segunda-feira, 21 de maio de 2012

A estetica das colisoes

A guerra e a sombra dos escombros que nao se sustenta. Ela e gerada por uma crise envelhecida em que os impostos nao cobrem mais os gastos e por isso as taxas vao as alturas. Os precos sobem e o poder de compra diminue, inclusive os acessorios necessarios. A politica agarra a velha estrategia do pao e circo como tabua de salvacao, pois ela acredita piamente que nos seres bestialmente humanos somos,  inacreditavelmente, previsiveis. Observamos a crise sentados nos camarotes, esperando quem sera o proximo a se estracalhado pelos dentes afiados do capital especulativo, em troca, regozijamo-nos com as cores insosa da tv. A vida  e um desfalque e a historia e um assalto a linha da contemporaneidade. Vivemos no tempo fora do tempo onde todas as pecas estao em desarranjo com a nossa realidade social. A sociedade vive um dilema entre a coletividade e a multidao, somos colecoes de indivduos inconscientemente organizados ou seres individualente desorganizados? Quanto a isso eu nunca saberei responder. Nao saberei responder tambem qual sera o proximo continente a ser tombado nessa extensa linha descontinua. Nela ha sempre um intrso desconsolado.


* Tamanho: 336 × 500 - Fotografia:  HENRI CARTIER-BRESSON

Um comentário:

  1. Mai

    Acredito que por um lado inevitavelmente nos organizamos. Essa é a condição inerente a qualquer espécie inserida na natureza. Portanto, estamos organizados não só inconscientemente, mas também instintivamente.

    Contudo, há de convir que a cada dia que se passa o senso de coletividade e de humanização entre os homens está se perdendo cada vez mais. O estado por se encontrar submetido aos interesses privados do mercado há muito tempo tem perdido a sua finalidade de gerenciador dos interesses coletivos. Sim, nunca o estado levou ao pé da letra a idéia de interesse com o bem público, porém, antes de certa forma o estado conseguia ter um controle maior acerca da reivindicação dos sujeitos na arena pública. Atualmente vivemos em meio a um contexto esvaziado, um contexto ausente de senso de coletividade e de crença nessa coletividade. Cada um vive em sua própria guerra e sem encontrar referências seguras para se apoiar.

    Portanto, se por um lado inevitavelmente nos organizamos por esta ser uma condição inerente a qualquer espécie na natureza, por outro, culturalmente e politicamente falando, encontramo-nos em meio a um caos e a uma falta de senso de coletividade e humanização entre os indivíduos nessa politica possuidora de estado ineficaz marcada por meros interesses privados e empresariais voltados ao lucro.

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