a ele cabe sentir saudade, sentir dor, exigir seus direitos quando são usurpados e brigar na justiça quando o outro humano, que nao é bicho, agressivamente, matou seu filho a facadas. Enquanto isso o Greenpeace tá aí. Nos preocupamos demais com os bichos, mas não somos bichos. Temos apenas o papel e o dever de defendê-los, pois somos melhores que os bichos, afinal, somos humanos.

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