segunda-feira, 6 de junho de 2011

Por baixo das minhas visceras, o amor

te amo porque te possuo

vejo voce o meu espelho
a minha parte perdida;

te amo porque posso
exercer a minha ditadura
te executo para o meu bel prazer;

falo que te amo para que voce se sinta adorado,
mas oculto o meu desejo incontrolavel de te subjugar
sob o mando das minhas vontades;

o meu amor e uma anarquia
sem leis
sem regras

o meu vicio e a unica condicao
para mais uma dose,
dor,
prazer e
libertinagem;


amo porque tenho voce
como referencia livre
para todos os meus atos;

a minha unica liberdade
de poder ser cruel
sem nenhuma
concessao de
humanidade.


2 comentários:

  1. amor corrosivo
    alojado no recuo de minhas vísceras
    não permite que eu instaure ditadura anarquica alguma
    sendo ele próprio tal ditadura
    e, em toda tentativa de defini-lo
    esvanesce-se
    transmuta-se em um corrosivo veneno

    reversibilidade que me provoca
    em saber se possuo ou se sou possuído
    despertando-me para que nada interessa
    além do gesto expressivo da tua boca

    ditadura
    anarquia
    humanidade
    não se inserem nesse glossário
    A justaposição da possessão e da oferta de nada valem agora

    nesse instante, o significado me é dado pelo calor do teu corpo, do teu sorriso e da tua voz tremida

    se o romantismo se pautava pelo amor inacessível
    de otários eu os chamo

    se para os realistas o sentido do amor é dado pela conta bancária de parasitas eu os acuso

    mas a você meu amor que se provoca por meio das entranhas, da droga, do vício e da libertinagem
    eu amo ...
    rafael

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  2. incrivel!
    o amor em toda sua maxima de expressao...

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