domingo, 1 de agosto de 2010

Síntese do Documentario de Michael Moore (por Ananda Teles)

Iniciaremos a síntese do documentário com o conceito do próprio capitalismo, que nada mais é do que um sistema econômico que tem como característica principal a propriedade privada dos meios de produção e a liberdade de iniciativa dos próprios cidadãos.
Analisando o tema podemos relacionar a uma história criminosa, onde existe guerra sobre a luta de classe, além de podermos comparar o documentário a uma sanguessuga, onde um por cento do país se alimenta da massa populacional. Uma história de amor abusiva, onde as pessoas podem consumir, mas são manipuladas pelo Estado.
Moore retrata que a responsabilidade pela crise econômica mundial e política de desregulação do mercado é a ganância dos executivos empresariais. Esse tipo de política beneficia uma única classe, os mais ricos. Os prejuízos existem, mas essa parte principal cabe aos trabalhadores.
O documentário retrata logo de início, os milhares e milhares de pessoas que perdem constantemente seus empregos e casas, devido à ação de poderosos bancos da Wall Street de organizarem um golpe de Estado financeiro, no período de transição da saída de George Bush e a posse de Barack Obama, com a transferência de dinheiro dos contribuintes para instituições financeiras privadas.
As pessoas são envolvidas pelos programas do Estado que demonstram os benefícios que elas podem alcançar, seguindo as propostas de conseguirem dinheiro fácil e seguro, fazendo empréstimos sobre empréstimos e hipotecando suas casas a taxas de juros exorbitantes pela máfia dos bancos. Quando elas começam a fazer parte desses projetos e planos governamentais, se vêem completamente enlamaçadas, sem ter por onde começar a cobrir os juros dos empréstimos, dos financiamentos, enfim, das “bondades” impostas pelo sistema capitalista.
Várias pessoas foram entrevistadas e relataram acontecimentos desumanos. Um desses grandes exemplos é o fato de funcionários mortos trazerem mais lucro para a empresa, do que quando eles estão vivos e ativos.
Moore conseguiu entrevista com pessoas que passam por um sofrimento e remorso constante. Elas relatam no documentário, que perderam seus entes queridos e foram surpreendidos com um golpe. Não existia pensão, pois as empresas conseguiam desviar essa renda para a própria empresa.
O resultado é o desenvolvimento, onde as empresas lucram de forma suja e falsa, onde as pessoas pagam e sofrem em prol do crescimento econômico da potência americana. E a cada período eleitoreiro, essas pessoas depositam confiança nos candidatos a presidência, e tentam acertar em um governo que propicie benefícios, assim como Roosevelt, que traria melhorias para os americanos.
As pessoas elegeram Obama, depois do tão temido Bush, e sempre esperam colocar no poder um presidente que olhe para o povo. O que acontece é que mesmo que existam melhorias, o mundo continuará capitalista e sempre existirá um maior beneficiado.
O documentário de Morre é uma forma de podermos conhecer que o capitalismo, desde que começou a penetrar por praticamente todas as nações, tem faces e vertentes que podem trazer benefícios e grandes problemas sociais.
Segundo Ariovaldo, em A mundialização do capitalismo e a geopolítica mundial no fim do século XX (2005), nos mostra que nesse período o mundo passava por várias transformações; guerras, surgimento, expansão e crise do socialismo, as disputas entre EUA e URSS. É nesse cenário tão conturbado que há a formação dos grandes monopólios denominados multinacionais que começa a adentrar em cada nação, trazendo novas formas de organização de trabalho.
O capital começava a girar e trazer benefícios que assim como no documentário de Moore, enchia as pessoas de desejo e ânsia de consumo. Na verdade todo esse sentimento pode ser referenciado como BIOPODER, onde o Estado consegue moldar a mente humana através de propagandas enganosas, que deixa toda a verdade obscura. Quando essa realidade vem à tona, as pessoas já não sabem como se livrar das garras desse poder tão forte e ao mesmo tempo tão manipulador.
Segundo Lênin, uma particularidade muito importante do capitalismo é a chamada concentração, onde uma única empresa reúne diferentes ramos da indústria, que /ou representam fases sucessivas da elaboração de matéria-prima ou desempenham um papel auxiliar em relação às outras. As empresas passam a ter uma taxa de lucro mais estável, que aos poucos o comércio passa a ser eliminado. Essas empresas combinadas irão permitir o aperfeiçoamento técnico e a obtenção de lucros suplementares em comparação com as simples empresas e fortalece cada vez mais a posição da empresa combinada.
No documentário de Moore, podemos verificar esse fato quando as pessoas perdem seus empregos. As empresas são transferidas para funcionarem em conjunto com a que exerce maior poder. A concentração das grandes empresas determinou o emprego de enormes capitais e as empresas que vão surgindo se encontram perante exigências cada vez mais elevadas em relação ao capital e essa circunstância dificulta o seu aparecimento.
O que ele deixa bem claro, é que as pessoas precisam lutar, e correr atrás dos seus direitos. É preciso haja uma organização e a formação de um ideal concreto, assim como as famílias do MOTU e os mexicanos que lutam por casa e terras. Eles são alguns dos milhares de pessoas espalhadas pelo mundo que sofrem com o lado desumano imposto pelo capitalismo.
Por fim, Moore faz uma abordagem rica capaz de tornar um tema complexo, que muitas vezes não atrai o público, em uma explicação sucinta e ao mesmo tempo agradável e humorística, fazendo comparações históricas e reforçando uma dinâmica com o poder de compreensão do espectador.
O documentário, de uma forma ou de outra afeta o espectador de diferentes maneiras e isso irá depender da interpretação de cada um. Apesar da abordagem, descrita acima, Moore se apresenta muitas vezes como um influenciador e sensacionalista, por impor sua idéia no próprio documentário, fazendo brotar nos espectadores o desejo de banir o capitalismo por completo.
Ficou perceptível, que nós devemos ter cuidado na maneira de assimilar o tema abordado e continuamente concluir os pros e contras que podem repercutir numa sociedade global. O filme não poderá ser julgado como certo ou errado, pois o capitalismo para milhares de pessoas está em bom funcionamento, assim como o socialismo para outros.

Um comentário:

  1. gostei. so gostaria de colocar que esta estrutura pos moderna n ira demorar para acabar . pela crise na uniao europeia ,pela vinda daqui uns meses de uma crise economica em conjunto social na inglaterra e eua ,o atual processo de fortalecimento do estado na america latina ,a guerra do irã que sera em breve e o fim do petroleo como modo produçao princial em 2030.
    e esses rpoximos 3 tres anos prometem , quem mangar blz , vcs verao daqui um tempinho
    obs : sem contar os danos que o capitalismo fez natureza deste a sua existencia . n e bem o homem que destroi a natureza e sim o modo de poduçao que ele vive , por exemplo no modo de produao asiatico e feudal os danos a natureza eram minino

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