segunda-feira, 27 de junho de 2011

Belle de Jour



Belle de Jour,

Foi rechacada por nao controlar seus impulsos incontidos,
sua paixao violenta extremamente sexualizada.

Belle de Jour, foge todas as tardes a fim de satisfazer as suas luxurias e
escapar da entediante rotina de dama da noite.

Por isso, Belle de Jour foi atada pelas maos e pes e
assim foi, compulsivamente chicoteada pela furia de seu dono.

Belle de Jour, Belle de Jour...





* Citacoes criadas por Maira Lima, a partir do filme do espanhol, Luis Bunel- Belle de Jour (1967) e recontextualizada na fotografia artistica do alemao Hans Bellmer.

4 comentários:

  1. Não poderia haver uma leitura mais pós-moderna desse belo filme do genial Luis Buñuel. Da mesma forma que ela não podia, segundo você, controlar os seus impulsos, motivo pelo qual talvez não merecesse ser atada de pernas pro ar, também o seu esposo traído, ao saber do infortúnio que lhe trouxesse a mulher que tanto amara, poderia estar, ao batê-la, respondendo apenas a impulsos instintivos. Desse modo, se naturalizamos a taição da mulher, devemos naturalizar também as pancadas que lhe dera o seu esposo, pois, levando em consideração a substância de sua interpretação do filmes, ambas as atitudes se equivaleriam.

    JP

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  2. Concordo inteiramente com as palavras de João

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  3. ola joao!

    bunel foi um pos modernista a frente do seu tempo. O seu olhar surrealista ja era um prenuncio dos disformes sentimentos e atitudes que comandamos em nossa epoca. Belle de Jour, e um filme linear, apesar de trazer algumas rupturas em relacao a fronteira limitrofe entre a fantasia e realidade. O que podemos captar e que a fantasia esta conjuta com a realidade, e a partir dela que expomos os verdadeiros desejos, no caso do filme, vemos isso claramente em seus personagens. A belle de jour sofre com a anarquia desejosa do seu parceiro e a partir dai ela se ve viciosa pela dor e prazer. Satisfaz as suas luxurias para que a dor venha a tona logo em seguida.
    A sensacao primeira e que a belle de jour fica de pernas pro ar, qndo seu capataz lhe da as costas resolvendo por um tempo resoluto na sua solidao. larga sempre ele, qndo lhe e conveniente e ata as suas maos qndo sente um desejo incontrolavel de lhe dar ferroadas.

    Grande Bunel!

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  4. a fantasia fragmenta cada vez mais essa realidade pos- moderna.
    sujeito fragmentado submerso numa teia descontinua descortinada pelas lacunas marginais vistas nas metropoles imperiais que iluminam a sociedade moderna.

    belle de jour sente contracoes no frescor dos anos 60. talvez antes ou pouco tempo depois a pueril pos modernidade nasce desconjuntada da sua madrasta moderna.

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