sexta-feira, 20 de maio de 2011

A MORTE DE OSAMA OU CARNAVAL FORA DE ÉPOCA NOS EUA

A morte de Bin Laden foi bastante comemorada pelos norte americanos, seja nos altos escalões do governo, seja pelo povo. Parecia que tinham ganhado um campeonato mundial de basquete, beisebol ou de futebol americano. Nas comemorações declarações de alivio pela morte de Osama, camisas e bandeiras dos Estados Unidos e, até bonecos, foram utilizados para simbolizar a “vitória” contra o terrorista. Pela internet souverniers foram produzidos como mais uma expressão da desforra pela morte de Bin Laden, por meio de chaveiros e camisas com escritos “Obama get Osama” (Obama pegou Osama)

A comemoração nas ruas foi acompanhada pela imprensa, com buzinaço, bandeira americana, declarações de vitória contra o maior inimigo público que os EUA tiveram nos últimos tempos. Afinal os americanos tem os seus motivos, já que as torres gêmeas foram derrubadas e mataram muita gente, deixando uma fenda profunda na sociedade daquele país. Quero destacar que não concordo com a ação militar dos EUA, pois afronta a soberania dos países que invade e os princípios democráticos, principalmente, a forma de encaminhamentos do programa anti-terrorismo no pós 11/09. Muito menos sou partidário dos atentados da Al-Qaeda ou de qualquer outro grupo pelo mundo. Ficarei na posição de torto desorganizando minhas idéias.

Quero me deter nesse texto a um fato bastante peculiar que é a reação de revanchismo manifestada pelo povo americano e mais do que isso a comemoração e comoção pública pela morte de um opositor. Já que, mesmo não estando em solo americano, Bin Laden participou de um atentado no país que atualmente carrega o posto de país mais poderoso do mundo do ponto de vista militar e ideológico.

Simbolicamente esses ataques a símbolos nacionais, foi também um golpe no mais forte, pois os pontos atingidos representavam, e representam, centros de poder político, casa branca, e econômico, Wall street. Esse golpe representa a derrocada do Golias pelo Davi. Outra questão é que a guerra moderna capitaneada contra o terrorismo remete a não apenas o ataque efetivo ao território opositor, explosões de homens-bomba, ataques surpresa ou ações militares revanchistas. A guerra moderna está pautada na possibilidade de acontecer o próximo ataque. As informações e ameaças são anunciadas antes de acontecerem e sem aviso prévio, como correu com os ataques de 11/09, as declarações de Bin Laden pela internet e a ação silenciosa do assassinato do mesmo.

O fim da ameaça latente para os americanos passa pela destruição de tudo o que estava ligado a Bin Laden. Desde o desaparecimento misterioso de seu corpo até a destruição da casa onde passou seus últimos dias no Paquistão. Tudo para que não possa acontecer o nascimento de um mártir. O medo do governo americano em destruir tudo que pudesse servir como meio para culto a Bin Laden demonstra o receio da idolatria. Dar um fim no corpo e incendiar sua casa representa a tentativa da destruição do símbolo do ódio contra o imperialismo americano e sua cultura.

Temos uma dimensão política/religiosa nesse meio. A Al Qaeda e as alas mais radicais do islamismo mantém a associação entre política e religiosidade, inclusive os discursos de Bin Laden ou de Sadam, apontavam os EUA como grande demônio. Além disso, os atentados com homens-bomba estava pautada pelos valores muçulmanos que conduzem ao paraíso os fieis que morrerem por Alá. Os valores cultivados pela democracia carregam perspectivas morais e culturais cultivados no e pelo ocidente e que se contrapõem com as civilizações muçulmanas, principalmente, as mais radicais.

A guerra psicológica e ideológica alimenta todo o simbolismo e a criação do inimigo em potencial. Diante da situação de ameaça a busca por solucionar a situação de tensão e ameaça latente abala a idéia de civilização. Nesse sentido, sentimentos combatidos pela idéia de civilização, forma moderada de terrorismo, e cosmopolitismo. Como aconteceu nos EUA, onde qualquer muçulmano passou a ser um potencial homem bomba. Será o cosmopolitismo existiu em algum momento? Ou foi a situação de medo?

2 comentários:

  1. penso assim
    como os eua tem muitas tropas espanhadas pelo mundo e complicado ele invadir mais paises , lembrando a relaçao que ele tem com a coreia do norte , etc . por isso creio que os eua mantera muitas relaçoes com paises que eles n gostam . instigando conflitos internos nos paises como siria . no caso da libia e bastante claro o apoio as tribos anti gadafi . pra finalizar vejo os eua cada vez mantendo relaçoes politicas relaçoes politicas compemsatorias e criando conflitos internos nos paises que representam impecilhos a geopolitica anglo saxonica ( o estado nacional e uma grande ameaça ao eua neoliberalismo multinacional este requer estados fragmentados e fantoches obedientes , caso lula ne pstu psol etc )
    alan

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  2. Roosevelt

    adorei o trocadilho, por um instante, qndo acabei de postar meu texto achei que tinha trocado os nomes! vai ver q e tudo igual so muda o tamanho da barba!

    bjao

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