Dentre as diversas transformações produzidas pela nenhuma atraiu tanto o fascínio do home contemporâneo como a internet. Essa ferramenta de comunicação dinamizou as relações comerciais, políticas e sócio-culturais do final do século XX e inicio do século XXI.
A internet foi criada para auxiliar na proteção de informações e elaboração de estratégias militares durante a guerra fria entre EUA e URSS. Com a diminuição da tensa relação entre os dois grandes blocos, a internet ganhou outras utilizações não menos políticas, mas bem mais diversificadas. Por permitir interação com diversos lugares do mundo e apresentar possibilidades que vão desde o entretenimento até a mobilização em prol de causas políticas, sociais e culturais, a internet passou a ser a companheira de muitas atividades e pessoas, o que representa a dedicação de boa parte de nossas horas semanais a essa ferramenta para diversos fins.
Por esse motivo, venho tratar de um aspecto em destaque a um bom tempo na internet que são as redes sociais. Parto do principio que nesses portais de relacionamento são criados subespaços com dinâmicas temporais especificas criadas para diversas finalidades.
A internet modificou a forma de nos relacionar e, com isso, também maneira de como lidamos com a nossa subjetividade. A quem diga que essas tecnologias distanciem o contato real e criem indivíduos co dificuldades de se relacionar com os outros. Por outro lado existe a complementaridade entre o mundo real e o virtual, onde conhecidos ou desconhecidos se conhecem marcam encontros, trocam informações, constituem grupos de discussão, fazem amizades, transam, namoram, casam, enfim, reproduzem o que os comportamentos do mundo real.
No universo virtual as subjetividades ganham maior espaço, já que, nesse mundo, as regras morais possuem caráter transitório e fluido. As sociedades criam condições para a que os indivíduos possam amparar as suas subjetividades em um terreno firme traduzido em comportamentos e códigos compartilhados. Com isso, as subjetividades encontram instituições prontas que procurarão conduzir a formação da personalidade desses indivíduos em princípios morais e culturais cultivados pela sociedade da qual faz parte. Portanto, temos a veiculação da relação espaço, tempo e subjetividade, já que esse sujeito buscará as respostas para a sua conduta e visão de mundo nas convenções. A internet, por outro lado, abre o leque para que as subjetividades possam se afirmar por meio da busca de suas preferências por meio de relações intersubjetivas virtuais. Essa característica pode ser verificada também pela relação que estabelecemos com a tecnologia.
Os computadores domésticos foram projetados para serem utilizados por apenas uma pessoa. É apenas um teclado, um monitor, um mouse... Além da proteção de informações pessoais que podem ser acessadas por meio de senhas. Essas características da parte física e de programação dos computadores criam condições para a privacidade o que pode levar a busca por preferências comportamentais, políticas, culturais e mesmo de fantasias sexuais que o mundo “real” ou “objetivo” não permitiria.
"Os computadores domésticos foram projetados para serem utilizados por apenas uma pessoa."
ResponderExcluirSim! É uma espécie de extensão do corpo.
Bem observado, Lou. Essa extensão transpõe o sujeito para outro universo com possibilidades e regras que ora interagem com o mundo das convenções, como o tentam fazer as redes sociais, ora buscam criar outro mundo com valores, linguagem, características.
ResponderExcluiraqui em casa pc e utilizado por mim e meu irmao .
ResponderExcluirexiste uma ordem de quem usa somente 1 pc
alan