segunda-feira, 5 de julho de 2010

Em tempos de espetáculos (Por Maíra Lima)

Ultimamente, o Brasil anda muito bem, obrigado... até a chegada dos holandeses. Como todo bom invasor que se preze, eles demarcaram seu território e expulsaram o seu adversário no meganânimo evento mundial ocorrido em terras sul-africanas, a fim de desbravar, além de alguns milhões em jogo, o almejado TÍTULO tal apaixonadamente disputado. Título esse que nos último anos não vem se ajustando muito bem ao Brasil, desde alguns anos. Como bem argumentou nosso colega, nesses momentos em que uma parte do globo é pronunciada pelas lentes de aumento do quarto poder, onde diversos Estado- Nações se confrontam -além das partidas - em diversos aspectos, em meio de uma profusão de nacionalidades, o que nos resta é elegermos verdadeiramente brasileiros para que esqueçamos por uns tempos as nossas dívidas, contas e outros infortúnios.

Que por falar em infortúnios, o nosso comandante nos deixou um tanto desapontados, afinal saímos do grande espetáculo. E isso não é nada bom, não teremos mais feriados, nem boas tardes de bohemia. Mas nos resta outros shows particulares que concorrem as partidas: os bastidores. É lá que rolam as fofocas, os "grandes furos" e alfinetadas entre técnicos e jornalistas. Inicialmente, foi a saída bem "a la francesa" da França, depois de uma série de discussões entre jogadores e técnicos. Andaram comentando por aí que tudo isso era reflexo do "presente grego" que rapidamente foi desencadeando em efeito dominó sobre outros países, até que colou por algumas semanas, quando a Itália, Portugal tiveram que fazer as suas malas... dando lugar para os muchachos sul-americanos.

Outros comentários, forma a respeito do nosso comandante, durante toda a copa, ele andara muito irritado e às vezes mal educado. Choveram críticas, “Dunga, um anão”, “sem nenhuma postura diplomática, incapaz de esquecer os maus entendidos há muito tempo não resolvidos”. “Um verdadeiro ditador, capaz de desencadear uma série de ansiedades nos nossos jogadores”. Realmente, os jornais não facilitam, enquanto puderem criar rótulos sobre as personalidades para formar incisivamente a opinião do espectador, tudo está valendo. Até um breve comparação com o Maradona, pois " ele foi muito mais educado ao cumprimentar com os seus jogadores, Dunga simplesmente foi direto ao vestuário, incapaz de reconhecer a sua perda na Copa".

Que por falar em Maradona, após ficarmos órfãos na Copa, uma das estratégias seria eleger um outro time, para que não percamos esse espírito patriota. Bem, como sou fiel ao meu continente, resolvi torce para a nossa hermana Argentina. Estava animada, mas pow...!!!!Depois do Dunga, você Mara!!!! Tão confiante, convicto de que a bola da vez seria digna da terra "das platas"... simplesmente saiu de campo... antes de me deixar órfã novamente, tendo que recorrer a outro time (espero que eu acerte dessa vez), perdi a oportunidade de assistir outro espetáculo, que prometia ser cômico, te ver andando nu pelas ruas portenhas! : (

5 comentários:

  1. Querida Mai,

    Realmente você adora sua América hehehe. Sinceramente, se é por conflitos históricos ou algo meramente ligado ao aspecto futebolístico, posso dizer que torci pela Alemanha, principalmente a Argentina tendo um técnico como Maradona hehehehe.

    Mas eu vejo a copa como um instrumento capaz de tentar fazer dos aul-americanos, uma imagem que provoque a anulação daquilo mais precário que a américa tem se tratando de fome, desigualdades, inflação, etc.

    Como tudo na vida é uma questão de contingência, uma partida é reflexo de várias variáveis, e infelizmente você não acertou em sua aposta. Apostar em práticas que implicam relações humanas, tudo é uma tentativa hipotética hehehe. As vezes eu acho que a Argentina quando soube que o Brasil foi embora da copa, desinstigou-se do mundial. A fome de Maradona era pegar o Brasil na final hehehe

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  2. sim, sem o Brasil... a Argentina apresentou sérios reflexos de desapontamento...

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  3. Gostei do ritmo do texto, bem, toca dali que eu passo daqui. Esses dialogos de copa do mundo são bem interessantes e vejo no seu texto uma desenvoltura bacana.
    Confesso que ri um bocado quando, a cada gol alemão, soltavam fogos e no final foi que pipocou fogos pra todo lado. Estou torcendo para Holanda ser a campeã, por conta de que a mesma não tem um título e a muitas copas demonstrar o merecimento. Reconheço que a Alemanha é o time mais equilibrado e grande favorita ao título. Porém, torço para que Holanda e Espanha cheguem a final.

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  4. Com a eliminação do Brassssiil torci pela Arrentina e agora torço pela Espanha. Holanda não. Futebol sem sal não! A Espanha joga bonito, é o Barcelona sem meu querido Messi. Mais do que ficar desapontado pela eliminação da Arrentina e não ver o Mara pelado nu com a mão no bolso, foi não ver o Messi marcar um gol na copa. E ele tentou, chutou bonito diversas vezes! Mas os goleiros, apesar das altas falhas nessa copa, souberam pará-lo. Uma pena!

    Por fim, o Dunga. Apostei nele desde que iniciou seu trabalho pela seleção. A cada jogo mostrou maturidade, foi campeão de dois importantes torneios etc e tal. O erro dele foi a convocação para a copa. E não foi por causa de um Neymar, um Ronaldinho ou um Ganso. Mas pela maneira como ele desacreditou no potencial do futebol brasileiro alcançado durante sua própria passagem pela seleção!

    belo texto,
    abraços

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  5. Escrevestes bem, minha cara!
    A jovem Maíra torta desliza a pena com muito charme e elegância. Parece ser amiga das palavras, ou, pelo menos, mantem uma cumplicidade com elas. O torto é assim. Ele faz uso de tudo para expressar sua postura alerta perante os fatos ocorridos, rotineiros ou até os grandes acontecimentos como a Copa. Ótimo texto, parabéns. Roosevelt

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