quarta-feira, 16 de junho de 2010

Homo Angustus

O Uno me emprestou esta visão
E me largou
Na Vívida Avenida em Nova Iorque

E o espírito repleto de talvez
Enviesou
Sem captar a essência é que se morre

Fenômenos à vista do poeta
Que não sou
Certezas: reino do símbolo do Cobre

Pois não sabemos do que não sabemos
Quem de fato somos
Ou será que podemos
Penetrar o onto?

3 comentários:

  1. Josua,

    É engraçado como o humano vive dentro de uma concepção de realidade configurada nitidamente em uma esfera ficticia.

    Se Uno não nos tivesse largado, não faríamos o favor que a natureza tanto nos implora. Ou seja, não provocaríamos a dinâmica da vida, não brincaríamos de cirandinha com as particulas e com as anti-particulas, não construiriamos nossa casa em matéria, não alimentariamos a concretização dela através das energias puras dos nossos sonhos e dos nossos projetos.

    A essência...

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  2. Bem, acho que o sentido que você encontrou foi exatamente a minha intenção na hora da produção. Brigadíssimo!

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  3. Uma linda poesia. O onto como dissestes é empíricamente impossível. A consciência plena de si é um ideal. Vemos recortes rápidos de nossas subjetividades para logo em seguida voltar a dormir. Parabéns.

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