Muitos andam encarando a cultura de forma apocalíptica. Tudo significa fracasso, vazio e falta de sentido. Todo o olhar se converge para a morte do homem, para a morte de deus, da fé, da razão, etc. Para eles, romperam-se todos os laços e todas as tradições. Porém, acredito que mesmo diante da mudança rápida dos valores, existam rituais e costumes que ainda agregam os homens.
Neste texto eu pretendo discutir essa relação dos laços sociais e das tradições em meio a essa cultura atual caracterizada pela rápida circulação de informações, pela pluralidade de valores e pela intensa mudança cultural e social. Para isso, eu resolvi trazer alguns exemplos que percebi na última semana da novela das oito da Globo chamada “Viver a vida” de Manoel Carlos.
Apesar da maior parte da novela se passar no Rio de Janeiro, ou seja, em uma capital marcada por sua complexidade social, além da intensa mobilidade cultural trazida e reformulada a todo instante em seu dia a dia, o que pude perceber é que, ao longo da trama, os seus personagens ainda traziam uma bagagem de costumes muito forte, fruto de um legado de tradições que antecederam as suas complexidades cosmopolitas.
No casamento de Luciana e de Miguel, personagens interpretados por Aline Moraes e Mateus Solano, por exemplo, percebemos uma preservação dos rituais do casamento. Jogar arroz nos noivos depois do casório, a noiva jogar o buquê de flores, o noivo ficar proibido de encontrar a noiva até a hora do casamento, o sonho em ter filhos para perpetuar a espécie animal bípede, etc.
Nota-se que não é por que os personagens vivem em uma realidade complexa como a do Rio de Janeiro, que necessariamente eles não são capazes de articular suas práticas sociais atuais a toda uma tradição deixada pela humanidade. Os indivíduos, mesmo inseridos em um ambiente heterogêneo, não deixam de aplicar em seus cotidianos, valores construídos e acumulados pela história de seus antecedentes.
Podemos questionar: e se esses valores expostos na novela tenham apenas como fim, perpetuar os valores, isto é, evitar grandes mudanças morais? Mas será que a Globo, mesmo tendo esse intuito, construiria uma trama com esses valores se o público não estivesse predisposto a aceitá-los? É bom lembrarmos que a Globo tem que atender o seu público que é consumidor de seus produtos, do contrário, ela vai a falência.
Não é por que a dinâmica cultural e social seja muito maior do que em tempos atrás, que necessariamente não possa haver formas de integração entre os indivíduos. Apesar de haver uma fragmentação de valores, há uma articulação entre eles. Porém, devemos reconhecer que de fato, os princípios que norteavam com maior intensidade os indivíduos andam se declinando como a família, a Nação, dentre outros.
O importante é não termos perspectivas extremistas sobre o mundo e entortarmos nosso olhar. Ou seja, nem acreditarmos que os indivíduos vivem apenas carentes de sentidos, visto que inevitavelmente eles necessitam de códigos; nem acreditarmos apenas que os valores se encontram preservados, pois se assim fosse, a cultura não mudaria e não faríamos história.
O que temos que compreender é que a cultura preserva e modifica. Por atuar entre a conservação e a mudança, ela não é apenas o passado imutável em um formol, como também não é apenas um fluxo desvinculado de todo um sistema de costumes e tradições. Enfim, ela se caracteriza pelos valores que foram deixados pelas gerações anteriores, mas também como um constante requestionamento desses valores.
vina gostaria de colocar apesar de haver declino de naçao pela globalizaçao neoliberal , existe paises em que o nacionalismo esta aumentando no caso de china , irã e ate no proprio EUA ainda existe a velha ideologia conservadora americana principalmente no interior e eles ainda tem força politica ou seja economica $ .
ResponderExcluirAlan
É como eu disse: apesar de haver uma mudança brusca de valores misturados a esse caldeirão global, ainda existem sentimentos de pertencimentos dos indivíduos em relação à cultura, assim como a manutenção de determinadas tradições. Esse pertencimento ocorre tanto a nivel cultural, quanto a nivel econômico-político, assim como você mostrou o exemplo dos nacionalismos.
ResponderExcluirCara, você tocou num ponto fantástico da interpretação dos pós-modernos em relação a cultura, principalmente da ala apocalíptica. A transformações dos valores acontece sempre a cada época, a diferença é o leque de valores dos quais temos contato, porém sem um centramento. O individuo tem mais possibilidades de escolhas do que com o centramento da tradição coisa e tal.E esses valores "antigos", por exemplo, são veiculados e reafirmados através dos meios de comunicação e das consultorias (mestres de cerimônia para formaturas, buffet de casamentos, aniversários) eles aparecem para realizar os rituais que as pessoas esperam que aconteçam naquela situação.
ResponderExcluirNessa pulverização de valores, ideologias e causas somadas a velocidade no tempo das relações sociais passam a realidade de um mundo sem valores, no entanto, esses valores estão vivos se resignificando, chamando a atenção de algum jeito para orientar o sentido das subjetividades.
Como percebo que esse texto vai de encontro de maneira literal ao artigo que deixei na coluna em que escrevo no Jornal Informação, onde falo que vivemos numa época para além da apolitização, sendo esta marcada por uma máscara sofisticada e ao mesmo tempo pedante de se lidar com a política, tentarei esboçar a minha crítica tomando como escopo as considerações levantadas nesse texto que se me apresenta.
ResponderExcluirOra, primeiramente eu gostaria de dizer - para não omitir as minhas considerações - que achei esse texto extremamente burguês. O que, todavia, para a burguesia talvez não represente um pecado, mas, a níveis de análise científica da sociedade, possa causar certo incômodo, tal é a validação do derramamento de bílis das classes secundárias. Falara-se que, se a Globo toma como perspectiva um caminho X para as suas novelas, não é porque ela queira dar enlevo à expressão artística que se pode extrair da dramaturgia, mas porque há uma aceitação por parte das pessoas que assistem a programação Global; ou seja, há a massa brasileira, os ignorantes dos guetos e subúrbios, e uma pequena parcela ociosa de uma burguesia apática.
Quando noutro momento disse que, não diferente do século 2o, parecemos suspensos no tempo, gozando de valores similares aos desse século que ficara, é por perceber que a tecnologia e os veículos de comunicação em massa não cumprem com aquilo que, em tese, deveriam cumprir: passar informação, esclarecer a sociedade. Exemplo de por qual motivo isto não se impetra, fora mostrado no próprio texto sobre a novela, no qual percebemos que o autor diz que, para a fomentação da ação social, não é preciso que nos mantenhamos no formol (algo que, a meu ver, foi interpretado de forma incoerente no meu texto pelo autor deste), mas que também não façamos dos laços que temos com a tradição da qual somos herdeiros um impasse para não agirmos. Este último ponto, a grosso modo, é uma concepção defendida pelo torto, a qual me lembra, de maneira até clara, o modelo conjuntural dos tempos feudais.
Um arranjo social onde a distinção de classes era visível, sendo praticamente impossível a mobilidade dos agentes entre estas. A nobreza demandava todo o poder; seguindo ela vinha o clero; e, por conseguinte, a vassalagem, os plebeus. Como a nobreza demandava todo o poder, evidentemente que as terras, nas quais os vassalos trabalhavam, eram de sua posse. No entanto, os vassalos, assaltados por sua ignorância, tinham a falsa idéia de que, em partes, essas terras eram deles, uma vez que delas tiravam o sustento, tendo, porém, que destinar uma parte - uma boa parte - da produção aos armazéns dos nobres. Em termos mais justos, os coitados eram apenas coitados, submetidos a uma condição vegetativa onde, por circunstância da divisão classista, labutavam para subsistir.
Voltando ao texto: não há certa semelhança entre a condição dos plebeus e a condição do cidadão do século 21? Claro que há. Por um lado temos uma sociedade que desfruta dos avanços tecnológicos, onde se vive pelo capital, se morre pelo produto e se age pela representação (algo que pode ser até associado à representação kantiana). Por outro, porém, temos uma população omissa, que mesmo que veja os problemas que lhe circunscreve não tem ânimo o suficiente para agir em prol dela. Há o desfrute, uma falsa idéia de liberdade e, não obstante, a submissão, o tolhimento da consciência, a conservação dos valores no formol do contrato social hobbesiano. Posto isso, acho muito difícil não traçarmos, como resultados de nossas análises, um panorama cáustico do qual sobressaem caracteres mórbidos, a despeito das considerações levantadas no texto do torto Vina.
abrs,
João Paulo dos Santos
João, tente ser menos cansativo estilisticamente e use menos clichês. Você, que agora é o cara do "lugar comum", (aliás, que milagre não usou o termo, eauhaeuhae) vive temperando suas críticas de termos como "Burguesia" e de autores de que você com certeza se leu muito foram algumas páginas.
ResponderExcluirBurguesia, para o ídolo que dormita de forma latente no seu coração, são os proprietários dos meios de produção, que superexploram os assalariados, que detêm o capital fixo e o constante e blá blá blá... Portanto, pare de insinuar que Vina é burguês, até porque ele é um assalariado que vive se fodendo pra cosneguir o dele de forma honesta e sem explorar o trabalho alheio como seus próprios pais conseguiram, afinal, nem filho de burgueses ele é. Essa sua mentalidade se assemelha à dos imbecis que sequestraram minha mãe (uma assalariada que conseguiu as coisas através de muito sofrimento, pois veio de família humilde) e o meu irmão (que seria, para seu ídolo Marx, lupem-proletariado) quando eles diziam coisas como “revistem o filho! Esse povo rico vive armado!”. Coitados. Ao invés de aterrorizarem a vida de um burguês safado e, aí sim, conseguirem alguma quantia considerável, colocaram em risco pleno a vida de pessoas que não mereciam através desse paradigma falacioso que você mesmo está cultuando. Parece-me uma música de uma banda sergipana de Hip Hop (que você diz que odeia, mas que seu discurso se assemelha bastante nessas horas) que chama de burgueses os que andam de Citroen. Ou seja, para eles, um Citroen é um Porsche, euhaeuhuhaeuh. Este é o perigo do preconceito agressivo que você está cultuando: foder a vida de pessoas que não satisfazem os requisitos dessa classificação irresponsável.
Quanto ao estilo, você vive atacando, dentre outras coisas que não conhece, o Direito. Chama de ciência risível e todo aquele seu blá blá blá. Mas um cara que vive abusando do pretérito mais-que-perfeito para soar poético, se muito consegue é o inverso. Procure ler mais sobre quando aplicar este tempo, para seu texto não passar a ser ainda mais indecifrável (ficara, entornara, deblaterara, daqui a pouco te apelido de “Tabajara” aeuaeuhaeuhaeuhe). E o recurso léxico. Cara, uma coisa é poesia, uma coisa é o Direito (conhecimento que precisa lidar com enunciados sistemáticos, se um dia você souber o que é o Direito entederá o porquê), outra coisa é uma dissertação crítica.
Passagens como: “Exemplo de por qual motivo isto não se impetra”.
Cara, “impetrar” é um dos verbos mais usados nas petições. Aeuhaeuhaeuhaeuh
“idéia de liberdade e, não obstante, a submissão, o tolhimento da consciência, a conservação dos valores no formol do contrato social hobbesiano.”
Depois eu colo alguns votos de ministros do STF ou os discursos dos advogados mais enrolados para você ver como se daria bem na área... Porque não há diferença ALGUMA do seu discurso para o deles.
Quanto à analogia entre idade média e dias atuais, apesar da falta de uma noçãozinha básica de história das mentalidades, é pertinente, mas não traz absolutamente nada de novo.
Enfim, o ponto nevrálgico do que quero lhe sugerir é: tente tachar menos, para ser um cara mais justo, mais responsável e menos contraditório.
Ah, sim! Para não deixar minha crítica leviana ao respaldo histórico da sua análise, vou dar só um exemplo de sua noção meio enviesada da história.
ResponderExcluir"A nobreza demandava todo o poder; seguindo ela vinha o clero; e, por conseguinte, a vassalagem, os plebeus."
Típico de quem vê a história de forma linear e quadrada. Se você tivesse lido Hilário Franco Júnior (conheça, recomendo),por exemplo, saberia que a vassalagem era um laço entre NOBRES, portanto essa sua separação entre nobreza e vassalagem (aliás, você acha que vassalagem é uma classe? Não entendi) é no mínimo aistórica ou confusa. O que pressupõe seu conhecimento no assunto. Enfim, por ora, eu já """dissera""" o que queria dizer....aehaeuheuhaeuhaeuauhe
Vina, esse seu texto merece virar artigo. Pensei em comentar parágrafo por parágrafo, mas todos passaram uma ideia consistente e forte demais de forma independente, teria que colar aqui o texto inteiro.
ResponderExcluirA observação em relação ao fato de que mesmo em meio a uma cidade que submerge em um pluralismo de concepções, haja vista a sua própria disparidade social, ainda há o cultivo de sentidos antigos foi ótima. Pois isto ilustra muito bem o objetivo principal do texto, qual seja: ilustrar que os laços afetivos tanto intersubjetivos quanto de indivíduo para com a sua história, apesar de tudo, ainda existem.
Quanto à pobre crítica de João, quero deixar claro que discordo plenamente, até porque você não tachou o "Público" da globo moralmente ou qualitativamente. Você fez uma constatação sociológica.
Mas, se você dissesse que há "uma grande massa" e bl´blá blá, nãos eria burguês não. Seria realista. BBem como João o é, aliás, tachar os públicos do "cinema americano", da "Globo" e etc, é com ele mesmo.
Abração
eu axo o seguinte que o aumento da pobreza pela globalizaçao , a sociedade do artificialismo consumista faz que aumente o odeio existente entre um cara que tem um citroen e um cara miseravel cheio de musica de hip hop ( alias respeito o estilo musical , so coloquei msm por causa do exemplo que o josue colocou )na cabeça . bom sei la vou colocar qualquer coisa . axo isso muito nocivo ao mundo que e uma merda e ja esta faz tempo mas com globalizaçao esta bem pior recomendo assistir o filme o senhor das armas e fazerem um analise profunda na merda qualitativa em esta o mundo . nos paises subdesenvolvidos ja estava msm antes do fim da globalizaçao , mas ate os proprios paises desenvolvidos estao piores com fim do estado social , um exemplo e o preludio da globalizaçao com o cortes dos direitos trabanhista na dec de 80 da inglaterra com implataçao do neoliberalismo gerando o movimento punk em revolta ao desemprego em massa . entao o fim do estado social causa esta diferença alarmante , que gera um odeio , casos ate de um odeio irracional consumista em uma pessoas de classe media que trabalham pra caraio pra manter um ceto conforto e um carro mas chega um um cara pobre e assalta o cidadao de classe media honesto e trabalhador . vi um caso de um cara entrou pelas cotas na ufs um cara pobre e do interior de Propria , ele logo falou a raiva em ver os pseudos hippie e bone do mst e o nada haver deles fingerem aquilo e fingirem preocupados com os pobres , so de analise coloquei esse exemplo veridico . outro exemplo uma tia minha medica reclama pq empregada rouba ela varias empregas fazem isso com ela mas por falta conhecimento e leitura ela n entende que o ambiente que ela vive ira força as empregas rouba ela em sua maioria . pq ela n tem tempo pra ficar em , essa tia minha e uma otima medica trabalhadora , mas ela e consumista a empregada ao ver isso vai querer consumir um pouco que nem ela , enquanto minha tia trabalha arduamente como medica , a empregada vai ta la fazendo todos serviços domesticos na casa dela , ganhando um minino mas com direitos trabalhistas , enquanto uma prima minha n lava nem a calcinha , oras enquanto minha tia ta ganhando um $ massa pelo trabalho dela , a empregada vai se axar do direito de ter o q minha tia tem , ou seja a empregada vai rouba la .
ResponderExcluirAlan
Josué, diferente dos tempos em que eu era do torto, não me cansarei com esses seus comentários dúbios e "ad hominem". Preste atenção no texto e ao contexto do qual estamos falando e, por conseguinte, fundamente a sua crítica ao que eu disse, para não desperdiçar essa sua efusão.
ResponderExcluirQuanto as leituras, deixo tudo à mercê de suas conjecturas sobre se leio ou não. Garanto que para articular a língua portuguesa o mínimo que se precisa são algumas horas dedicadas aos livros. No que concerne ao pretérito mais-que-perfeito, acho que o uso de maneira coerente, pois, se assim não fosse, vários professores da UFS, inclusive os de língua portuguesa, que talvez tenham um conhecimento superior ao seu na questão, já haveriam me chamado a atenção para isso, uma vez que, mesmo neste ano, já entreguei uma boa leva de artigos.
Outra coisa, eu não sou marxista. Se você julga a análise do Vina como sociológica, ou seja, isenta de parcialidade por descrever o fenômeno tal como ele acontece, eu também acho os pontos levantados por mim como imparciais, muito embora perceba que nem ele nem eu, no território das considerações, agimos de maneira imparcial. Como o Bourdieu diz num documentário sobre ele que assisti hoje, a partir do momento em que se escolhe um tema e se estabelece autores x e y para se trabalhar a respeito dele, já aí não há imparcialidade. Portando, a meu ver, o que há é opinião crítica, mesmo que supérflua, como você julgou a minha.
Outra coisa, Josué: há algo que é muito recorrente na sua pessoa. Procure atacar as idéias dos que você importuna com suas críticas sobre o estilo. Uma crase ou uma vírgula não podem ofuscar o que o outro diz. Como fala o Ferreira Gullar sobre a crase: ela está aí, mas não é para matar ninguém.
E eu não usei o termo vassalo de maneira errada, você é que está se equivocando ao querer apontar um autor como parâmetro para se olhar a história. Nem mesmo em gramática isso existe: mesmo sendo uma norma, há distinções sobre vários quesitos de autor para autor. Vassalos, segundo o autor de um livro sobre literatura portuguesa que li para fazer um trabalho sobre o trovadorismo, eram aqueles que dependiam dos senhores feudais, as pessoas que estavam subjugadas a eles em virtude de ocuparem e tirarem sustento de suas terras.
No mais, é só isso. Intimidei-me com a sua 'pusilanimidade' e risadas de deboche.
Rapaz esse povo é inteligente demais hehehe Eu nem vou falar nada. Só queria entender uma coisa, qual seria a relação entre mídia publica e privada? A diversidade de informações (midia privada) geraria uma maior diversidade de informações e por sua vez um conhecimento maior dos fatos? Terceiro, como a TV influi no tocante a gerar nesse mundo digamos assim mais hermetico que antigamente, discursos mais homogeinizados permitindo uma sensação de normalidade discursiva entre as pessoas? Ou seja, se eu falo de quem beijou fulana de tal na novela em um lugar publico até quem não me conhece iria falar comigo. É nóis galera! Vamo neussa aí djows hehehehehe
ResponderExcluir“Josué, diferente dos tempos em que eu era do torto, não me cansarei com esses seus comentários dúbios e "ad hominem". Preste atenção no texto e ao contexto do qual estamos falando e, por conseguinte, fundamente a sua crítica ao que eu disse, para não desperdiçar essa sua efusão. “
ResponderExcluirO mesmo blá blá blá da retórica. Vamos fazer o seguinte: proponho o mesmo a você, comece.
“Quanto as leituras, deixo tudo à mercê de suas conjecturas sobre se leio ou não. Garanto que para articular a língua portuguesa o mínimo que se precisa são algumas horas dedicadas aos livros. No que concerne ao pretérito mais-que-perfeito, acho que o uso de maneira coerente, pois, se assim não fosse, vários professores da UFS, inclusive os de língua portuguesa, que talvez tenham um conhecimento superior ao seu na questão, já haveriam me chamado a atenção para isso, uma vez que, mesmo neste ano, já entreguei uma boa leva de artigos. “
HUMMMM! Entendi! O uso do pretérito mais-que-perfeito de forma inadequada está respaldado por autoridades no seu caso, né? Daí se justifica abusar dele, já que é um tempo verbal deveras utilizado pelos totens do estilo. Desça do salto, meu caro. Eu não tenho nada contra a escrita erudita, só quero deixar claro que a mim você não convence, pois isto é um recurso desonesto da sua parte. Já que você ama as autoridades, abra qualquer Brechara de vez em quando... E outra, eu não disse que você não lê, o que afirmei é que você enxerta muitas vezes autores dos quais ouviu falar em sala de aula para mitigar prováveis ataques críticos aos seus escritos falaciosos.
“Outra coisa, eu não sou marxista. Se você julga a análise do Vina como sociológica, ou seja, isenta de parcialidade por descrever o fenômeno tal como ele acontece, eu também acho os pontos levantados por mim como imparciais, muito embora perceba que nem ele nem eu, no território das considerações, agimos de maneira imparcial. Como o Bourdieu diz num documentário sobre ele que assisti hoje, a partir do momento em que se escolhe um tema e se estabelece autores x e y para se trabalhar a respeito dele, já aí não há imparcialidade. Portando, a meu ver, o que há é opinião crítica, mesmo que supérflua, como você julgou a minha.”
Se não é, abandone esse joguete de pensar o mundo nessa perspectiva opressor X oprimido. E não venha come sse blá blá blá de colocar o grande Bourdieu no meio, pois ele se referiu à base epistemológica do cientista e não a uma “tachação classista” como você acusou Vina de ter feito.
Segundo Paul Claval a TV não educa ninguem, afinal os How Knows culturais não são apreendidos de forma alguma apenas com o audivisual, sem ler, ouvir, ver gestos E imitalos, entre outras coisas que estão no universo educativo que é multidimensional. Não se formaria um individuo apenas por um tela >>>>>> NÃO SOMOS RATINHOS DE LABORATORIO. Agora a questão da opnião publica é outra coisa, o q vem colocado na mídia como fato influencia diretamente na vida social de todos. O Brasil não um páis leitor isso é um fato...
ResponderExcluir1 real de big big pra vcs.
“Outra coisa, Josué: há algo que é muito recorrente na sua pessoa. Procure atacar as idéias dos que você importuna com suas críticas sobre o estilo. Uma crase ou uma vírgula não podem ofuscar o que o outro diz. Como fala o Ferreira Gullar sobre a crase: ela está aí, mas não é para matar ninguém. “
ResponderExcluirSuas ideias foram muito bem atacadas, pare com esse recorrência de acusar os outros de serem sofistas, quando você mesmo dá um exemplo do tal “ad hominem”. Aeuhaeuheaue.
“E eu não usei o termo vassalo de maneira errada, você é que está se equivocando ao querer apontar um autor como parâmetro para se olhar a história. Nem mesmo em gramática isso existe: mesmo sendo uma norma, há distinções sobre vários quesitos de autor para autor. Vassalos, segundo o autor de um livro sobre literatura portuguesa que li para fazer um trabalho sobre o trovadorismo, eram aqueles que dependiam dos senhores feudais, as pessoas que estavam subjugadas a eles em virtude de ocuparem e tirarem sustento de suas terras.”
A parte mais triste. “O autor que usei como parâmetro” é a base mínima para quem se propõe a estudar a sério a Idade Média. Só o hoguei para ver se confirmava o que supunha, e confirmei: você fez uma analogia a uma época sobre a qual tem um senso comum.
E o mais engraçado de tudo: confirmou que sua divisão entre nobreza e vassalagem (NÃO DISFARCE! VOCÊ ESCREVEU VASSALAGEM E NÃO VASSALO) foi equivocada até mesmo com base no seu autor, rs. O vassalo poderia ser até um nobre, meu caro. Era uma relação em que havia um subordinado, mas que este, ainda assim, não precisava se juntar à “escória da gleba”. Deixe de insistir em algo que não domina. Isto é só um exemplo do seu pedantismo.
No mais, ainda estou esperando as refutações às críticas que lhe fiz acima, quais sejam, tachação preconceituosa e socialmente comprometedora, uso do estilo em detrimento da solidez do argumento e infelicidade aistórica.
“No mais, é só isso. Intimidei-me com a sua 'pusilanimidade' e risadas de deboche.”
Você se intimida muito fácil, meu caro. Eu, mesmo diante do seu preconceito e autoritarismo, estou aqui, pronto para o debate.
*Bechara
ResponderExcluirAlguem me responde?
ResponderExcluirEm tempo:
ResponderExcluirVassalagem: laço contratual que unia dois homens livres, o senhor (dominus, recebedor de fidelidade e serviços nobres, isto é, não produtivos, não SERVIS) e o vassalo (vassalus, termo derivado do céltico gwas, "homem", aquele que recebe sustento de outro). Nos séculos VIII-IX prevalecia o vínculo pessoal: alguém recebia uma terra porque era vassalo. A partir do século XI prevaleceu o elemento real: alguém se fazia vassalo para RECEBER UM FEUDO. (Hilário Franco Júnior, A Idade Média: O nascimento do Ocidente, página 186).
Você já viu um mero servo RECEBER UM FEUDO, meu caro? Enfim, nem preciso comentar, delicie-se. Acho que a partir disto pdoemos deixar os comentários sérios sobre o texto se desenrolarem, né?
Abraço!
Copiando a primeira parte da tréplica para não passar despercebida...
ResponderExcluir“Josué, diferente dos tempos em que eu era do torto, não me cansarei com esses seus comentários dúbios e "ad hominem". Preste atenção no texto e ao contexto do qual estamos falando e, por conseguinte, fundamente a sua crítica ao que eu disse, para não desperdiçar essa sua efusão. “
O mesmo blá blá blá da retórica. Vamos fazer o seguinte: proponho o mesmo a você, comece.
“Quanto as leituras, deixo tudo à mercê de suas conjecturas sobre se leio ou não. Garanto que para articular a língua portuguesa o mínimo que se precisa são algumas horas dedicadas aos livros. No que concerne ao pretérito mais-que-perfeito, acho que o uso de maneira coerente, pois, se assim não fosse, vários professores da UFS, inclusive os de língua portuguesa, que talvez tenham um conhecimento superior ao seu na questão, já haveriam me chamado a atenção para isso, uma vez que, mesmo neste ano, já entreguei uma boa leva de artigos. “
HUMMMM! Entendi! O uso do pretérito mais-que-perfeito de forma inadequada está respaldado por autoridades no seu caso, né? Daí se justifica abusar dele, já que é um tempo verbal deveras utilizado pelos totens do estilo. Desça do salto, meu caro. Eu não tenho nada contra a escrita erudita, só quero deixar claro que a mim você não convence, pois isto é um recurso desonesto da sua parte. Já que você ama as autoridades, abra qualquer Brechara de vez em quando... E outra, eu não disse que você não lê, o que afirmei é que você enxerta muitas vezes autores dos quais ouviu falar em sala de aula para mitigar prováveis ataques críticos aos seus escritos falaciosos.
“Outra coisa, eu não sou marxista. Se você julga a análise do Vina como sociológica, ou seja, isenta de parcialidade por descrever o fenômeno tal como ele acontece, eu também acho os pontos levantados por mim como imparciais, muito embora perceba que nem ele nem eu, no território das considerações, agimos de maneira imparcial. Como o Bourdieu diz num documentário sobre ele que assisti hoje, a partir do momento em que se escolhe um tema e se estabelece autores x e y para se trabalhar a respeito dele, já aí não há imparcialidade. Portando, a meu ver, o que há é opinião crítica, mesmo que supérflua, como você julgou a minha.”
Se não é, abandone esse joguete de pensar o mundo nessa perspectiva opressor X oprimido. E não venha come sse blá blá blá de colocar o grande Bourdieu no meio, pois ele se referiu à base epistemológica do cientista e não a uma “tachação classista” como você acusou Vina de ter feito.
Pois é, e talvez poderiamos encarar a globo dentro da categoria astistica do entretenimento seilá, mas o que se fala é simplismo puro, é como eu falei no meu ultimo comentario, não somos ratinhos de laboratorio cara, isso é idiotice, a sociedade ela é organica ela é normativa, ou seja, ela responde ao ambiente, por isso que colocar um individuo como um mero receptor é a mais bela idiotice.
ResponderExcluirPara mim o problema está aqui olhem: "Agora a questão da opnião publica é outra coisa, o q vem colocado na mídia como fato influencia diretamente na vida social de todos. O Brasil não um páis leitor isso é um fato... " (parte do ultimo comentario)
ResponderExcluirJosué, faz assim: leia o meu artigo na coluna do portal Informação. Veja o comentário do Vina, onde eu percebo que ele interpretou o meu texto de maneira equivocada. Depois leia, logo no início do texto, a proposição do Vina onde ele, de maneira coerente, diz "Para eles, isso, isso e isso" e depois "Para mim, isso, isso e isso".
ResponderExcluirPor mais que a visão dele possa parecer coerente, e dentro do âmbito do seu pensamento talvez o seja, isso por si só já não indica imparcialidade, uma vez que o próprio autor defende, indiretamente, que a posição tomada diz respeito a sua própria visão sobre as novelas, havendo outros que tem uma óptica diferente.
As discordâncias, em ciência, é normal. Agora, querer passar incólume depois de ter trazido à tona um texto, o qual fica suscetível aos olhos do público, e dispensar a crítica alheia, é sim uma grande incoerência.
Eu não me aprofundei, no meu post, sobre a relação opressor e oprimido, e você já foi pondo palavras na minha boca. Embora eu concorde com você que essa visão é um tanto limitada, podendo ser alvo de críticas várias, acredito que, no que diz respeito a números, ela existe. Veja bem, quantidade não é qualidade. Um ganhador da mega-sena, que viveu durante toda a sua vida no subúrbio, mesmo com todo o seu dinheiro de agora, talvez nunca se adeque ao padrão burguês de ser. De toda forma, embora o seu dinheiro, os problemas pessoais que ele carrega podem ser de uma intensidade similar aos do cidadão que passa fome. Porém, vale dizer que é muito melhor ter problemas pessoais dormindo sob lençóis quentes e fazendo viagens à Europa do que ter problemas pessoais dormindo sob pontes frias e não tendo o de comer. Nesse ponto, acredito, talvez você concorde comigo.
Quanto à gramática e aos vassalos, a questão, da minha parte, ficou encerrada no meu último post.
Acho que voce falou a respeito de eu não ler, porque citei o Kant. Mas, veja, do Kant eu só li aquele pequeno tratado "À paz perpétua", no qual não se encontra abordagens sobre a sua linha mais abstrata. Porém, por sorte minha, fui ver uma aula do Romero e ele estava falando justamente sobre os conceitos-chave do Kant, dentro os quais se inclui a sua idéia de representação que serve de refute à idéia de Deus. Pois bem, será que o professor, tendo nos comentado refinadamente tais conceitos, não teria nos gabaritado a falar um pouquinho sobre o assunto? Ou você só fala sobre aquilo que já leu?
Só mais uma coisa: a gramática do Bechara é muito boa; o Pagotti está trabalhando com ela. Mas não chegamos nos tempos verbais.
Uma dedução: o Manoel Carlos já fez tantas novelas que eu acho que nem mesmo ele tem mais saco pra ver a mesma coisa: as belezas do Rio, a parcela mínima da população que vive naqueles palácios, o mocinho que fica com a mocinha, o vilão que se ferra no final, ou o vilão que se torna bonzinho. Mas eles às vezes inovam. Dia desse, por infelicidade minha, vi um trecho dessa novela. Achei engraçado esse texto, pois a moça da cadeira de rodas e mais algumas damas falavam sobre poesia. Teve uma até que citou o Drummond. Pra você vê: a Globo não tem só o seu lado que fora pintado pelo Orson Wells no Cidadão Kane (antes que você diga que eu não vi o filme, tenho ele aqui, posso emprestar), Globo também é sinônimo de cultura e educação. À parte 99% de sua programação, há 1% que transmite algo.
ResponderExcluirPodem começar: se o brasileiro quisesse cultura, ele assistiria ao canal 2, à TV cultura. Não, acho que vocês, tão inteligentes e cheios de idéias, não me tecerão esse tipo de crítica.
trecho*
ResponderExcluirEstou com o Reuel. Faço das palavras dele as minhas.
ResponderExcluirTudo bem, João. Assim dá para dialogar. Não com vc tachando as pessoas em detrimento das ideias e, o que é pior, querendo afirmar posteriormente que a vítima disto é você.
ResponderExcluir"Quanto à gramática e aos vassalos, a questão, da minha parte, ficou encerrada no meu último post."
Uma pena, esperava refutações científicas, como a que fiz. Mas quem sabe você não mude de ideia?
Abraço!
Sim! E eu já havia lido seu artigo e o comentário bem pertinente de Vina.
ResponderExcluirJoão
ResponderExcluirSabe qual é o seu problema? É que pra você, tudo que é verdade se limita apenas aquilo que se fale mal da burguesia. Como disse Josué, se eu falasse de massa, você talvez aceitasse a minha opinião kkkkkkkkkk.
Acorde pro tempo menino!!! Você se encontra em pleno século XXI! Sua concepção de ciência ainda se encontra láaáaáá no século XIX. Atualize-se, veja que existe um computador em sua frente e outros paradigmas!!! O cara parou lá no marxismo rústico!!! por favor!!!!
E outra coisa: quem disse que o objetivo de meu artigo foi avaliar a postura politica da Globo? Recomendo uma coisa pra você: leia com mais cuidado os textos antes de ficar cuspindo criticas apenas para se auto afirmar com seus discursos ditos tão diferentes mas que não passam de discursos iguais a de qualquer aborrecente.
O que eu me referi a Globo foi mostrando que, mesmo que a Globo quisesse preservar padrões morais na sociedade, ela não insistiria em trazer valores tradicionais a sua trama se ela não tivesse a predisposição desse público em aceitar esses valores. Ai vem você com: ai, ele apoia a Globo! Ai, ele apoia a burguesia! Ai, ele deixa de ver a riqueza exacerbada de Manoel Carlos... blá blá blá, pra mim essa raiva toda é frustração de pobre, já que a minha postura diz respeito ao fato de eu ser burguês kkkkkkkkk. Burguês é foda viu!
ResponderExcluirEm nenhum momento andei dizendo que a Globo é santa, porém, para não perder consumidores, ela age de acordo com a capacidade que esses telespectadores têm em aceitar determinados valores, do contrário, ela quebraria, até por que os valores que ela passaria, não seriam condizentes as expectativas do seu público consumidor.
Repetindo, se é que isso adianta alguma coisa pra você: se eu quisesse falar de industria cultural e consumo televisivo, poderia até entrar nessa sua crítica, porém, eu quis mostrar a necessidade que uma cultura, mesmo a cultura complexa, tem de preservar alguns de seus valores mesmo sendo plural, dinâmica e complexa. Pra fechar: não ache que verdade é apenas aquilo que parte em defesa dos pobres que nem você não. Todos vivem dentro de uma cultura, co-existem, frequentam ao mesmo tempo lugares diferentes, e fazem parte de uma história.
Muito bem colocado meu caro torto,
ResponderExcluirO que temos é uma resignificação dos costumes, e não podemos esquecer do postulado junguiano da psiquificação de nossos instintos, fenômeno muito ligado à nossa relação com a cultura e ao ambiente de vida. Muito bom texto.
1° Do comentário de Vina no meu texto: voces julgam que eu estou precisando ler com maior cuidado, todavia devemos rever os nossos conceitos. No meu texto eu faço um paralelo entre século 20 e 21 e não afirmo que um foi melhor do que o outro, mas que este último, o 21, apesar de se prover de mais recursos que o primeiro, encontra-se, em relação ao 20, suspenso no tempo, uma vez que as pessoas, mesmo tendo acesso facilitado à cultura, mostram-se tão dispersas quanto antes, o que não deixa de ser uma conseqüência dessa mesma tecnologia que cria toda uma superestrutura. Em nenhum momento afirmei, como Vina diz no seu comentário, que no século 20 as pessoas eram melhores. Enfim.
ResponderExcluir2° Josué, qual base científica voce utilizou? Falou que eu estava errado quando usei o mais-que-perfeito, depois me mandou ler a gramática e tentou validar a sua posição sobre o feudalismo citando um autor? Olha, não é por nada, mas acho que voce pode encontrar diversos volumes de livros onde se pode ver, como definição aos termos tratados, o que eu disse.
3°O autor, a partir do sexto capítulo, assume uma postura pessoal, uma vez que adentra no campo conjectural e começa a traçar um perfil do que se acontece hoje em termos de cultura. Além do laconismo que percebemos nesses parágrafos, com citações que, a me ver, são até obscuras, uma vez que deixam no ar o que se quis dizer, simplesmente não dá pra se apreender o que se diz. Ex: "Ou seja, nem acreditarmos que os indivíduos vivem apenas carentes de sentidos, visto que inevitavelmente eles necessitam de códigos" "Não é por que a dinâmica cultural e social seja muito maior do que em tempos atrás, que necessariamente não possa haver formas de integração entre os indivíduos." etc etc.
"Tudo bem, João. Assim dá para dialogar. Não com vc tachando as pessoas em detrimento das ideias e, o que é pior, querendo afirmar posteriormente que a vítima disto é você."
ResponderExcluirMesmo que Vina fosse milionário, eu não o chamei de burguês. E se chamei, Josué, mostre-me a parte onde digo isso. O mesmo para o fato de eu querer me fazer de vítima. Aponte as partes onde tento isso. Disse sim que o texto dele diz respeito a uma postura burguesa de se analisar os fatos, o que é diferente, já que ele disse que a minha forma de análise é própria de frustração de pobre e, voce, de marxista - ou seja, são coisas que, em certo sentido, se equiparam.
Mais uma coisa: o rapaz vem falar da minha forma de escrever, mas tanto ele como o outro ficam utilizando essas risadas "kkk", que podemos encarar como um artifício estético para se desdenhar a posição tomada pelo outro. Olha, sinceramente, eu acho que esse tipo de coisa não cola. Fica a dica.
Nem li completamente o texto, mas pelo título ele expressa um poucoalgo que venho trabalhando em meus texto sobre o direito penal.
ResponderExcluirTodas as sociedades contam com padrões culturais. Com alguns habitus (cito aqui Bourdieu para saudar meu colega João) que pressionam condutas subjetivas e individuais. Antes tais valores eram mais sólidos porque pressionavam através de sanções ligadas à aparatos institucionais. Como tais mecanismos demandavam vários quesitos, não mudavam com facilidade. Hoje tais valores se desgarram das instituições, são fabricados e operados pela mídia. A mídia cria e recria com maior facilidade os parametros da conduta individual, por isso os valores são mais escorregadios. Diferente da estruturas das instituições, o valores da mídia não trabalham na lógica da repressão, eles são depositados como critério para imitação, signos de felicidade. A novela de Manoel Carlos traz em si valores a serem imitados como signos de felicidade pelos consumidores. Não são valores culturais do modo antigo, são signos de felicidade depositados na sociedade de consumo para encantar os pobres de espírito ávidos por uma felicidade osquestrada. Criam rastro de um mundo encantado no futuro. Não é passado que oprime o presente para o texto de certa forma leva a crer! A confusão entre a lógica dos valores antigos e os atuais podem ser sinais de miopia em uma análise da cultural. (como disse não li o texto por completo e não entrarei no mérito da questão levantada) Espero ter contribuído com a discussão! Sugiro a leitura dos livros de Baudrillard: Simulacro e simulações, Troca simbólica e a morte, A sociedade de Consumo! (pra mim o melhor escritor da atualidade sobre a temática)
Sim, desculpem os erros, estou aqui no trabalho! (não li o texto por causa disso)
ResponderExcluirabs
A própria mídia coloca em crise as instituições. Tais valores das insituições impediam a fruição livre de criação de desejos. Eles localizavam e classificavam as condutas de forma muito rígida, isso impedia a mutabilidade típica de uma sociedade de consumo. Depois da guerra a economia mudou de um enfoque da produção para um enfoque do consumo. Nesse enfoque a cultura é interligada a economia e produz insatisfação constante. A economia vive dos signos de felicidade da mídia. Quem tem o poder aprendeu com Nietszche e Shopenhauer que o desejo não possui objeto, caminho, estrutura, finalidade absoluta, que ele somente é voltado para um nada infinito, sempre insatisfeito. Então melhor não reprimí-lo mas criar metas sempre mutáveis e utilizá-las para ganhar muito dinheiro. Portanto, a meta a ser alcançada é sempre colocada no futuro, chama-se isso administração das insatisfações pelo poder. A maioria das pessoas não vivem como a classe média da novela, mas as pessoas da novela são o signo de felicidade vendido na televisão. No texto de Vina, e isso seria uma discussão bastante salutar, faltou mostrar como os valores são engendrados, como funcionam, se realmente são reais ou simulacros de felicidade, etc ....
ResponderExcluirResumindo um pouco as questões trazidas acima:
ResponderExcluirA sociedade inclusiva:
(comparem com o welfare state, com o liberalismo clássico, com o facismo, nazismo e com o burocratismo soviético)
é no sentido visado da intregação dos agentes ao sistema através das noções de identidade, papeis sociais, sociabilidade, subjetivação que na sociedade disciplinar era procedida através de micro-estratégias de poder as quais incidiam em nosso cotidiano, desde de nossos laços mais familiares até a centralidade do trabalho.
Postulava-se assim um aspecto repressivo e também o produtivo, ou seja, o poder não apenas inibia mais produzia sujeitos sempre ligados a estruturas e saberes que objetivavam o ser humano.
A sociedade excludente (comparem com o neoliberalismo mais avançado dos países desenvolvidos, e com algumas tendências já vislumbradas em nossa sociedade)
O poder se desgarra de suas limitações espacio-temporais, se interessa muito mais pela subjetividade, a mobilização íntima dos individuos (o desejo), pois apesar de a sociedade disciplinar se interessar por ela, gostava mais de moldar os corpos e as atitudes exteriorizadas.
Por isso a indigitada sociedade de controle se torna fluxo com modulações mais complexas e novas mediações, e o pior, ela se livra também das preocupações com integração das ovelhas desgarradas, dando segurança, garantia e certeza aos agentes sociais.
Agora os prórpios indivíduos possuem a faculdade de encontrar por si as senhas de entradas e de saídas e padecer com suas escolhas erradas.
Quando alguém é identificado como escória no novo sistema, geralmente conceituado em sua relação com o cosumismo, ele mesmo acha que é por sua prórpia culpa. Ele mesmo tem que procurar por si as novas senhas de acesso ao sistema de imagens e aparências postas como a mais verídica realidade na sociedade do consumo e do espetáculo através dos aparatos da mídia. A novela funciona dentro desse mecanismod e poder!
Desculpem os erros, estou no trabalho e escrevi nas pressas!
recomendo vcs assisterem o documentario zeitgeist(uma parte fala sobre a sociedade do espetaculo) . vou ver se leio uns 2 livros que trara sobre o pos modernismo e um de bourdiue . mas primeiro irei ler contos da meia noite de edgar alan poe nem que seja algumas partes dessa obra dele ou entao um que fala sobre guine bissau (aqueles pocket tao ligado )
ResponderExcluirAlan
Anderson,
ResponderExcluirNão entendi se você de fato leu o texto, pois primeiramente você diz não ter lido por estar no trabalho, mas depois tece comentários a respeito dele como: "No texto de Vina, e isso seria uma discussão bastante salutar, faltou mostrar como os valores são engendrados, como funcionam, se realmente são reais ou simulacros de felicidade, etc ...."
Bom, volto a dizer o que eu já disse em comentários anteriores: eu não quis discutir se o consumo desenha uma felicidade real ou em simulacros. O que eu quis mostrar e que, se utilizando de simulacros ou não, o fato é que a gente só se atrai para um determinado objeto, quando esse objeto convém aos nossos valores, ou pelo menos se aproxima.
A Globo, com toda a crítica que de fato ela merece receber, ela só se sustenta pq ela em suas tramas, traz uma predisposição de valores carregados pela sociedade. Veja bem: por que é nas novelas da Globo geralmente não se mostra uma relação entre duas mulheres homossexuais? Infelizmente os valores do público ainda não se encontram disponíveis para receber tal realidade. Podem dizer: mas a Globo não mostra a realidade cruel dos sentimentos humanos. Não? E os casos de adultério entre os personagens? O que acontece é que a Globo, emissora interessada em faze a média do público e da classe empresarial, adiciona em suas tramas aquilo que não desagrade os valores sociais, ao mesmo tempo nós percebemos que ela vai acompanhando as mudanças dos valores, porém, não assumindo uma postura de rompimento, rupturas
abraços
Reuel,
ResponderExcluirEu não me referi a midia privada e publica, meu foco se deteve ao fato de que mesmo em sociedades mais plurais, os valores tradicionais ainda existem, diferente do que pensam alguns niilistas de que vivemos o fim da historia.
No entanto, vou te dizer uma coisa a respeito de sua pergunta: o excesso informacional das midias privadas refletem uma abordagem muito superflua sobre os fatos. Porem, mesmo sabendo das más intenções das midias privadas, ainda insisto que elas não se sustentariam se elas não agissem de acordo com as expectativas de seu público. Não é por acaso que encontramos pesquisas de opinião com o público sobre os programas apresentados por essas midias.
A TV não educa ninguem. Qual o conceito que você está se utilizando para definir educação? A do discurso do intelectual, isto é, a letrada? Obviamente que a midia privada insiste em um entretenimento exacerbado, mas mesmo diante desse entretenimento, a partir do momento em que um público que assiste novela X passa a debater sobre o caráter dos personagens, o que eles aceitam ou não, isso já traz uma forma de participação, um exercicio em opinar, e isso também inclui um ato educativo. O que me deixa triste com a midia privada é que ela insiste muuuuuito no entretenimento e pronto.
Porém, é bom lembrarmos que a midia privada quer lucro, e como a nossa cultura não é de se interessar por problemas públicos da sociedade, ela se adapta a esse tipo de perfil cultural. Não estou querendo defender a midia, antes que algum leitor apressado venha com intransigências em relação ao meu discurso, mas acredito que o que faz uma midia se sustentar diz respeito a uma expectativa do público. Por que a tv pública, dita tão melhor que a privada, não tem publico, inclusive dos próprios intelectuais que insistem em uma perspectiva culturalista? A Globo, sem querer defendê-la, adapta-se ao que gera lucros, e não ao que gera essa educação dita por Claval, porém, querendo ou não, apesar de reconhecermos como insuficiente, a mídia privada provoca formas de educação sim.
Alan,
ResponderExcluirConcordo com você. O estimulo exacerbado para o consumo tem gerado esse ódio sem controle entre as várias classes. A midia bombardeia a idéia de um consumo capaz de gerar uma felicidade para todos, quando na verdade nos sabemos que o consumo atinge apenas a uma parcela minima da sociedade. Pessoas como eu e sua tia que trabalham honestamente terminam sendo vitimas disso tudo, pois nem somos a nata da elite, nem somos os subalternos, ou seja, nem temos essa grana toda, apesar de não podermos reclamar da falta delas, mas no entanto, temos o nosso dinheiro suado. O que acontece? O ódio que o estimulo ao consumo tem gerado nas pessoas fazem com que elas tomem posturas desonestas com quem não merece: seja como o sequestro como passou a mãe e o irmão do torto Josué, seja como eu que recebo de pessoas que não têm sequer a capacidade de pelo menos relevar e analisar anteriormente a minha vida, e que me chama de burguês. Enfim, isso e fruto de ódios. É resultado da inveja q uns tem de não poder consumir o que os outros consomem ou tem acesso para consumir.
abraços
João,
ResponderExcluirDidaticamente, por partes.
Quanto às questões científicas você só se ateve à observação gramatical, mas fiz referência àquele impasse histórico que você se enrolou para fantasiar que estava correto, isso tudo por orgulho.
Você usa o pretérito mais-que-perfeito quando está se referindo a algo que occorreu anteriormente a um fato também já passado.
Ex.: João falou que fora o certo em todas as questões já discutidas até então.
Já no seu trecho o que se percebe é uma mescla de tempo presente com pretério mais-que perfeito, exemplo:
“Falara-se que, se a Globo toma como perspectiva um caminho X para as suas novelas, não é porque ela queira dar enlevo à expressão artística que se pode extrair da dramaturgia, mas porque há uma aceitação por parte das pessoas que assistem a programação Global; ou seja, há a massa brasileira, os ignorantes dos guetos e subúrbios, e uma pequena parcela ociosa de uma burguesia apática.”
Mas isto é o de menos, é só pra ilustrar que VOCÊ é quem se utiliza de artifícios estéticos em detrimento de argumentos, ao ponto de forjar um estilo forçosamente erudito – o uso de um tempo verbal não dominado ordinariamente é uma denúncia disto.
Quanto à Idade Média, ainda espero a citação de algum livro em que você me prove que a vassalagem é uma classe (como colocou no primeiro post) ou que não era uma relação entre senhores, como quis refutar. Inventar que “vários livros confirmam o que falo” é triste e pequeno para quem se julga tão intelectual ao ponto de nun admitir erros.
“Mesmo que Vina fosse milionário, eu não o chamei de burguês. E se chamei, Josué, mostre-me a parte onde digo isso. O mesmo para o fato de eu querer me fazer de vítima.”
O fato de você querer se fazer de vítima está justificado acima, te vira!
Onde você chamou Vina de burguês? Não só isso é recorrente em falas suas do cotidiano (o que, aliás, já foi direcionado até a mim), como seria no mínimo querer nos desprestigiar intelectualmente dizer que esta fala não teve esta pretensão: “Ora, primeiramente eu gostaria de dizer - para não omitir as minhas considerações - que achei esse texto extremamente burguês. O que, todavia, para a burguesia talvez não represente um pecado”.
Quer nos chamar de burros? Ainda lhe faltam alguns quilos de feijão com arroz, menino.
Quanto à risada como refúgio estético, não vou me ater muito. Basta dizer que todas as suas ideias que tiveram fundo irracional e maldoso foram refutadas.
Cuidado com o orgulho, menino, pois tanto eu quanto Vina já pedimos desculpas em ocasiões aqui nessa comunidade, coisa que você desde que postou a primeira letra nunca fez.
Passar bem...
*relação entre nobres
ResponderExcluirAnderson,
ResponderExcluir"Não são valores culturais do modo antigo, são signos de felicidade depositados na sociedade de consumo para encantar os pobres de espírito ávidos por uma felicidade osquestrada."
Sim, e mesmo sendo os signos de felicidade servientes para encantar os despossuidos, nós não poderíamos pensar que esses signos so surtem efeito a partir do momento em que há uma predisposição dos valores culturais em aceitar essa trama composta de valores mais antigos?
O que eu quis dizer é que inevitavelmente estamos ainda ligados a valores passados. Tendo intenções mercadológicas, ideológicas ou outras mais, não importa. O que podemos constatar é que por um lado ou por outro, somos levados a aceitar esses valores mais antigos, do contrario, os dispositivos dos signos da felicidade objetivados pela Globo não surtiriam efeitos desejados para a emissora.
Não é passado que oprime o presente para o texto de certa forma leva a crer!
Quem falou em passado oprimindo presente?? Só falei que apesar de vivermos em um mundo complexo e plural de valores, diferente do que pensam os niilistas da linha pos-moderna apocaliptica, os homens ainda encontram laços que os sustentam, e não que vivemos apenas o fim da historia.
João,
ResponderExcluir"Falara-se que, se a Globo toma como perspectiva um caminho X para as suas novelas, não é porque ela queira dar enlevo à expressão artística que se pode extrair da dramaturgia, mas porque há uma aceitação por parte das pessoas que assistem a programação Global"
Veja o que eu falei: "e se esses valores expostos na novela tenham apenas como fim, perpetuar os valores, isto é, evitar grandes mudanças morais? Mas será que a Globo, mesmo tendo esse intuito, construiria uma trama com esses valores se o público não estivesse predisposto a aceitá-los?"
Ou seja, a Globo, mesmo com esse intuito... eu não retiro a possibilidade da Globo dar novos enlevos na trama.
1% de cultura... ??? Só por que você utilizou o exemplo de Drummond? Enfim, apesar de você ser o critico dos modelos burgueses, a sua concepção de cultura é tão prepotente e tão hierarquizante quanto a concepção de qualquer burgues sacana que você tanto condena. Você não respeita as escolhas esteticas dos pobres que você diz tanto defender? O que é que de verdade você quer? Fazer o melhor para os despossuidos, ou fazer uma máscara de defensor dos despossuidos tentanto impor seus padrões arrogantes de cultura?
Pra fechar esse debate, eu tenho que dizer uma coisa: se eu não tivesse postado aquele comentario no jornal urderground que você tá escrevendo, eu poderia ter colocado qualquer coisa em meu texto, até o fato de dizer que Bill Gates deveria ser canonizado que você poderia até tecer criticas, mas viria sem o confronto como você gosta de fazer.
O que acontece João, é que apesar de você discursivamente se dizer aberto as problematizações dos pobres, você é vaidoso e tem um orgulho muito nocivo. Faço das palavras de Josué, as minhas palavras: " eu quanto Vina já pedimos desculpas em ocasiões aqui nessa comunidade, coisa que você desde que postou a primeira letra nunca fez."
É por isso que você caiu fora do Movimento, pois você não suporta críticas. Num guentou, nem guenta. Entrou no movimento pois achava que por sermos autores do site, todos nós apenas dariamos as nossas mãos e nossos colos pra você se aconchegar. Um exemplo disso foi como você escreveu em seu textito chamado "Adeus", ou seja, como vc disse: pensei que era uma casa hehehe.
Vina, se foram por críticas, tenha certeza que passei a salvo das suas. Você está dizendo que eu não as suporto, mas, ora, não estou debatendo o seu texto até agora, sendo alvo de críticas até sobre o pretérito mais-que-perfeito que uso? Já vi erros crassos de português em vários textos dos tortos - pontuação, construção sintática, morfologia, etc -, mas nunca parei para ficar citando-os, pois isso não me convém. O que me parece é que esse mais-que-perfeito está ligado a algo mais-que-pessoal.
ResponderExcluirE quando falo em laconismo nos seus textos, me refiro a esse tipo de análise: "Bom, volto a dizer o que eu já disse em comentários anteriores: eu não quis discutir se o consumo desenha uma felicidade real ou em simulacros. O que eu quis mostrar e que, se utilizando de simulacros ou não, o fato é que a gente só se atrai para um determinado objeto, quando esse objeto convém aos nossos valores, ou pelo menos se aproxima." Uma proposição como essa é limitada, deixa várias coisas suspensas, de tal forma que a idéia que temos é que o autor quer nos condicionar a um determinado tipo de visão, fato em que se percebe parcialidade, já que, quando se fala de um veículo comunicativo e as sensações que este cria nas pessoas, não devemos omitir aquilo que as faz assistir, os motivos pelos quais elas conseguem enxergar alguma coisa nas novelas do Manoel Carlos. Será que é só o desejo de ver o charme de uma burguesia não tão discreta? Denegar as possibilidades, a meu ver, representa saudosismo, militância, vontade de validar uma posição que já nasce refutada, tal um bebê morto que quisesse vida.
Recomendo a você dois filmes muito bons: Cidadão Kane, do Orson Wells, e Muito além do cidadão Kane, que não lembro o nome do autor, mas que é uma releitura da obra do cineasta norte-americano, no qual artistas da estirpe do Chico Buarque acometem contra esse Leviatã brasileiro. Mas não sei, do jeito que você é, talvez dê razão aos que subjugam essa massa que, na concepção dos tortos, parece não existir.
Já ia esquecendo da melhor parte: "Você não respeita as escolhas esteticas dos pobres que você diz tanto defender?" Interessante que se falava hoje, numa palestra que fui lá na UFS, sobre um ostracismo da sociologia brasileira, tendo esta ficado parada em Florestan Fernandes. Embora eu não concorde, pois vejo em Nildo Viana um bom exemplo de sociólogo, devo admitir que, em partes, nessa afirmação parece ter alguma verdade. Não é porque a população irá fazer com que o Serra ganhe nas eleições vindouras que deverei aceitar isso sem criticar. Tomando em nota o que está sendo o modelo econômico neo-liberal, seria estupidez dizer que a população é sensata quanto a política. Talvez a população brasileira, desde sempre uma vítima, não tenha as leituras que voce tem ou que eu tenho ou que qualquer um que poste aqui tem. Talvez a população não saiba da existência desse documentário sobre a rede globo, onde o Brisola fala um pouquinho dessa mídia que garante o seu entretenimento. Talvez a população não saiba nada sobre políticas econômicas e sociais. Talvez a população seja um protótipo facetado do que é a minha mãe, que crê no seu Deus, trabalha duro, assiste a sua novelinha, a sua canção nova e não tem discernimento intelectual nenhum. A coitada vota em Magal da Pastoral desde quando me conheço por gente. Mas, mesmo assim, eu a amo. rs
se foi*
ResponderExcluirSim, jornal underground... Infelizmente, muito infelizmente mesmo, eu não tenho um peixe para me colocar em um de relevo. Mas, se eu tivesse, não minto, agiria tortamente. Porém, se não estou enganado, teve muita gente que começou assim, com as próprias pernas, sem o auxílio de muletas alheias. Não que eu condene isso. Jamais, estaria sendo hipócrita. No entanto, já consegui publicar o meu humilde livro de poesias sem o auxílio de ninguém, só com a ajuda do meu idealismo dos 18 anos, que penso que escrever para um jornal maior seja só uma questão de tempo. Mas sei lá, o trabalho nas fábricas me parece mais atraente do que nos jornais ou na própria academia. O estigma do mundo é o intelectual, sobremaneira boa parte dos jornalistas e boa parte dos professores de nível superior. Se não fosse, não teríamos essa mídia abominável e sensacionalista, e a universidade brasileira não seria esse lodaçal que é.
"Já vi erros crassos de português em vários textos dos tortos - pontuação, construção sintática, morfologia, etc -, mas nunca parei para ficar citando-os, pois isso não me convém. O que me parece é que esse mais-que-perfeito está ligado a algo mais-que-pessoal. "
ResponderExcluirTudo está justificado, meu caro. Eu não condeno erros de português, condeno, isso sim, querer valer-se de uma linguagem não mt acessível ao grande público para querer tamponar a falta de argumento e nem sequer dominar essa linguagem. Quanto ao trocadilho infeliz, se vc não tivesse emanado um juízo dessa natureza, eu sequer teria me pronunciado sobre o seu primeiro comentário medíocre.
Enfim, as sentenças serão infinitas, você sempre será a vítima por aqui. Foi assim que você entrou e e saiu do Movimento Torto. É uma pena que a sua onipotência não tenha caído em casa, pois vai cair na rua, e eu, já previamente, sinto mito por você.
Há mesmo essa necessidade de se atacarem?
ResponderExcluir"Tudo está justificado, meu caro. Eu não condeno erros de português, condeno, isso sim, querer valer-se de uma linguagem não mt acessível ao grande público para querer tamponar a falta de argumento e nem sequer dominar essa linguagem. Quanto ao trocadilho infeliz, se vc não tivesse emanado um juízo dessa natureza, eu sequer teria me pronunciado sobre o seu primeiro comentário medíocre."
ResponderExcluirMas aí entra outra questão, pois, tanto quando se tenta ser culto e não se consegue, quanto quando se tenta se ser crítico de forma paradoxal e num português tacanho e verdadeiramente mal articulado, acaba criando-se um sobrolho, uma confusão, coisa que, aliás, é muito comumente por aqui.
Medíocres os meus comentários? Acho que não, pois, se eles se enquadrassem na categoria na qual você quer encaixá-los, o próprio Vina não me pediria para vir comentar aqui no Torto, não haveria publicado uma análise na revista do Gefelit, etc. Se eu devo reconsiderar o meu orgulho, você deve reconsiderar a sua efusão de burguesinho bufão.
No mais, continuemos a discutir o texto. Acredito que tanto Reuel como Anderson trouxeram pontos importantes para a discussão.
abrs,
João Paulo dos Santos
Agora eu me pergunto. Vina é cheio de paradoxos, mas julgo que consigo entender os seus textos. Embora eu sempre procure trabalhar a linguagem dos meus textos, vocês lêem e também jugam entendê-los - ou fingem que entendem. Então o que eu me questiono é como você consegue entender um Hegel ou um Kant ou um Wittgenstein... - se você já os leu, claro. A linguagem dos caras, e isso é opinião de professores da filosofia também, é obscura, é complexa. E não venha me dizer que não é, ou que o fato de eles seguirem a normal tal como se pede, faz dos textos deles algo fácil de ser apreendido. Aliás, quantos filósofos não chamam os seus adversários de verborrágicos e sem objetividade? Outra coisa: eu não domino mesmo a língua portuguesa, mas entre errar um mais-que-perfeito e cometer os erros crasos de articulação sintática e morfologia, ainda prefiro o da conjugação.
ResponderExcluirJoão Paulos dos Santos
Um adendo:
ResponderExcluirVolto atrás: paro a discussão por aqui. Comentar nesse site é perder tempo. Afinal, o que é o Torto? Como alguém já falou num outro momento, só assistimos aqui a filmes repetidos.
au revoir
Até que enfim declarou o desespero...
ResponderExcluir“Medíocres os meus comentários? Acho que não, pois, se eles se enquadrassem na categoria na qual você quer encaixá-los, o próprio Vina não me pediria para vir comentar aqui no Torto, não haveria publicado uma análise na revista do Gefelit, etc. Se eu devo reconsiderar o meu orgulho, você deve reconsiderar a sua efusão de burguesinho bufão.”
Primeiro – Apesar dessa verborragia de pessoa insegura “xe meux comentáriox não fossem bonx não sei quem num me xamava, viu? Rum!”, eu não disse que você vive a fazer comentários ridículos. Eu me referi ao seu primeiro comentário que gerou toda essa palhaçada até aqui.
Quanto à segunda parte, eu devo ter pena. Nesta parte, eu ainda guardo um quê cristão. Sinto comiseração demais pela sua frustração.
“Vina é cheio de paradoxos, mas julgo que consigo entender os seus textos. Embora eu sempre procure trabalhar a linguagem dos meus textos, vocês lêem e também jugam entendê-los - ou fingem que entendem. Então o que eu me questiono é como você consegue entender um Hegel ou um Kant ou um Wittgenstein... - se você já os leu, claro. A linguagem dos caras, e isso é opinião de professores da filosofia também, é obscura, é complexa.”
Meu Deus, quanto desespero... João...João... Desça do salto, rapaz... A filosofia trabalha com enunciados precisos e rigorosos. Se você já se coloca à altura do pensamento sistemático de um Kant ou Hegel, vejo que o problema é mais grave do que imaginava...Você está numa estrutura bem mais grave, enfim...
“utra coisa: eu não domino mesmo a língua portuguesa, mas entre errar um mais-que-perfeito e cometer os erros crasos de articulação sintática e morfologia, ainda prefiro o da conjugação. “
ResponderExcluirMesma ladainha. Apesar de infelizmente você não poder direcionar seus erros “”crasos””” de articulação sintática e morfologia aos meus textos (e como minha carência de afeto não é tão grande, eu não preciso me vangloriar por isso), você novamente corrompeu a questão.
Mas eu não vou me cansar de repetir, pois para um guerreiro ébrio, tem-se um cidadão e meio sóbrio. A questão não é errar gramaticalmente, pois TODOS aqui estão sujeitos. A questão foi um ponto, UM ponto que indiquei para ilustrar o quanto você força a barra.
Mas, continue assim. O que é a minha opinião para um autor da sua estirpe? E agora articulista também! E, ainda mais, respaldado por grandes professores da UFS? Você é auto-suficiente, meu caro! De fato paremos de discutir neste sentido.
No mais, já deixa de nos importunar tarde, João. É uma pena que você tenha vindo bater na mesma tecla revanchista tantas vezes. Precisou até mesmo, por plena covardia e insegurança infantil, disfarçar-se de “Doente Imaginário” pra vir vomitar a angústia fermentada por aqui.
É bem mais decepção e pena o que sinto. Espero que encontre um caminho de crescimento.
" burguesinho bufão"
ResponderExcluirEstá aqui a prova. O mesmo pensamento dos que sequestraram meus familiares, como descrevi acima. O que fazer? No seu caso, sentir compaixão é o único caminho viável mesmo...
Resultado Final: Insistiu em tentar sempre se sair como o certo da discussão, assumiu a visão dos “manos” de chamar assalariados de burgueses (Aliás, você deveria ter noção da gravidade dessa sua colocação, mas como você não conheceu limites...), e ainda comparou sua escrita à de Kant, Hegel e Wittgenstein (Aliás, ainda não cheguei a este último, estou passando por Frege ainda, para um dia, quem sabe, chegar a ele. Trabalhei com Frege na última palestra do Torto, mas depois você me dá uma aula sobre o filósofo, já que deve dominá-lo e já que Eduardo Gomes foi embora, hehe...). Eu não sei porque superestimaram tanto esse menino. Felizmente, eu nunca fiz parte desse coro. O resultado é este. Quem não conheceu limites em casa vai conhecer na rua?
ResponderExcluirJoão
ResponderExcluirÉ incrivel como você é uma pessoa frustrada. Não consegue sequer disfarçar. Você se refere ao termo que eu usei chamando seu jornal de underground como algo pejorativo, e eu nem quis me referir a isso. Ai fica dizendo que um dia chegará a um jornal de nome e blá bla blá. Agora eu entendo essa sua militância mal elaborada. Isso é fruto de frustrações com mistos de invejas.
Você está insistindo tanto nessa história de escrever certo ou errado. Pergunto: você não se confia meu filho? Quem tem que reconhecer a imponência de suas elucubrações atemporais é você e não o outro. Aprenda a se auto-realizar. Outra coisa: de fato, em nenhum momento o torto teve preocupações com "perfeitas" escritas. A gente quer gritar. Não me recordo de Josué ter caido em críticas estruturais de sua gramática. Ele se referiu ao mais-que-perfeito como forma de te chamar atenção do quanto o direito que você tanto critica, encontra-se claro em sua produção textual. Pelo menos foi isso que eu entendi.
Quem foi que disse que eu resumi o fato da novela a vontade dos despossuidos quererem apenas o charme dos cenários de Manoel Carlos? Meu filho, você não tem aula de interpretação não é? Meu Deus, vou repetir pela bilionésima vez pra cabeça dura do maldito: eu me referi a valores que trazem questões referentes aos legados do passado como monogamia, casamento e outras coisas. Em nenhum momento do texto eu me referi ao fato de os pobres aceitarem os valores dos ricos. Bom, mas isso só confirma a sua dificuldade em admitir a opinião alheia, apesar de condenar as imposições burguesas KKKKKKKKKK.
O torto é o mesmo filme. kkkkkkkkkkk Va se olhar no espelho menino mal. O que é que você diz de forma diferente de qualquer iniciante pueril? O que é que seu olhar se diferencia de qualquer estudante de nivel elementar?
Não vai mais comentar?? Enfim, você nunca soube admitir seus delizes mesmo né? isso não é nada novo pra ninguém do torto, afinal, quem sempre quer acabar a discussão é você. Sim, você o mesmo carinha mimado e cheios das vontades que diz o que quer e quer acabar quando quer. Você não sabe perder, nem ter humildade em admitir seus erros.
João, não deixe que desafinidades pessoais interfiram na sua interpretação lógica dos textos. Você deixou claro aqui um revanchismo infantil com O Torto. Além disso, mostrou que o conhecimento que vc tanto lutou e luta pra conquistar pode até servir para lhe proporcionar algumas oportunidades, mas que é distorcido e é manipulado pela sua raiva (inveja, frustração, seja lá o que for), se transformando em uma crítica como essa que foi feita ao texto de Vina. Eu prefiro não acreditar que em "condições normais de convivência" você teria esta mesma postura.
ResponderExcluirVocê parafraseia muito os filósofos modernos, mas pelo visto se ateve muito pouco à filosofia medieval. Cadê sua humildade? Cadê a admissão sobre a falta de conhecimento? Cadê a disposição a aprendizagem? Você é tão novo, João, e já tão confrontado. Aonde isso vai parar?
Eu não entendo como você pôde ter sido convidado a ser autor deste movimento, no entanto entendo plenamente porque você saiu dele. Você sabe muito bem articular seus argumentos quando os tem, mas, a partir do momento em que perde o fio da meada, começa logo a entrar em desespero e não tem nem noção de como sair desta situação. Ou seja, você não sabe ser torto. Você não sabre reconhecer seu erro, não sabe voltar atrás, não sabe neutralizar uma discussão, não sabe virar o jogo, inclusive, ao seu favor!