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Rios
Sergipe e Poxim: ei-las aorta e femoral deste lugar de epopeias ainda não
captadas. Por onde o sangue, nervoso, trouxe os mais estranhos corpos; e para
um deles fora construída a Ponte do Imperador. Hoje, entrar por este portal que
morreu na praia, é dar de cara com a praça Fausto Cardoso, início do painel de
controle desta aeronave que navega lenta, mas estonteante em cores e
particularidades, como a arara que lhe inspira o nome.
E
para além do triângulo amoroso que se inicia nessa praça e une executivo,
legislativo e judiciário, eis que emerge pontiagudo o mais proeminente dos
poderes, a catedral metropolitana: a chaga indelével de uma moralidade, de um
padrão estético, de um plano não-laicizado.
Tudo isto introduzido na cabeça de um irmão não tão novo, mas além de o menor, o mais influenciável de uma família presumidamente unida chamada Brasil. Essa cabeça, porém, já foi transplantada, e a ideia de fazê-lo talvez tenha surgido nas idas e vindas dionisíacas (no bom sentido) entre os doutores João Gomes de Melo e Inácio Barbosa.
Na verdade, a cabeça rolou Colina do Santo Antônio abaixo e veio a se espatifar mais precisamente no local em que se erigiram os supracitados poderes. Sebastião Pirro, homem de retidão, projetou quadrado por quadrado deste lugar pensado para que o açúcar melhor fosse escoado (rimas acidentais). Talvez uma insinuação de que toda metrificação rígida faça o que há de mais doce se esvair? Vá lá! Talvez a Europa, um território que àquelas alturas por vezes já tinha passado borrachas e usado corretivos em seus quadrados precisasse de algo menos acre e mais tropical para continuar resignificando.
E apesar de haver, em dias como os de hoje, conterrâneos que ainda guardam uma genética fidedigna ao nosso projeto (só concebem suas quadradices), devemos detectar neste nosso tabuleiro algumas lacunas entre reis e peões, cavalos e torres.
Sim, Aracaju padece de imensas lacunas, mas estas podem ser vistas por um lado extremamente salutar: pedem significação, pedem participação ativa de seus usuários/leitores. E é por ser a cidade que não coube em tantas quantas figuras geométricas se pretendia que nos convida à mesa enquanto atores de seu destino; e não meras estátuas contemplativas. E é por isso que talvez não estejamos ainda autorizados a decretar que "acabou-se o que era doce".
Tudo isto introduzido na cabeça de um irmão não tão novo, mas além de o menor, o mais influenciável de uma família presumidamente unida chamada Brasil. Essa cabeça, porém, já foi transplantada, e a ideia de fazê-lo talvez tenha surgido nas idas e vindas dionisíacas (no bom sentido) entre os doutores João Gomes de Melo e Inácio Barbosa.
Na verdade, a cabeça rolou Colina do Santo Antônio abaixo e veio a se espatifar mais precisamente no local em que se erigiram os supracitados poderes. Sebastião Pirro, homem de retidão, projetou quadrado por quadrado deste lugar pensado para que o açúcar melhor fosse escoado (rimas acidentais). Talvez uma insinuação de que toda metrificação rígida faça o que há de mais doce se esvair? Vá lá! Talvez a Europa, um território que àquelas alturas por vezes já tinha passado borrachas e usado corretivos em seus quadrados precisasse de algo menos acre e mais tropical para continuar resignificando.
E apesar de haver, em dias como os de hoje, conterrâneos que ainda guardam uma genética fidedigna ao nosso projeto (só concebem suas quadradices), devemos detectar neste nosso tabuleiro algumas lacunas entre reis e peões, cavalos e torres.
Sim, Aracaju padece de imensas lacunas, mas estas podem ser vistas por um lado extremamente salutar: pedem significação, pedem participação ativa de seus usuários/leitores. E é por ser a cidade que não coube em tantas quantas figuras geométricas se pretendia que nos convida à mesa enquanto atores de seu destino; e não meras estátuas contemplativas. E é por isso que talvez não estejamos ainda autorizados a decretar que "acabou-se o que era doce".
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