Inicialmente queria me desculpar por mais uma resenha clichê, porém, espero que essa minha leitura amadora sirva de algum modo. Durante a investigação do “mal-estar na cultura” encontrei alguns pontos importantes sobre a velha questão do homem e seus eternos problemas. Nesse aspecto, o Doutor Freud aponta que a resposta da infelicidade da civilização moderna está dentro da própria cultura através “sentimento de culpa”. Assim, a construção psíquica do homem se encontra dentro do jogo conflituoso de suas pulsões. Pulsão de destruição que seria a pulsão relacionada ao domínio da natureza através da força e destruição x eros, esse remete as pulsões sexuais relacionadas às ligações afetivas. A cultura para o pai da psicanálise seria o distanciamento do ser humano do seu lado primitivo ou selvagem atenuando progressivamente o sentimento de culpa consequente ao progresso.
Não novo, mas seria importante acrescentar que o homem busca maximizar o prazer e minimizar a dor como efeito busca de aproximação da felicidade, porém: “Toda permanência de uma situação anelada pelo princípio do prazer permanece apenas numa sensação tépida de bem-estar, somos feitos de tal modo que apenas podemos gozar intensamente somente o contraste e somente muito pouco o estado.” Pag. 63. A cultura distancia o homem do objeto real de suas pulsões naturais (animais) através dos tabus. Sendo assim, o superego, componente do aparelho psíquico ao qual possui como função transformar essas pulsões ou re significar de modo admissível pelo eu e pelo externo: “Descobriu-se que o ser humano se torna neurótico porque não é capaz de suportar o grau de frustração que a sociedade lhe impõe a serviço dos ideais culturais.” Pag.83. Desviando seus objetivos reais (naturais).
Seria pertinente colocar também o papel da “sublimação”, maneira com a qual canalizamos os impulsos através das atividades psíquicas superiores: Artísticas, científicas e ideológicas características da cultura e imposta por ela. O que a cultura da nossa civilização nos trouxe até o período do Sec. XIX e XX vistos por Freud foi o discurso da introdução do homem ao desenvolvimento das atividades de maior domínio sobre a natureza, a linguagem, as técnicas e a criação instituições políticas e religiosas que nortearam e instruíram o homem na diminuição de homicídios, crimes e os variados tabus criados em cada diferenciação simbólica de seu meio como proposta. Essa obra sofreu um parto no período entre as guerras mundiais (detalhe).
Conseguimos produzir melhor nossos alimentos (apesar de existir bilhões sem eles), para nos trazer conforto diante do domínio da natureza e a “ordem” entre os homens, porém, o desequilíbrio da pulsão de Morte X Eros nos põe na condição de insatisfeitos. Surge também o conceito do parricídio, relacionado à vontade de voltar ao pai (cultura) tudo aquilo que nos foi contra a liberdade pessoal. Ao mesmo tempo, temos o nosso sentimento de culpa atenuado devido à identificação e o afeto construídos.
A cultura nos trouxe a razão, a produção econômica, a lei, porém, existe um mal-estar provocado insistente. Uma insatisfação também conseqüente ao recalque de nossos impulsos. Nesse aspecto, de modo breve a sublimação é insuficiente: As artes, as ciências, a filosofia, o amor, são cursos desviados, porém, são caminhos diversificados dos quais buscamos satisfações dos impulsos improvisando sobre o meio, no entanto, nenhum é seguro.
“Em nenhum desses caminhos podemos alcançar tudo o que queremos. Nesse sentido moderado em que é reconhecida como possível, a felicidade é um problema da economia libidinal do indivíduo. Não há conselho que sirva para todos; cada um deve experimentar por si próprio a maneira pela qual pode se tornar feliz.” Pag. 76
A liberdade individual característica da natureza contrária à cultura seria algo abolido pela mesma, então, as pulsões destinadas ao domínio da própria liberdade são bloqueadas pelo “sentimento de culpa”, o remédio da opressão. Cujo o bloqueio pode provocar agressão. Concluindo, os conflitos indivíduo x sociedade são frutos do inconciliável choque dos impulsos primordiais Eros e morte, assim, admite um equilíbrio, acredita o psicanalista espera que futuramente à cultura ocidental chegue a tal ponto, por mais que atualmente seja duro e distante ao indivíduo a resolver os problemas pessoais e sociais.
Fugindo da psicanálise, da qual me meti de forma amadora e vacilante, muita gente aponta saídas e explicações das conseqüências da nossa sociedade político-econômica, posterior as guerras mundiais. Vemos a sacanagem da qual estamos submersos e sedados pelas impressões de uma cultura do consumo denominada muitas vezes de “Liberdade” e “democracia”, vemos o estado falir e o desemprego aumentar consequente a mundialização do capital. O “sentimento de culpa” atualmente possui outra lógica além do cristianismo do século IXX e metade do XX, ponto importante que hesitei tocar na análise da obra e que ainda está fortemente presente.
No nosso contexto atual, o mal-estar possui inúmeros elementos a acrescentar, mais frouxo e indireto porém efetivo. Agora, com mais fome, mais gente, relações de poder camufladas pela informação neoliberal em todo espaço global imperializado em nome de “paz’ e “da liberdade”. Lutamos contra a infelicidade pessoal a todo instante e não resolvemos. Como lidarmos com a infelicidade geral nas nossas condições atuais ampliadas, fragmentadas e complexas? Apesar de denunciarmos a todo instante e lucrarmos intelectualmente ao perceber o que nos incomoda através da investigação, diminuímos o mal-estar (infelicidade)? Ou ele aumenta?
Voltarei ao assunto.
Nota:
Freud, Sigmund, 1855- 1839.
O mal-estar na cultura/ Sigmund Freud; Tradução de Renato Zwick; revisão técnica e prefácio de Márcio Seligmann - Silva; Ensaio Bibliográfico de Paulo Endo e Edson Sousa. – Porto Alegre. RS: L&PM, 2010.
oi miguel ,eu axo que nessa epoca pos moderna temos que fugir e evitar muito querer se mostrar para outros seres humanos , estou falando neste comentario sobre a questao pessoal , de como cada pessoa tem que agir ( ou seja estou falando de uma forma micro ) , a pessoa tbm deve ter ardua e dificil tarefa de procurar novas formas de comprender as coisas e n se prender a determinadas coisas ,nao ficar aceitando somente tendencia , esteticas ou ate msm doutrinas .
ResponderExcluirassim como flaei em um texto de maira , n podemos ligar muito para o que os outros pensam devemos sim ligar pouco para o que os outros pensam .
alan
"...os conflitos indivíduo x sociedade são frutos do inconciliável choque dos impulsos primordiais Eros e morte, assim, admite um equilíbrio, acredita o psicanalista espera que futuramente à cultura ocidental chegue a tal ponto, por mais que atualmente seja duro e distante ao indivíduo a resolver os problemas pessoais e sociais."
ResponderExcluirCreio que a discussão sobre liberdade é sempre polêmica e sempre será interpretada a partir do contexto histórico socio-cultural das sociedades. Mesmo a liberdade que alguns movimentos como o anarquismo e comunismo em suas faces teóricas promulgaram estão presas ao convívio com outros indivíduos. O fim último da liberdade individual é ilusório, já que as organizações sociais com os seus contatos sociais existem e somente a vida como eremita é que poderia alcançar essa realização de não opressão da cultura e seus tabus, como aponta o texto em questão.
A liberdade é uma elaboração objetiva e subjetiva. Objetiva, quando promulgada pelo Estado, mercado e movimentos populares, pois tutelados por essas entidades ela sempre será uma liberdade vigiada por seus aparelhos de controle, seja pela polícia, o baixo poder aquisitivo ou relações de poder. Por outro lado, subjetiva, pois a busca pela realização individual ganha dois caminhos, o primeiro é aquele que cria um ideal que se torna pouco aplicável a realidade, onde tudo em volta está passível de usurpar a tal liberdade individual; e, segundo, quando o indivíduo se apropria da condição de ser livre posto pelo discurso convencional e o aplica.
alysson .vc falou do anarquismo , mas vejo que vc n entende muito sobre
ResponderExcluiro anarquismo fala a respeito da individualidade de cada individuo, com pratica politica e economica da autogestao, mas para o anarquismo funcionar e muito importante investir na educaçao libertaria , ao contrario do individualismo de cada individuo do capitalismo que e posto em pratica , comunismo emperrou na etapa da ditadura do proletariado torna - se uma burocracia planificada capitalista do bem estar social ,como ocorreu na urss ,coreia do norte ,cuba ,etc
obs : liberalismo e uma merda ta mergulhando esse mundo em que trara consequencias grandes de mudanças n sei se sera boa ou ruim , mas depende muito e coisa de longo prazo
Alan
Creio que você não compreendeu o comentário.
ResponderExcluir"Mesmo a liberdade que alguns movimentos como o anarquismo e comunismo em suas faces teóricas promulgaram estão presas ao convívio com outros indivíduos."
Nessa passagem quero me referir que mesmo diante da proposta do respeito a individualidade de cada indivíduo e da sua educação libertária as diferenças individuais existirão. A proposta de uma sociedade sem classes não aconteceu e a proposta de autogestão enfrenta muitos obstáculos com os movimentos do terceiro setor e da economia Solidária. Não descarto que possa vir a acontecer uma mudança desse quadro, mas a liberdade das individualidades continua no papel e seus exemplos reais mais próximos foram drasticamente deturpados ou enfrentam obstáculos tremendo. Portanto, considero a idéia de liberdade individual ilusória, pois mesmo existindo uma interação social balizada pela autogestão, haverá algo para limitar essa liberdade. O conceito de liberdade se molda ao contexto político e sociocultural.
e uma boa o que vc falou mas flando de uma forma simples vc n axa que mudando a cultura atraves da educaçao a individualidade de cada ser possa ser praticada e respeitada .
ResponderExcluirja k seria uma individualidade de forma geral e grande maioria da sociedade ira volta la para a necessidade de cada um na gestao .
bom anarquismo e algo e um processo gradual de mudança de cultura ,uma cultura unica construida atraves da educaçao , mas tem o lado imprevisivel pq a acao e direta e drastica (pq o estado tem que ser eliminado de vez )para a sua implataça .
alan
miguel,
ResponderExcluirPara mim, "mal estar na civilização" é o texto mais completo de freud, pois ele retira o indivíduo da clínica e insere na civilização, o lugar originário, ao menos, causador de seus sintomas. Como vc demarcou, se estamos na civilização parece ser inviavel a conciliação da nossa liberdade, pois ela expande as fronteiras e fere diretamente o direito do outro. Somos em potencial, um ser antropofágico e destrutivo, queremos constantemente algo que transcede até a nossa vitalidade, a chamada pulsão. o desejo incontrolavel de satisfazer, e sua maxima é o retorno da origem do individuo, a inorganicidade. Desse modo, a pulsão de morte vigora sobre a pulsão de vida. Para q isso não ocorra, precisamos conciliar o tempo todo com a realidade, os preceitos morais e a nossa vontade.
Um questionamento q faço é o q de fato freud via nessa felicidade. Creio q a felicidade é significada a partir dos códigos culturais, ou seja, sempre associamos a feliciadade com quietude, equilibrio, bem-estar e amor ao próximo. e quando falamos de amor, automaticamente retomamemos essa palavra a bondade do próximo. Acredito q freud ressignifica, ou pelo menos, lendo esse texto do mal- estar o q podemos acreditar é no prevalecimento da agressividade. A agressividade e as vontades individuais acima de qualquer questão para melhor satisfazer os desejos. Ser feliz é alimentar os vicíos, dá vazão a dor e o desequilibrio das forças pulsionais. O nosso maior problema é a culpa, pois não podemos ser felizes como queremos, precisamos ser felizes sob a cartilha ortodoxa do cristianismo. Longe, muito distantes das nossas tendencias.
beijo!
hum ... sera que psicologia e cultura nao estao dentro de tendecias pos modernas .
ResponderExcluirobs : eu n axo besteira psicologia , mas vejo que ela esta dentro desta coisa cliche e tendencionista de cada um fazer sua parte , cultura , vou seguir umbanda ou candoble , psicologia e tal e de repente virei sambista rsrs JAH sem saber direito sobrer rastafari sua origens e etc .
obs2: apesar de critica eu tbm sigo algum pouco dessas tendencias
alan
Alan,
ResponderExcluirO cara do texto enxerga que para chegarmos a nossa liberdade individual teríamos que voltar ao nosso lado bicho...
Entendemos que o Anarquismo, assim como um princípio libertário, busca se libertar da opressão da ordem. Na propulsão da revolução industrial até hoje tivemos conquistas de leis trabalhistas devido aos líderes sindicais anarquistas. Nesse período próximo, o socialismo e o comunismo eram referências de esquerda política que de toda forma incomodavam a estrutura liberal da época até a guerra fria no mundo bipolar. Tentaram criar estruturas sociais que tinham como visão superar nossos problemas de hierarquia e classe, com a revolução agressiva "mudaríamos o mundo". O que Freud aponta não é uma justificativa para manter o liberalismo. Mas entender que não existem modelos gerais a paz na terra que vão agradar a todos, por vivermos numa imensa civilização fomos expulsos da liberdade, assim como o liberalismo possui seus problemas, o anarquismo que nunca existiu de forma ampliada, seria também questionável em sua construção na formulação de uma nova "ordem' que atendessem a todos. Até mesmo que elas se estabeleçam devido à natureza do homem bicho querer mandar no mundo isso significa mudar uma "ordem" para outra "ordem". Ninguém está aqui pra defender modelos ideais ao mundo neoliberal e pós-moderno ou fazer "a revolução". Buscamos aqui, entender e questionar as coisas.
Já que vc odeia tanto o pós-modernismo, assim como nós também somos sintomas dessa causa geral e todas as épocas anteriores da história das classes menos favorecidas, siga pelo menos um conselho do Sun-Tzu, "Conheça bem seus inimigos", você diz praticamente que todo discurso diferenciado do seu ideal pessoal é pós-moderno. Devemos estar atentos pra não cair da negação de uma "ordem" a favor de uma outra "ordem", devemos nos questionar se outros serão transigentes a essa ordem...Será Alan? Não surgiria uma outra opressão? Defendo que devem existir vários modelos políticos em debate, porém, não coaduno com o liberalismo e sua perversidade ao qual estamos inclusos, mas também, devemos estar atentos ao discurso "revolucionário" que não atende a perspectiva do mundo em geral, mas da idéia de alguns até determinados pontos. Devemos entender a pluralidade das coisas. Concordo com o Freud:
"[...] não há conselho que sirva para todos;..."
Porém, devemos questionar as coisas por cada vez e por processos em cada contexto. talvez um dia chegaremos a algum lugar...
Isso é um infinito a se conversar
Abraço
Alisson.
ResponderExcluirConcordo com sua posição
"...a liberdade das individualidades continua no papel e seus exemplos reais mais próximos foram drasticamente deturpados ou enfrentam obstáculos tremendo. Portanto, considero a idéia de liberdade individual ilusória, pois mesmo existindo uma interação social balizada pela autogestão, haverá algo para limitar essa liberdade. O conceito de liberdade se molda ao contexto político e sociocultural."
No contexto atual ampliado, "liberdade" para as "forças maiores" significa liberdade de consumo, qualquer coisa que afronte essas questões são considerados incômodos a serem eliminados pelas elites com poder político e econômico das quais jogam debaixo do tapete da exclusão denominado de paz e democracia.
Como Alisson também colocou, nos atos de vigilância dos movimentos de classes inferiores em função da defesa a que o modelo atual não seja danificado assim como cada estado soberano e seus mandantes: Existe a vigilância, muros de condomínios, muros de migração, satélites, jogar a pobreza longe dos centros políticos, e mover os centros políticos pra longe da pobreza (Brasília) e etc. O conflito além de ampliado é instintual do homem querer o prazer e querer dominar inibindo o prazer alheio. Esses pontos que separam a modernidade da pós-modernidade. Na modernidade "a ordem" lutava contra o comunismo. Agora a luta é contra a pobreza fragmentada e militante em nome de ladrões, dos assaltantes. Enquanto os outros ladrões do capital são protegidos pelos ladrões de colarinho branco do governo. Eles possuem o controle sobre o espaço através do capital, os outros homens, consequentemente fragmentam a pobreza, acalmam e buscam eliminar esses sintomas "de desordem" em pro de uma "ordem" eternamente conflitante...
Maíra,
ResponderExcluirCom certeza o texto é bem completo, como não tenho leitura profunda dos conceitos psicanalíticos recortei coisas mais abertas. Existem mil pontos importante p tocar e aprofundar que não falei, como o cristianismo por exemplo.
Se tratando desse distanciamento do nosso lado bicho, tive a compressão de que juntamente ao desenvolvimento da cultura, em termos éticos, políticos, religiosos e econômicos, nós fomos castrados cada vez mais da nossa liberdade individual, assim, nossas pulsões foram readaptadas, transformadas nessa lógica, se tratando de controle do homem sobre o espaço e ele mesmo através de uma ordem como princípio que o Bauman coloca também como uma repetição, por sua vez, um controle, se há controle não existe liberdade nesses choques da sociedade x indivíduo. Dessa forma a civilização( cultura nos trouxe a infelicidade) diminuindo o princípio do prazer, e aumentando as obrigações princípio da realidade (desprazer). Nisso vão surgindo os sintomas em meio desse conflito. A Cultura ocidental nos provoca o amor, o ódio, o controle, descontrole, o prazer sublimado ou resignificado e o desprazer sintomático.
Fato interessante dessa "ordem" e controle: no pronunciamento do Obama em relação ao Egito, defendeu a mudança política imediata, não que ele apoiasse os manifestantes, mas a ordem, o controle em nome de "paz" e da civilidade obediente é acabar com o desconforto dos ordenadores devido ao descontrole.
Bjos
miguel
ResponderExcluireu n digo que todo pensamento diferente do meu e posmoderno mais como ja disse o problema e que levam as coisas a fluidos de + . precisamos de algo concreto pra se sustentar e pra mim existe a economia , a esquerda ( se for bem estudada e n fechada ao quadrado )etc . minha critica que faço a essa tendencia ,algo pra mim muito claro ,me chamam de classificatorio , mas e fato , e ja citei as tendencias pos modernas , mas enfim eu vivo querendo ou nao no meio disso .
alan
Querido Alan,
ResponderExcluirAqui, pelo que compreendo, buscamos um olhar diversificado sobre as coisas: o olhar do economista, do psicólogo, do sociólogo, do marxista, do pos moderno, do artista, do religioso e etc. Todos possuem algo a acrescentar. Ninguem está aqui p levantar bandeiras, mas p pensar e discutir sobre as bandeiras.
Como digo no meu texto anterior, hoje em dia, ninguem é o único dono da certeza, meu caro.
O modelo economicista e esquerdista por si só não explica a realidade por completo, nenhuma corrente enxerga a realidade por completo, apenas fragmentos dela, como diz o Weber.
Se não dialogarmos com outras fontes do saber, assim como outras correntes de pensamento nos fecharemos na mediocridade. Não adianta estar falando somente de capitalismo e meter o pau no capitalismo, não vamos chegar a lugares novos! Dialogar com outros pensamentos é algo necessário, acho que por isso vc acredita que somos pós-modernos. Dizem que o torto é um movimento de "visão Burguesa de classe" assim como "pós-moderno".
Essa tendencia de classificação acabou de se tornar comum porque ninguem aqui, pelo que sei, milita pelas ruas, pela universidade e toma partido em pragmatico em defesa de algo. Pelo que sei, não somos partido político nem uma pesquisa universitária, penso o torto como um boteco de conversa, um café ou um bar digital.
Concordo quando o seu Roosevelt coloca no vídeo que "a nossa proposta é de pensamento". Nossa pragmática aqui é individual, pessoal e aberta a quem quiser entrar, sair e contribuir que estaja a vontade Mas não fecharemos nosso objeto de debate, nem a uma formula geral porque não existe somente um modo de ver o mundo, Esta é outra proposta do torto.
Nem sempre por não falarmos do pobre estamos a favor do rico. Eu não estou aqui para exaltar esteriótipos ideais, minha proposta pessoal é de ENTENDIMENTO.
e pelo jeito vc me entendeu errado ,eu quero dizer que minha principal corrente e a de esquerda ,mas sempre falei que importante tbm estudar tbm obras pos modernas , psicologia , cultura , positivismo estas tbm tem suas contribuiçoes a humanidade . olha quem me conhece direito sabe que eu n sou mente fechada , tenho problemas com algumas pessoas justamente por elas nao aceiterem outras conversas diferentes e sempre ficarem fechadas na msm coisa (nem sequer aceitam falar uma coisa diferente e tem maior dificuldade de escutar outras coisas um pouco so ) . o que axo e o seguinte miguel que vc diz evitar ficamos fechados na mediocridade e ir atras de formas de pensamentos , o probema que seu pensamento se encontra fechado numa tendencia ( portanto ele sempre ficara preso num pensamento tendencionista pos moderno assim como muitos doutrinados marxistas trostky em alguns ate do pstu . ao meu ver boa parte do torto e uma tendencia sociologica pos moderna .
ResponderExcluircomo diz o velho ditado contra fatos nao ah argumentos .
mas tbm n to aqui escracha ou humilha -los so estou dizendo que maioria de nos estamos presos ah essa sociedade pos moderna em diferentes graus .
ate msm pessoas que dizem esquerdistas n ufs repetem praticas pos modernas e de maneira forte , enfim muitos deles vivem de forma bastante pos moderna seguindo msm a tendencia e o cliche , falam mal de forma ignorante do pos modernismo mas na pratica eles tem muitos de pos moderno .
alan
"o probema que seu pensamento se encontra fechado numa tendencia ( portanto ele sempre ficara preso num pensamento tendencionista pos moderno assim como muitos doutrinados marxistas trostky em alguns ate do pstu . ao meu ver boa parte do torto e uma tendencia sociologica pos moderna ."
ResponderExcluirOlha Alan,
Existe uma enorme diferença entre nós termos uma tendencia pós-moderna e seguirmos uma doutrina pós moderna, o marxista vê o mundo pelo materialismo histórico e dialético e tchau, entre os 2, ainda prefiro o pós moderno, apesar de possuir muito do discurso marxista. Mas vc afirmar que minha cabeça é fechada a uma tendencia posmoderna, como se isso fosse sobre a nossa vontade, da raiva, velho. Pos-moderno não é uma corrente que escolhemos somente, se trata duma época ao qual estamos inseridos e se difunde nos meios artisticos e intelectual.
Cara, até parece que eu estou levantando bandeiras, admito que tenho lido muitos autores pos modernos, mas me prender eles não é minha proposta, já que tento enxergar as coisa de forma bastante ampla em correntes e épocas, Freud é o exmplo mais claro disso, inclusive volto constamente ao clássico moderno, Weber, Nietzsche, Marx, Até o Ratztel se necessário...
Mais amplo que o torto é postarmos textos sobre o espaço sideral e as outras galaxias.
"n to aqui escracha ou humilha -los so estou dizendo que maioria de nos estamos presos ah essa sociedade pos moderna em diferentes graus . "
Isso está distante...
É uma tendencia pq é a nossa época Alan, falamos dos classicos mas acabamos voltando p nossa época e o que encontramos no nosso presente??? assim como o modernismo tbm passou, a idade média e etc já eram. É uma tendencia que não tem p onde fugir, se quisermos nos prender ao modelo arquitetônico de pensamento anterior, ai sim, perderemos nosso tempo. Ou a solução seria construir uma máquina do tempo e ir p o "mundo ideal". Concordaria com vc se vc afirmasse para termos cuidado com o pós-moderno e se limitar a ele, sim.
Essa idéia tradicional de espaço homogêneo de uma única corrente já era meu caro!!! Não tem p onde correr e nem temos muito o que fazer, não está ao nosso alcance fundar outros paradigmas ou destruir nossa época. Repito, a dicotomia deve ser superada, coisas que nossa querida Doreen Massey conseguiu de letra...
vc n axa que podemos voltar a epoca tipo cidades estados , pronto algo mais proximo e real algo como os estados do bem estar semelhante com a urrs . cuidado miguel
ResponderExcluiralan
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirA URSS quebrou, cara, nesse ponto eu concordo com os pós-modernos propriamente ditos!
ResponderExcluirURSS tentou competir com o capitalismo na guerra fria com uma estrutura que não avança, é estatica, a população demorava 6 horas numa fila p/ comprar pão...Não acredito em mudanças estruturais imadiatas nenhuma, Alan, já explicamos o pq que não dá certo pela propria natureza do homem, não existe modelo que atenda a felicidade de todos, devemos pensar num futuro mais justo, sim. O liberalismo está condenado a acabar num futuro nao mto distante, concordo. Não estou defendo nem marxistas, nem liberais, nem anarquistas. Minha proposta nao é essa, o caminho da história ela mesmo faz, não podemos fazer nada a não ser entendermos e apontar os problemas e suas soluções em teorias. Não acredito em ideologias niilistas passivas e incipientes p a sociedade atual. Nem vc nem eu mudaremos o mundo por acreditar. somos microscópicos e falhos...
O estado está perdendo voz p o liberalismo a mto tempo, talvez ressussite algum dia, ou morra de vez, isso não nos cabe decidir...Em acordo, esperamos que melhore para algo justo e não perverso.
bom comentario este seu . to um tempo sem ler sobre a economia da urss e sua quebra , mas pelo me lembro ainda economia da urrs faliu pq ela so fabricava produtos duraveis e especial belicos , quanto os eua fabricava produtos duraveis e nao duraveis ( ferro de passar, maquina de lavar ,toyotismo , liquidificador , etc. isso fez com que economia america levantasse bem mais do que a da urss . na parte politica a china rompeu com urss ,manteve sua uma aliança neutra com eua, sendo 76 colocou uma economia de mercado se aliando mais com eua e flado um pouco mais de economia a dec 70 foi começo da implatançao do neoliberalismo . etbmsem contaro sucesso das mairo das ditaduras militares a favor dos eua .
ResponderExcluire exemplo dengoso e ditadura da indonesia pesquisem pra ver ei li sobre essa ditadura no livro de chomkys
alan