Pus as certezas em ponto morto
E então ganhei mais pontos do que todos
Embora a perda venha o tempo todo
Vesti-me do alerta invisível
A que chamo Torto
Sei que a vida subtrai a todos
Mas mesmo esta certeza está em ponto morto
Meus julgamentos, reviso-os todos
Eis o tapete do imprevisível
A que chamo Torto
Revirar o lixo, conferir os tomos
Jogar fora o lixo e ignorar os tomos
Rasgar a página: Eis o meu torto.
Grande poema, Josua. O ritmo está muito bom. E o encontro entre uma frases e outra, também. Parabéns!!
ResponderExcluirJosua
ResponderExcluirÉ isso ai. Ser torto é acreditar ser alguma coisa sabendo que não pode acreditar que de fato é alguma coisa. É se dar o direito de propor projetos e se dar o direito de voltar e romper com o projeto. É saber que existem acertos mas que não existem apenas acertos. É saber que existem opiniões escolhidas, mas as escolhas não necessariamente implicam ter escolhas. É saber que por mais que ache que sob determinado ponto de vista a sua argumentação é mais convincente, sabe também que a sua argumentação é tão convinvente como a argumentação do outro é tão mais convicente para ele do que para você. É ter certezas e saber que se encontra perdido. É ter duvidas e erros e saber que apesar disso nós podemos encontrar algum caminho para as nossas ações.