segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O declinio do nao poeta

A minha pior falta, e não saber me expressar dentro das minhas coerências sentimentais, dos pontos e das linhas devidamente precisas para que tal poema ou poesia seja feito. A minha falta de não saber ser poeta, muito menos clássico.
O único erro que não poderei cometer e de declinar, pois me falta substancialidade para ser o poeta. Talvez serei poeta, um poeta vulgar que risca os dedos sujos no retrovisor, colocando palavras livres da linearidade do cotidiano.
Sem qualquer disposição e vencida pelo cansaco de pensar e repensar o que melhor me expressar a fim de impressionar uma quantidade misera de leitores, jogo os rascunhos e a caneta no lixo.

3 comentários:

  1. FAZ QUE NEM EU: ESCREVE E VAI GUARDANDO. COM O TEMPO, VAI REESCREVENDO E NO FINAL, TERÁS BELOS TEXTOS.

    TEXTO NOVO NO MEU BLOG. ACESSE, LEIA E COMENTE.
    http://thebigdogtales.blogspot.com/2011/11/fragmentos-de-um-licantropo_08.html

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  2. Mai,

    Apesar de breve, um excelente textito! Muitas sacações interessantes como: "que risca os dedos sujos no retrovisor, colocando palavras livres da linearidade do cotidiano."

    Entretanto minha belíssima Maíra, eu acredito que ser poeta é uma coisa que pode ser aplicada a qualquer um. Tá, você pode muito bem se utilizar de correntes estéticas que te cobrem um maior conhecimento acerca da métrica e outras coisas como na dita poesia conhecida como clássica, como você bem chamou atenção.

    No entanto, para mim, o ser poeta significa transbordar o olhar para além do que se vê. É chamar atenção do outro acerca de aspectos que a primeira vista se encontram de formas obscuras, assim como revelar o óbvio, que por se encontrar tão óbvio em nossas vidas, tornam-se também obscuros em nosso cotidiano.

    Acredito que é devido a isso que eu acredito que não exista o poeta vulgar. O cotidiano aparentemente nos é vulgar, mas a mesma árvore que encontramos todos os dias ao atravessar a rua para esperarmos nosso ônibus, revela-se como algo comum mas que o poeta do cotidiano rabisca em suas linhas tortas de sentimentos abruptos e borbulhantes um novo olhar acerca daquela arvore que nós não tínhamos nos dado conta.

    Ou seja, ele é capaz também de revelar e de trasmitir o escondido, o elo que sem percebemos, nos liga ao nosso dia a dia marcado de equivocos, esperanças e de poesias.

    bjs bjs

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  3. Vina,

    Como sempre, vc tem uma sensibilidade de observar outros cantos que valorizam o texto. Sim, meu caro, assim como vc acredito que qualquer um pode ser poeta, afinal nao nos falta motivos para querer poetizar a vida. Nao que ela seja colorida, mas ate o po cinza do retrovisor pode representar uma abstracao nossa. O poeta e o humano, nas suas condicoes inteiramente humana, sem verniz, na nudez viva do que os preceitos de civilizacao ocultam.

    bjos bjos

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