quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Aos teus poréns

Eis-me aqui
Aos teus poréns
E aos teus poréns
Sou subversivo
Delito atribuído

Não sei onde
Entretanto
Entre tantos
Entre quantos
Temores
Perdas
Vícios

E o Dantesco vão que em nós se fez
Quando vomitamos nossas leis
Censuras
Fachadas
Amém
A criação de um ser aquém

Separadas forças na bifurcação
De uma fé fraca
Fetiches são palavras
Que nos atam
Pra nunca darmos razão
À sempre nobre, errante, densa alma
Presos à verdade que convém
E aquela que está para além
Das convenções
Do amém?
Da ciração de um ser aquém?

Doravante são passos
São passas
Onde eu nem sei
Mas, meu amor, já minguante,
Quer de volta o que espalhei

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