sábado, 7 de maio de 2011

O Torto (por Anônimo Barros da Costa)

Eu mesmo apaguei o comentário. Mas foi sem querer. Acabei perdendo o texto assim. Aí resolvi pôr ao menos o registro disso, entendem? Eu dizia o que é o torto para mim. Ser torto é não temer postar um video em que você, em vez de responder "o que é o torto?", esboça antes uma justificativa para o fato quase constrangedor de se estar num centro de consumo. Ser torto, é separar sujeito e verbo com vírgula, mas sem consciência da trangressão, por desconhecimento mesmo. Ser torto é "dar asas à sua imaginação", como tomar um Redbull fora do berço. Torto é começar um manifesto com o rabisco "está diretamente associado à concepção que cada um venha a considerar o que seja torto", quando poderia simplesmente dizer "é o que você quiser... o que eu não digo não tem nada a ver com nada!". Ser torto é ter o direto de ser anônimo, ou mesmo de se chamar Anônimo Barros da Costa. Ser torto é uma das qualidades do blog O Torto. É "se perder nas próprias palavras", inclusive se entre elas não houver estofo. Ser torto é ser genuinamente engraçado. Ser torto é se irritar, mas não muito, e comer batata frita. É se levar muito a sério, mas de tal modo acidental que até parace sem querer. Ser torto é viver em Aracaju (onde mais um movimento tão representativo poderia ter surgido?). Ser torto é fazer marketing pessoal. Ser torto é ter senso de humor. Ser torto é o achismo introjetado. É ser inter-semiótico, ultra-pós-moderno, pré-datado, anti-nada, pró-qualquer-coisa, in-dor, out-truista, e-tc. Ser torto é, ao responder o que seria o Movimento Torto, iniciar explicando o que haveria de ser o movimento, para só depois disso elocubrar, porventura, ou deveras, a respeito do específico raio da circunferência mesma em torno da qual giramos, que, para todos os efeitos, seria ao cabo de tudo o objeto sobre o qual se debruça, ou seja... o torto. Ser torto é insistir em escrever quando se deveria ler ad infinitum. Ser torto é manter seu próprio nome como única palavra-chave do manifesto que escreveu (e que, de quebra, vai também no título). Ser torto é casar com a Rosa Elza Soares e driblar com as duas pernas. É fazer textos que não incomodam ninguém. Ser torto é demorar um pouco a perceber que com um cachimbo na boca não é mole falar ("ceci n'est pas une pipe à la bouche" bem poderia ser o título de um video-manifesto). Ser torto é curtir escrever manifestos (estou curtindo fazer o meu, este aqui... dá pra publicar?). Pra ser torto é preciso que você nos lembre disso. Ser torto é o que há. É a versão 2.0 dos manuscritos de Qumran. É ir à praia de paletó e não tomar cerveja. Ser torto é ser engraçado. Torto é o homenzinho torto daquela canção católica. Torto é o trajeto da bala que não mataria Osama (e nunca matou, posto que é torto). Torto é o inconformismo que vem de dentro, yeah, é o dente na guarganta da sociedade amortecida. Ser torto é a missão dos despertos, escorregando na verborragia-sabão. Torto sou eu e você, forçosamente sem entender do que se trata. Ser torto é acreditar um pouquinho em que a linguagem serve pra alguma coisa, e esquecer o urso polar. O Movimento Torto é sinoidal. Cuidado, que o torto tá chegando. Cadê o torto, cadê torto, o torto onde é que está? O torto é um subsistema tardio do Dadaísmo, mas é autodegenerativo (ah não, não quero...). É a claridade da visão, a despeito da areia. O torto não é totalmente assim. Ser torto é poder validar minha opinião. Torto é ser carente. É o Tião Macalé. É o Jards Macalé, especialmemte até 1974. Torto é quase um palíndromo. Torto é o hábito da verborragia que esconde a verdade simples sobre o olho. Torto é aquela granja lá. Ser torto é seguir Drummond, aquele gauchesco (jamais dos pampas). Ser torto é rir do palhaço. Torto is in the air, everywhere you look around.

33 comentários:

  1. Algumas dúvidas:

    1. Como definir "estofo entre as palavras"?
    2. De que maneira a representatividade do movimento remete à Aracaju?
    3. Poderia esmiuçar o conceito de "versão 2.0 dos manuscritos de Qumran?". Achei esta pérola, particularmente, curiosíssima!
    4. Como definir "achismo introjetado"? Possui relação com a teoria psicanalítica?
    5. Poderia explicar, com menor grau de subjetividade, o que significaria "dente na garganta da sociedade amortecida"?
    6. Subsistema tardio de um Dadaísmo degenerativo?! Tudo bem, essa eu deixo passar.

    No mais, obrigado pela observação da devida colocação do termo "palavra-chave". Utilizamos este recurso mais para organização do Arquivo de Postagens por Autor. Já o alterei para "Indicadores", que representa melhor o que se pretende.

    Abraço!

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  2. Caríssimo anônimo,
    Seu texto se enquadra no que eu chamaria de sagaz por intenção, o que é um tanto contrário a ser sagaz por efetiva naturalidade. Digo isto porque valeram as intenções de ludicidade metalinguística, morfológica, e por aí vai, muito embora tenham estas me deixado tão a-pático quanto o seu a-nonimato. (Subjetivismo por subjetivismo, estamos quites, né? Aqui separemos muito bem o sujeito com vírgulas e pontos).
    Entretanto, dentro destas linhas vomitadas a la brainstorming, apenas alguns momentos deixaram-me, de fato, inculcado, quais sejam, os em que o senhor se refere a questões de afeto.
    Ora, chuta-se cachorro morto? Are we nothing but a dead dog? =)
    É impressionante como um movimento, tão inexpressivo quanto a cidade em que nasceu, consiga, com divulgação ínfima tal qual sua estrutura, tantos acessos, tantas participações, tanta regularidade e, sobretudo, oposições sistemáticas tais qual o seu tão sagaz texto.
    Chega a dar calafrios imaginar a que grau de higienismo chegaríamos por via da sua pretensa “transgressão”. Ilustremos com este exemplo:
    “Ser torto é insistir em escrever quando se deveria ler ad infinitum.”
    Tal grau de prescrição quase impositivo, aliás, trouxe-me mais uma outra reflexão, embora esta vá cair no mesmo problema do afeto:
    O que o senhor faz aqui, insistindo em escrever acerca de um movimento inexpressivo quando, seguindo sua própria cartilha, poderia estar chegando próximo ao infinito no que tange à leitura? Ou estamos diante de alguém que já o conseguiu?
    Se a resposta a esta última for positiva, darei-lhe todo o poder jurisidicional, digo, juris-dicional, para que o senhor intercepte a nossa prerrogativa de gozar do inciso IX do art. 5° da CF. Até porque de hierarquia o senhor parece gostar e mucho. Aliás, podendo ser ela de qualquer tipo, do geo-gráfico ao inte-lectual (brincadeirinha...=)).
    Caso contrário, iremos chegar a dois anos de postagens tão insossas e insignificantes mas que, paradoxalmente, continuarão inspirando oposições tão longas e sistemáticas.
    Sinta-se livre para postar no site quando quiser.

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  3. Caro Lou,

    Espero dirimir suas dúvidas:

    1) Como definir "estofo entre as palavras"?
    R: Volume composto por chumaços de algodão posto nos espaços que separam os sons articulados. É utilizado com o fim de dar sustentação ao sofá localizado na Área de Broca.

    2) De que maneira a representatividade do movimento remete à Aracaju?
    R: O Rio São Francisco vai bater no meio do mar. O Rio Sergipe fica pela praia mesmo. Aracaju tem crescido tanto nos últimos anos, não é?

    3) Poderia esmiuçar o conceito de "versão 2.0 dos manuscritos de Qumran?". Achei esta pérola, particularmente, curiosíssima!
    R: Os manuscritos de Qumran, ou manuscritos do Mar Morto, são 38 rolos de couro e papiro, provavelmente escritos pelos essênios, seita da qual, acredita-se, Jesus Cristo teria feito parte. Os textos, encontrados em 1947, são considerados uma das maiores descobertas arqueológicas do século XX, por sua antiguidade e bom estado de conservação, bem como por seu conteúdo, que poderia redimensionar a crença de grande parte da humanidade (entre os cerca de 800 escritos estão diversos textos apócrifos, que não entraram no cânon hebraico). O Torto seria um movimento de semelhante impacto histórico, talvez até mais revolucionário.

    4) Como definir "achismo introjetado"? Possui relação com a teoria psicanalítica?
    R: Acho que sim.

    5) Poderia explicar, com menor grau de subjetividade, o que significaria "dente na garganta da sociedade amortecida"?
    R: Sendo objetivo: 1. Dente na garganta: metáfora pouco sutil para incômodo, algo desconfortável; 2. Sociedade amortecida: grupo de pessoas caracterizado pela falta de questionamento, que vive de acordo com a ordem social estabelecida, de modo apático. Como disse Seu Roosevelt, acuradamente, “as pessoas andam como que adormecidas”... Visto isso, quis dizer que o torto é um movimento que tenta (e consegue, óbvio), por meio do incômodo, retirar as pessoas de seu triste estado de estupor. Compreendeu ou o grau é ainda muito subjetivo?

    6) Subsistema tardio de um Dadaísmo degenerativo?! Tudo bem, essa eu deixo passar.
    R: Ah, mas é muita gentileza sua. Só uma coisa: eu disse “o torto é um subsistema tardio do Dadaísmo, mas é autodegenerativo”, não de um “Dadaísmo degenerativo” (tem isso, é?)... Essa você deixa passar também?

    7) No mais, obrigado pela observação da devida colocação do termo "palavra-chave". Utilizamos este recurso mais para organização do Arquivo de Postagens por Autor. Já o alterei para "Indicadores", que representa melhor o que se pretende.
    R: No mais, não foi nada, estamos aqui pra isso.

    8) Abraço!
    R: Outro!

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  4. Carésimo Josué,

    Meu texto se enquadra no que você quiser, é claro, mas penso que nem o cuspe de Dujardim vem à luz por efetiva naturalidade. Fico feliz por minhas intenções de ludicidade metalinguística, morfológica, e por aí vai, terem va-leedo. Foram uma brincadeira baseada nos textos de outro cola-boring-ador. Mas, creia, não teve nada de brainstorm (você sabe mesmo o que é brainstorm? Fiquei confuso...).
    Ora, eu jamais chutaria um cachorro morto, que coisa terrível. Nem se fosse morto e torto. Aracaju e o torto são por demais expressivos, especialmente aquele trecho de rio escondido atrás do Iate. É como uma pérola. Digo mais: não só não me surpreendem tantos acessos, tantas participações, como já em meu humilde manifesto apresentei uma das razões para tal êxito: o marketing pessoal. Sim, pessoal. Já tive a oportunidade de ver o mentor em ação mais de uma vez. Eu, felizmente, fui atraído para cá pelos dedos hábeis do puro acaso, e logo fiquei tentado a compor meu sagaz texto. Não pude evitar.
    Tenho consciência de que em momento algum sugeri qualquer “transgressão” – ou “trangressão”, como escrevi. Mas é que alguma professora minha (no pré, acho) chamou a atenção da turma para o fato de que quem não lê não aprende a escrever. Foi muito marcante, e julguei procedente o comentário. Higienismo... Talvez não seja isso.
    Hum, como o senhor soube que me amarro em hierarquia? Omni-ciência? Diga-me, por favor, o que o futuro nos reserva? Serão um dia descobertos os manuscritos do Mar Torto? O profeta Oseias deve saber. : )
    “O que o senhor faz aqui, insistindo em escrever acerca de um movimento inexpressivo quando, seguindo sua própria cartilha, poderia estar chegando próximo ao infinito no que tange à leitura?”. Eita! Ao infinito? Oba. Embora não me lembre de ter dito que já havia devorado toda a produção literária conhecida e oculta, assumo que realmente faltam apenas os textos deste blog... só que o estômago num aguenta (não tanto pelo volume, mas pelo sabor). Bom, respondendo à sua pergunta, o que faço aqui é me divertir um pouco. Já não estava claro?

    Abraços,

    Antônimo Bastos Cerqueira

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  5. Legal, não vou me aprofundar. Sua retórica é boa e bastante furtiva. Achará um modo de bifurcar quaisquer tentativas de investigar uma opinião autêntica sua. Muito bom! Comente os meus textos, se puder. Abraço e seja bem-vindo!

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  6. Caríssimo Antinômico,
    Devo lhe confessar que me causou imenso esntranhamento tanta necessidade de auto-explicação, justificativas e até mesmo comentários capciosos acerca de quem já se viu “mais de uma vez”, uma vez que se trata de alguém que busca apenas se divertir. Embore eu não negue que você simplesmente o faça, mas inclino-me a acreditar que o teor de certas diversões pressupõe algumas infinitas frustrações.
    Falando em omni-scientia, devo despreocupá-lo em relação ao brainstorming, pois deixarei de me ater às leituras deste site e buscarei beber da sua hímen-sa fonte de sabedoria, de onde o próprio Osborn deve ter tirado suas ideias.
    Mas no que diz respeito à sua unclean-ação a hierarquias, foi apenas uma leve impressão que tive, quando vossa senhoria se pôs a classificar o inexpressivo, e, portanto, supor-se talvez expressivo, a tecer juízos tão decisivos e preconceituosos acerca do conhecimento gramatical de alguns colegas (e a partir daí supor-se sabedor do grau de erudição destes) etc. Embora eu lhe peça atrasadas desculpas por não ter percebido que se tratava do próprio Ui Babosa.
    Em relação a Buracaju, devo supor que vossa senhoria habite, no mínimo, as terras da pipoca nova-yoki. Mas, caso habite o lado de cá do e-CU-a-dor, junte-se a nós, afinal aqui não existe pecado. Se não podes Pa-ris, junte-se a nós pa-chorars. Embora deva, humildemente, avisar-lhe que há autores por essas bandas onde o mundo acontece e onde os rios e mares dão mais caviar que garrafas pet.

    Boa diversão!

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  7. Josua,

    "tecer juízos tão decisivos e preconceituosos acerca do conhecimento gramatical de alguns colegas"

    Parando pra pensar bem, pela forma como o anonimo arruma seu discurso, eu acho que ele criticou a separação do sujeito do verbo com virgulas por ja ter visto na própria correção automática feita pelo word. Talvez ele tenha recebido muito dessas observações pelo word kkkkkk, pois se tem uma coisa que ele de fato ainda não foi capaz de provar a qualquer leitor foi o trato na gramática.

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  8. Esconder as verdades em verborragias. kkkkkkkk Não.O que acontece é que as pessoas confundem verborragia com análises mais complexas da realidade. É muito fácil para uma pessoa criar essa sua verdade, afinal, ela é feita de um lado apenas. Se é muito fácil dizer: errado é isso e certo é isso.

    O MEU discurso não vai por esse caminho. Meu olhar paira em lugares dinâmicos que entendem o humano como humano, e não como seres que acreditam ser dotados de verdades absolutas e dizem: tá vendo como diferente do torto, eu sou verdadeiro? Realmente eu não compactuo com isso. Ninguem possui verdades plenas sobre nada.

    Misturar uma abrangencia do olhar com verborragia, isso sim é que é externar discursos consumistas, pois implica em um discurso simplório preveniente de razões práticas e artificiais que não avaliam as subjetividades, os diversos pontos de vista dos sujeitos, tratando-os apenas como iguais e máquinas como robôs da sociedade de consumo.

    Na sociedade de consumo, a praticidade esperada e amada pela sociedade de consumo, é a praticidade da forma como é exposta e criticada por você caro anônimo. Sim, a sociedade de consumo adora misturar verborragia com um olhar que se confrontra com a própria contradição, afinal, ela quer a imagem bonitinha de que somos capazes, de que somos belos e não-verborrágicos assim como o seu discurso nos mostra.

    Pensar como você, é se adaptar aos modelos da harmonia tão almejados pela ordem apática da sociedade de consumo, é você se render a eficácia e a operacionalidade de um sistema robótico. Mas vale lembrar que quem sabe fazer isso bem são as cabeças também robóticas, padronizadas, cronometradas e industrializadas assim como o sistema. O torto para mim não consegue ser isso.

    Mas você vai comprar mais o que?


    abraços gostosos

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  9. Dileto Yeshua, sem ressentimentos. Curti mesmo vários textos seus, especialmente “A cabeça transplantada”, que expõe muito bem os vãos de Aracaju. Apenas entrei no espírito provocador, que, pelo que entendi, é uma das tônicas da benéfica desarmonia neste torto aqui. Penso que o Lou sacou bem minha intenção. De fato não moro mais aí, embora muitas saudades me causem a relativa calma das ruas, a beleza das águas, o mar e a tacanhice tão comum ao pensamento que por essas bandas se espraia. Mesmo aqui em Nova Yoki tem dessas coisas. Só fiquei triste por ninguém ter comentado a piada do cachimbo, que foi a parte de que mais gostei no meu texto.
    Agora, Vina TorTO, meu nego, baixe essa bolinha. Você já abriu uma gramática? Mostre, por favor, com base em todo este seu conhecimento, dois deslizes gramaticais meus. Não vale erro de digitação, como em ‘guarganta’ (ou em 'confrontra' no seu texto). Erro estrutural, você reconhece? Tomarei apenas um breve trecho de seu texto, pra você anotar: “Pensar como você, [esta vírgula não existe] é se adaptar aos modelos da harmonia tão almejados pela ordem apática da sociedade de consumo, é você se render a [faltou crase] eficácia e a [faltou crase] operacionalidade de um sistema robótico.” Quando vir uma preposição antes de um substantivo feminino, fique ligado – pode ser a hora.
    Você acha que já expôs alguma análise complexa da realidade? Seus textos (que li aqui e no Cinform) são tão rasos que dá dó. Bichinho: “Meu olhar paira em lugares dinâmicos [eu não aguento...] que entendem o humano como humano, e não como seres que acreditam ser dotados de verdades absolutas”. Tão humano se achar dotado de verdades absolutas, né não, mofio? Só em silêncio se está certo. É o que penso. Mas vamos falando, que ninguém aqui quer estar certo.
    “Misturar uma abrangencia do olhar com verborragia, isso sim é que é externar discursos consumistas, pois implica em [implicar é transitivo direto, não tem esse ‘em’ aí] um discurso simplório preveniente de razões práticas e artificiais que não avaliam as subjetividades, os diversos pontos de vista dos sujeitos, tratando-os apenas como iguais e máquinas como robôs da sociedade de consumo”. O que você tomou, velho? Mas não fique nervoso. Eu vou lhe contar o que quis dizer com aquela frase tão enigmática...

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  10. “Esconder as verdades em verborragias. kkkkkkkk Não”. Não mesmo. Vamos lá: “Torto é o hábito da verborragia que esconde a verdade simples sobre o olho”. [Lou, aqui vai uma opinião autêntica minha, uma crença até, eu diria]. Quando conseguimos suspender o verbo na mente, ou seja, quando conseguimos, por meio da observação distanciada do fluxo de nossos pensamentos, superar a dualidade inerente aos julgamentos, às discriminações e classificações próprias da mente, nós adentramos o espaço sagrado do que algumas tradições antigas chamam de Verdade. Essas tradições têm plena convicção de que o termo ‘Verdade’, ou qualquer outra palavra que usem, não toca a essência disso a que tentam aludir. Talvez alguns de vocês já saibam disso, mas essa técnica de suspensão do pensamento, também conhecida como meditação, é uma das formas de se perceber o Real, aquela fonte ilógica (e, por isso mesmo, inacessível à convenção linguística) da qual brota o mundo. O olho ao qual me referi é o ajna, o olho que se abre na testa. Antes que alguém sinta aqui o cheiro de esoterismo, adianto que na meditação profunda é relatada pela maioria dos praticantes uma manifestação singular: uma espécie de flama, uma luz imaterial que parece ocupar o espaço entre as sobrancelhas. Já vi diversas tentativas de expressar em palavras essa luminosidade, uma delas bastante interessante: comparam-na a um buraco no papel. O buraco, embora esteja no papel, não está nele. Assim é com essa chama, com este olho.
    O fato é que aquele texto é cheio de pequenas referências, aleatórias, decerto, mas que podem dar pano pra manga. Muitas coisas, alguém deve ter notado, tirei dos vídeos que estão na página, que realmente achei bem divertidos: o tom, a escolha das palavras... Menos o do Vina, termo que no Paraná é sinônimo de salsicha – um embutido cheio de coisa nenhuma.

    Antonímio Bisteca Cordeiro de Deus que Tirai os Pecados do Mundo, Tende Piedade de Vina

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  11. Obrigado pela sua capacitada aula de gramática. Se quiser, ao invés de mim, eu coloco você lá no Jornal Cinform para escrever sobre coisas mais interessantes, até por que, eu não entendo como uma pessoa tão incapacitada quanto eu ficaria sujando um jornal de grande nome e de grande circulação como o Cinform.

    Por falar em interessante, você corrigiu, corrigiu, corrigiu, mas não conseguiu refutar nada de minhas argumentações, a não ser dizendo que meus textos são rasos. Concordo com você: profundas são suas argumentações.

    Paro o debate por aqui, pois construir ideias com pessoas inteligentes como você, é o mesmo que voce levantar um edificio enquanto eu fico no primeiro tijolinho. Você é muito demais cara! Sou pequeno pra você. Paro por aqui. Depois quando você voltar do centro representante do consumo alienante do planeta, me avise, pois quero um autógrafo seu.

    abraços grandões do tamanho de sua inteligência

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  12. de nada. se quiser, qualquer dia lhe mando uma pelo correio.
    é, a sociedade de consumo produz alienação e padronização de pensamento/comportamento. é óbvio. o que vou refutar nisso? você não escreveu nenhuma novidade, flor. concordo realmente com os pontos que vc levantou (ou melhor, com a parte inteligível de seu texto).
    sempre me diverte sua tentativa de ser irônico. só que até pra isso é preciso algum talento.
    autógrafos, só depois mesmo. tem uma loja ótima aqui no centro representante do consumo alienante do planeta. vou comprar um bonequinho do salsicha torto pro meu filho.
    : )

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  13. "sempre me diverte sua tentativa de ser irônico. só que até pra isso é preciso algum talento."

    Com relação a você meu caro, te sobra a capacidade de fazer piadas bobas. Mesmo assim, muito obrigado por suas contribuições. O torto precisa de pessoas como você capaz de refutá-lo, para com isso ele mesmo se revisitar e repensar alguns de seus pontos. Afinal, se tem uma coisa que o torto admite é que ele não é unicamente certo, reto e previsível em seu olhar sobre o mundo. Entortemos nossas cabeças!

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  14. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk. gostei.
    enfim o torto tem algumas coisas que prestam .
    mas no geral e diversao e pastiche pos moderna .
    ana maria braga e pagode alto sao um saco .
    alan

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  15. O torto você diz o blog? Tem sim umas coisas que prestam: uns textos do Josué, alguns do Roosevelt (sobre a importância da música brega) e todos do Salsicha. Já o "movimento"... devagar.
    Mas me diga: o pagode é uma grande preocupação sua? Talvez seja só impressão. Podemos discutir isso, talvez fazer um manifesto, ou quem sabe um tratado baseado numa quina da lógica estoica.

    Lôro José

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  16. Por que não provocarmos debates sobre o pagode? Para mim, tudo que vier a contribuir com novos olhares tá valendo.

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  17. pq toca direto onde moro . pessoas ignorantes que so vivem disso . portanto tenho que ficar ligado
    alan

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  18. Entendo. Posso sugerir um novo olhar sobre isso, em vez de um manifesto, de um tratado ou de um baseado? Caso esteja imerso no verde, tente estar atento ao azul ou ao amarelo. O fato de que há diversas pessoas vivendo de morte ao seu redor não implica, necessariamente, que você tenha que estar ligado nos ritos fúnebres. Em geral, é um exercício não muito fácil e, talvez por isso, algo um tanto raro nestes dias. Em seu umbigo há um universo; em seu plexo também. Que importa o pagode?

    Ominôna

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  19. Lôro,

    Nenhum dos meus textos prestam? Fiquei triste agora.

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  20. Vejo que você não entendeu o torto meu caro anonimo por conta de uma simples ressalva: "Antes que alguém sinta aqui o cheiro de esoterismo". Não entendi pra quem foi essa ressalva...

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  21. ô, Lou, fique triste não, só me esqueci de mencionar os seus. Na verdade, são os que mais prestam (depois dos escritos do Vina, que são hors concours). De hierarquia eu entendo. O que eu não entendo é o torto. Não entendo mesmo... alquém sim? Como você disse, "o objetivo do torto é entortar" (hummm...). Mas é pra ser entendível?
    Deixa só eu dizer que a ressalva, se posso chamar assim, foi pra qualquer pobre não colaborador que, porventura, tenha preconceito contra termos como chakra, terceiro olho, meditação, etc. É possível que tenha sido uma preocupação tola, uma vez que todos os visitantes que por este blog passam são necessariamente pessoas abertas, sem pré-concepções de quaisquer ordens. Né, não?

    Joseph Blonde-Bird

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  22. "Como você disse, 'o objetivo do torto é entortar'"... Palavras do Ruel, não do Lou.

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  23. "Eu mesmo apaguei o comentário. Mas foi sem querer."

    Como alguém pode apagar um comentário se esse alguém não possui a senha para postar no torto? Será que esse alguem realmente não possui a senha? Será que esse anonimo é de fato tão anonimo assim? Mesmo se anônimo tivesse entrado com a conta dele de e-mail, ao apagar o texto teriamos a frase "texto removido pelo autor". Reflitam sobre isso caros colegas e leitores do torto.

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  24. Pois é, rapaz mas acho que vc pegou essa fala aí do meu video, é uma merda mermo esse video uhauhauaahuauahuah. Mas, se você qual o investimento sintagmatica, ou seja, a conotação da palavra entortar para nós, vc pode ir um pouco mais longe. E para tentar responder ao caro colega, o torto é uma conceito a se construir meu caro, não vejo o por que dessa sua angustia toda. Vejo de forma tão simples, não ansiamos definir porque queremos constuir o sentido, debater, encaixar as peças soltas, se existe lacuna no nosso discurso, que tenha, idiotices que tenha, mas creio que o senhor tão sabido das humanidades, deve ver que não chegou nossa hora de morfar e virarmos super-herois. O nosso brog é legal bixo, vai lendo aí... hehehehehehhehehe

    Reuel IBGE

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  25. eu pelo menos sou sincero e digo que n vou dar boas aulas em sua maoiria em turmas que sao ruins princpalmente em colegios publicos .
    va ensinar vina cara que foi preso no cenam e n que nada de estudo.
    e facil ter etica ensinando no CODAP .
    alan

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  26. AH SIM REUEL E UM CARA MUITO FALSO

    TODO MUNDO DISSIMULADO MAS VC E DO TIPO BEM TRAIÇOEIRO, MERECE SER EXCLUIDO MSM POR SER SAFADO
    ALAN

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  27. Sobre os preconceitos sou cheio deles, mas na verdade o meu comentario foi meio tolo, afinal como posso afirmar que você não entendeu o torto? Não há voz unissona aqui, porém, habitualmente não erigimos a essencia da verdade, por isso sim, sua ressalva foi tola.

    Reuel cavaleiro do forró

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  28. Meu caro alan, creio que esse comentario não tá na pauta da conversa, mas sobre o meu estagio, é uma coisa simples de se intender, eu posso me senti desconfortavel em uma sala de aula sem ventilador e com alunos barulhentos não? Isso não quer dizer que eu não me interesse por tentar vivenciar a coisa. Eu estudei no Presidente Vargas 2 anos e no Costa e Silva mais 1 ano, sei bem o que vc tá falando e não preciso gritar pra ninguem minha simplicidade. Pelo contrario, quando conhecemos o colegio eu o Luiz achamos muito de fuder, achamos que vamos aprender bastante, agora, eu sou um ser orgânico cara, sinto calor e stress. Com relação a dissimulação aí é uma opnião sua, se vc acha assim bem... não sou o cristo de ninguem quem quiser tirar conclusões de mim fique a vontade...

    Reuel Da terra dura

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  29. to no marcos maciel . sen quiser nada tbm ensino pouco . primeira aula que do vem um cara a que cumpriu pena no cenam bate muro e entra na sala encarando, so pago pra ensinar n pra ficar com treta com mala . ainda vem vina vem falar pra ter etica . sen for possivel ensinar n ensino ta . tem que maladragem , vem vina e axa ruim pq disse que tem que ter maladragem
    alan

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  30. eita, que o negóço tá fedeno.
    resolvi que já me diverti o suficiente aqui no brog, e por isso me despesso.
    antis, deixa eu dizer umas coisa.
    querido salsicha, não frite o resto dos neuronio. eu disse que apaguei o comentário sem querer, e foi de fato o que ocorreu, xerloque. foi assim: escrevinhei o texto e pus pra visualizar, pra vê si tinha ficado bunito. tinha. aí eu tava ocupado no hora e quando voltei pus pra publicá e deu um erro 500 e num sei o quê. criquei no botão pra voltar, mas já era tarde. como, além de bunito e sabido das humanidade, eu tenho boa memória, escrevinhei tudo de novo. isso porque tinha ficado daquele jeito bonito. você é bonito, assim, com os cabelo e os óculo.
    Rewell, eu num tô angustiado, fio. rewell, tem lacuna e idiotice nos dircurso sim, pra mais de metro. rewell, é uma merda mesmo esse video, vc num consegui completar nenhum racioçínio sem dizer "ééé...", "né?", "ééé...", "né?". mas num entendi por que minha reçalva foi tola. eu num defendi possuir verdade arguma. só assumi que, se tivesse alguem preconceituoso no meio dos leitor do brogue, era bom isclarecer que num era coisa dos esoterico, dos horoscopo. era coisa séria e dos ocultismo.
    Alan, sorte na sua vida. Trabalhe com os cara que viero do Cenão teno sempre em mente que pode ter sido um contexto feladaputa que fez eles duro no coração. Já tive lá drento e num é bunito. O salsicha é bunito. Xau.

    Anômalo do Olivia Tremor Control

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  31. Pois é, é tão tolo que não consegue perceber os varios sentidos que a palavra angustia pode ter, parece que você entende a lingua como um terreno blindado. Mas o senhor já provou bem que entende das humanidade e que entende se gramatiquero, mas é tão angustiado que quer incutir a um blog rigidez de uma tese de doutorado. Cuidado com o conceito, tire a virgula, seja menos lôro, fale assim... ora já não basta comites cientificos da vida que agente tem que enfrentar, pelo contrário, já fui em eventos internacionais que eram menos careta que vc. Abração, e os reticencia uso é pq sou dautonico aí não vizualiZO bem as cores das palavras.

    Reuel alpiste

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  32. Nós somos crianças que gostamos de gritar! E com RedBull fica mais alto viu? kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Paratintum lêlê Aaaaaaaaaaaaaiiiiii tararará

    Agora eu fiquei hormonio Joseph tb

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