terça-feira, 17 de agosto de 2010

Poema Pobre.

Oi querida como vai?
Para onde?
Escorre em mim a incerteza
Resvala em mim um não sei dizer.

É candura e mansidão minha fala
Se me perco contando retalhos das minhas horas
É pela criança que sou
E aqui, tendo que andar só
Faço vibrar a água colocando minhas emoções em teus cristais.

É pode ser
Que eu sinta os teus sinais, quiçá
Porem o que atordoa é a embriaguez do pathos
Fazendo que meus atos
Não tenham em si alguma lucidez
Por isso me derramo em palavras.

Canto alto meu descontrole
Os pingos nos is
A gravata para o jantar
A grande forma que pedem as grandes volúpias
Escorei pra debaixo da porta.

Canto em sol menor
Pois o poeta é um grande fraco
Sem conseguir imantar o fluido cotidiano
Esconde-se em letras
Em sons
Só.

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