Sou uma esfera desnuda
Que anda pelo mundo a procura de uma árvore
Onde a moça se põem a ler o livro
Cansada se deita na árvore
E quando a noite cai ela não é mais
À noite, a árvore e a moça
São.
Namoro a madrugada
E na estrada sigo com ela
Olhando os tijolos da rua
Contando as horas
Para que o dia se cale
Para que o tempo que todos gritam
Conheça o sono que eu tanto anseio
Como a moça que em si não é nada
Sem o crepúsculo do meu peito.
Canto para ela
Um canto vago
Que não sabe o que ansiar
Afinal, vejo o bêbado andado
E mi sinto tão ébrio quanto
Com esse grito gago como a vida
Que agente vai levando
Como bois que seguem a estrada sem saber para onde vão.
Obs.: Devido a uma serie de contratempos estou publicando meu texto neste domingo, uma vez que não recebemos nenhum texto dos nossos leitores. Desculpe-me, caros leitores, contudo espero que tenham uma boa leitura!
MEU JOVEM,
ResponderExcluirNa verdade o real é assim,diliui-se em mio a nossas dúvidas.
Reuel,
ResponderExcluirNem precisava justificar. O texto fez calor nos olhos. Como disse o Rooservelt o real dilui-se em dúvidas. Dúvidas bêbadas, que amam, desnudas.
abraços!
Querido Astronauta,
ResponderExcluirA vida é isso, uma eterna certeza em tatear o sempre duvidoso. Estamos convictos do que achamos ser correto, mas desviamos o tempo inteiro do alvo que definimos como certo. A mulher, a árvore existem, mas cade todos eles? Eu sou eu pois assim me definem e assim eu me defino, mas quem de fato sou eu? O que me definem ou o que eu sou por mim mesmo? Mas o que e ser por mim mesmo? Dúvidas, dúvidas, dúvidas hehehe.
Caro Reuel, esse poema conta passos de interação com o real. As dúvidas que nos saltam aos olhos e formam neurotransmissores para novas conecções cognitivas nos apontam para uma possível certeza, como tabua, por vezes, nos agarramos para nos sentirmos salvos.
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