sábado, 28 de agosto de 2010

PEDRINHAS NO AQUÁRIO

Menino, limpa essa boca de batom!
É apenas o fim do que nunca foi
Oh, menino!Enxugue essa lágrima,
Esquece essa marca,
Arruma outra face,
Anula esse céu.
O amor não existe! Ouviu! você é livre!
Desprenda-se desse medo.

6 comentários:

  1. A linguagem poética nos permite fazer combinações bem interessantes. Meu caro Allysson torto, você fez uma delas. Belo poema. Roosevelt

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  2. Aly Soul,

    Eu acho que o que podemos fazer não é esquecer o amor, uma vez que somos animais sociais e sofremos da carência em ter alguém do nosso lado. O que podemos é acreditar que apesar de gerarmos expectativas no outro por ama-lo, a vida é cheia de desvios e de surpresas muitas vezes assustadoras, isso por que somos livres.

    Enfim, um texto curto, porém, cheio de intensidades

    abraços grandes.
    Saudade cara

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  3. Caros Vina Torto,

    Os desvios no amor sempre acontecem. Pelo simples motivo de que os "mundos" que se relacionam nunca são iguais e isso já é uma possibilidade de quebra da idéia de eternidade para o amor, por exemplo.

    Esse texto também passa a idéia da decisão de uma mudança de rumo. O convencimento vem por meio do impacto, da necessidade de viver outros mundos. Nesse momento entra a condição de liberdade que possuímos e que também negamos por meio de algumas atitudes necessárias ou não. Quando coloco "você é livre!Desprenda-se desse medo!" significa que o sujeito está se adaptando aquilo que ele negou, a liberdade.

    Muito obrigado, querido.

    abraços,

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  4. Concordo com a visão do eu-lírico de que o amor, sob forma de medo, lágrima e ansiedade, deve ser mesmo extinto. Sinta-o livre e não tema sua partida; pronto sempre para o que vier.

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  5. Aproveitando uma frase da música "A maçã", de Raul Seixas, quando este diz "...que o amor só vive em liberdade e o ciúme é só vaidade...".

    Nesse quesito pensamos semelhante. Gosto de pensar o amor como Vinicius de Moraes, eterno enquanto dure. Creio que esse possa ser um caminho para se viver relacionamentos sem as neuras que os valores do casamento cristão coloca, ou seja, que até que a morte os separe. Prefiro pensar, até que os nossos sentimentos, intenções, desejos e satisfação mutua se separe.

    Abraço

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  6. Adorei Alysson, tb penso no amor da mesma forma que Vinicius "eterno enquanto dure"... O desprendimento é difícil, mas tenho tentado praticá-lo... e vamos q vamos, sai da frente q atrás vem gente, hehehe. ;)

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