Os seus anseios, mulher, não me comovem
Em nossas brigas, já conheço sua colher
Pois quer um homem do século dezenove
Porém, deseja ser de um século qualquer
Como uma aranha, sempre assim, tão na espreita
Cabeça baixa, preparando a armadilha
As oito patas não perdoam uma só deixa
E olha, fria, a sua presa que agoniza
E aquele útero que é sua prerrogativa
Talvez me seja a derradeira moradia
Você que sempre desamada em histeria
Me sentencia em sua prosa imperativa
Mas não se espante, pois, no fundo, eu a contemplo
Seja Cecília no país desmaravilha
Seja tão cobra quanto Cobra Coralina
Rescenda, qual flor bruta, amor no vento
Olá Josua. Gostei do seu texto sobre o dia da mulher. Em cada estrofe apontou características da mulher sem aqueles discursos pasteurizados e feministas.
ResponderExcluirum belo texto! Sem muitas delongas, perfeito!
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