quinta-feira, 26 de abril de 2012
SEJA VALENTE
O dia amanheceu. Todos foram fazer alguma coisa no curto espaço que dividimos.
Ouvi falas muitas. Todas contavam uma história com Agar.
A casa se encheu de fonemas diversos compondo um todo diferente, porém, harmônico.
O homem estava lá. Na casa onde vivo, falo e sinto.
O homem do mato;
O homem do asfalto;
Aquele de carne;
Aquele de aço.
A tarde era nova quando os pássaros voltaram para a pequena gaiola chamada mundo meu.
Não ligue!
A casa serve aos propósitos nosso.
Ontem rezei um Pai Nosso e não me esqueci da Ave Maria.
Que alegria!
Ele está aqui!
Eu não o vi quando entrou. Nem o portão de ferro bateu.
Nem a porta gemeu ante o peso da madeira velha.
Não sou ateu.
Nem teólogo.
Nem acredito em cinderela.
A noite chegou e com ela os morcegos.
Aparelhos voadores.
De frutas, comedores.
Eles assustam o escuro noturno.
Quem não tem medo do barulho de suas asas?
A conversa voltou. As palavras voltaram a estalar no ar como bombinhas de surpresas.
Eram feias, eram belezas.
O silencio tornou. Só o ronco da mulher ao lado quebrava o luto da noite.
Amanheceu o dia novamente.
Seja valente!
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Roosevelt
ResponderExcluirOlhe, só você para me fazer adentrar em um universo tão belo de descrições. Aí para mim é um mundo infinito chamado cabeça. É a nossa casa sem rua certa. É o nosso espaço inundado de multiplas vozes, infnitos projetos, incansáveis sonhos. É a nossa mente que projeta e que se desliza em vários caminhos. É o nosso gritar, o nosso cantar que acerta, que erra, que nega os acertos, que afirma os erros, que comete erros que condena e acerta coisas que se nega a aceitar. É vontade de voar, de ter liberdade, mas é a vontade de sempre voltar,é o querer ser livre, mas é o medo de querer se livrar. É a vontade de conviver com polifonias que fazem nosso peito pulsar de sonhos, de frustrações, de zelo e de fome.