Caríssimos,
Antes de tudo, aviso que não quero entrar em discussões que abarquem o relativismo cultural e/ou moral.
Tratarei aqui, apenas, de fazer um alerta a alguns indivíduos, conhecidos meus, que certamente compartilham de um posicionamento com um número significativo de adeptos.
Refiro-me aos indivíduos que se mostraram aterrorizados com a morte de várias pessoas na Noruega, por obra de um nativo desse país, Anders Breivik. Mostrar-se aterrorizado é algo moralmente nobre etc. e tal. O problema é que muitas destas pessoas, em contrapartida, compram bandeiras como a da homofobia, do elitismo econômico e, de forma mais sutil, do racismo.
E onde entra o paradoxo?
O problema é que já há um consenso entre os próprios cientistas políticos de que a atitude do norueguês não é mais que porta-voz de toda uma bandeira de partidos de extrema-direita ao redor da Europa e dos Estados Unidos. No caso desta tragédia, em específico, vimos um caso emblemático de aonde pode chegar a "islamofobia". Esta bandeira é levantada por partidos como a Liga Norte, da Itália, bem como a Frente Nacional, na França, para citar alguns exemplos. Aliás, não à toa, integrantes destes partidos mostraram discreto apoio ao terrorista.
Adivinhemos qual a bandeira levantada descaradamente por uma facção política estadounidense (Tea Party) que compactua destes mesmos valores? A homofobia, o racismo, a xenofobia etc.
Portanto, faz-se interessante alguma cautela na hora de se aderir, com argumentos baseados em raciocínios nada verossimilhantes ou sistemáticos, a certas bandeiras que são levantadas categoricamente por grupos que deram e dão sustentação ideológica a tristes atentados como o que vimos recentemente na Escandinávia.
Concordo plenamente meu caro josué. É muito interesante pensarmos antes de levantarmos qualquer bandeira. Abraços.
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