quarta-feira, 25 de maio de 2011
O Canto da Capital
Nova composição em homenagem à dinâmica de uma capital por aí....
_____________________________________
Capital, já temperei de lágrimas tuas ruas sem sal
Já escutei algures a lamúria da tua prole
Que ainda sofre o desafeto maternal
Então, teus filhos brigam
Pois o outro é sempre monstro:
Ou tu jogas o meu jogo
Ou eu te encosto
Como é rala a auto-estima
Ou te encaixas na panela
Ou estás fora da rima
A fisiologia é grossa:
Ou és tempero no caldo
Ou te encostas
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Letra massa, sobre o não aceitar de diferenças. A melodia tá engraçadinha.
ResponderExcluirUm belo poema, a melodia ficou um pouco estranha pra mim, mas não quer dizer obviamente q esse juízo de valor possa ser negativo, enfim. Parabéns pela musica.
ResponderExcluirReuel Machado
Caríssimos, muito obrigado pelos comentários.
ResponderExcluirAbraço!
Josua
ResponderExcluirDe forma raspadinha você me fez refletir acerca de dois pontos. O primeiro que se refere à hiper-valorização de tudo que nos é alheio; e o segundo sobre as panelinhas políticas.
Bom, esses dois pontos se referem a uma coisa chamada PROVINCIANISMO.
Eu vejo uma cidade provinciana como uma criancinha que baba nas golas da camisa e que caga na fralda e não tem nenhuma independência. Tudo que ela faz está sempre visada pelos pais. É por isso que nessa idade a gente não é capaz de tomar posições próprias, pois tudo que é bom vem do papai e da mamãe. Assim é uma cidade provinciana. Ela não é independente o suficiente para aplaudir e valorizar os seus feitos. Tudo que ela faz espera a aprovação do painho e da mainha e como toda boa infância, a cidade provinciana não deixou o Édipo e goza apenas com o gozo dos outros externos a ela e não tem o seu próprio falo.
Quanto às panelinhas, eu posso dizer que é a consequencia dos fortes laços sociais da cidade-provincia. Se você não defende o compadre do P da rua do T, vc não anda na rua do T por você ser apadrinhado do D, amigo do E e morar na rua M que nem ele. É assim a nossa maquininha coronelista. As velhas e restritas bandas tocando em todos os lugares entupindo os cargos de instituições publicas de comunicação, de cultura, de saude, de sorte, de dinheiro, etc, enquanto os outros que não tem padrinho nenhum... hehehe
isso me lembrou uma música que compus com Samuel Souza chamada "Cidade Farsa" que diz: "a cidade não é nossa rua/ não é nossa casa/ nem nossa cidade"
abraços
Seu comentário daria um texto complemento, caro amigo. Emocionante, engraçado e certeiro. Haha!
ResponderExcluir