quarta-feira, 12 de maio de 2010

O repente do bom homem

O sol de Pedantia o despertou bem-humorado
Deu o braço à velhinha
E ajudou o delegado
A efetuar o flagrante
Mas o pobre meliante
Nada tinha de culpado

Era comiseração
Forma e cor de seu espírito
Decidiu fazer o bem
Decidiu seguir o Cristo
E aos pobres se juntou
E o vento ele jantou
Ao nada deu prejuízo

Mas um dia todo errante
Seu colega mendicante
Irritado com seu fardo
Quis seu vento degustar
E apreciando o gosto
Não foi humilde, nem torto
Decidiu tudo entornar

Aquilo lhe despertou
Uma ira descomunal
De cristão passou a bicho
Puxou um velho punhal
E abriu’o ventre do amigo
E mesmo hoje arrependido
Foi o bem que trouxe mal...

Só queria dar as rosas
E esqueceu que era animal
E o mundo indiferente
Com a fantasia causal
Mostrou que a surpresa existe
Independente de moral
Pois o bem lhe trouxe o mal...

7 comentários:

  1. Meu caro Josué,
    Gosto muito de seus textos e de suas produções, digamos literárias, aquelas que tomam a estética de literatura. Gostei muito do seu texto, não vou comentá-lo, pois meu intento é criticar o torto. O torto tem preguiça de ler. Ele gosta de textos que produzam debates, coisas, digamos, com pólvora, ou dinamite. Contos e poemas, às vezes, quase que passam desapercebidos....hehehehehe

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  2. Por exemplo: Olhe os meus contos e veja que poucas provocações foram sucitadas. Mas não tomo isso como defeito, mas como uma caraterística do torto, ele não tem tempo, e isso contribui para não analisar o que foi dito em outra estética. hehehehehe

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  3. Agora comentando seu texto, eu digo que ele bate com uma crítica severa ao conceito de certo e errado consagrado pelo senso comum e até mesmo pelo direito objetivo. O tal positivista que nega a pessoa em favor da norma...

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  4. Querido Roosevelt,

    Desculpe-me mas o seu comentário é tipico de uma pessoa carente de afeto. Dizer que seus textos não são comentados... por favor!! A sua pessoa não é de agora que vem criticando a falta de comentários sobre seus textos, porém, eu tenho certeza que em todos os seus textos, sempre deixo algum comentário. Engraçado que isso você não se lembra. Inclusive eu estou para fazer um comentário em seu texto da semana que pra variar, está muito bom, porém, vamos reconhecer uma coisa: as vezes é chato você escrever, construir uma idéia, e a ´pessoa que cobra tanto a atenção dos leituras, quase nunca prosseguir nas construções das idéias. Outra coisa: se fosse para reclamar dos tortos não lerem os textos, eu poderia dizer que você é um também que muitas vezes não tece nenhum comentário em meus textos, mas eu não me acho no direito de cobrar essas coisas não. Bem que eu queria chorar, birrar, mas só cabe a mim reconhecer que o que eu produzo pra mim está digno aos meus olhos. Por favor cara. Você é muito inteligente e maduro em suas idéias pra insistir nesse jogo de vitima.

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  5. Calma, meninos...

    Caro Roosevelt, eu não tenho tido tempo para comentar nenhum texto por aqui, mas particularmente adoro seus textos, não à toa fiquei muito feliz pelo convite à publicação.
    Não há restrições quanto à dimensão deles, aliás, Vina, que é bem assoberbado, vive trazendo observações fundamentadas em quase todos.
    Não entendi o motivo da crítica.
    Abraço!

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  6. Meu caro Roosevelt, concordo com a critica, sou adepto que exista para que possamos nos entender ou não. No entanto, vejo a critica substancial aquela que além de perceber os problemas, também lança soluções. É o mais sensato para que o movimento cresça se é isso que você também quer. Portanto, deixe suas criticas e soluções que acredito que serão debatidas e discutidas por todos.

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  7. Quanto ao texto de Josué. Cara essa idéia de fazer um cordel com as características do Torto é interessante pois amplia a idéia de diversidade do movimento. A característica humana de valores e sentimentos ficou bem abordada, principalmente na idéia de moral.

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