terça-feira, 22 de novembro de 2011

IFAL na rádio

(RESULTADOS ACERCA DAS DECISÕES TOMADAS NA REUNIÃO REALIZADA NO DIA 17 DE NOVEMBRO NA RÁDIO INDEPEDENTE 98.1 LOCALIZADA EM PIRANHAS-ALAGOAS).

Como eu fiz questão de observar na semana passada, acredito que o projeto “O velho Chico em ação” com o programa “A voz da juventude” que está sendo realizado conjuntamente por mim e pelos alunos do Instituto Federal de Alagoas (IFAL) na Rádio Independente 98.1, deve se preocupar com a idéia de extensão. Para isso, fiz algumas observações sobre o cuidado que devemos ter ao julgarmos determinados formatos de programas como bons apenas para os nossos critérios, para que o projeto de extensão não se reduza a julgamentos elitistas.

No entanto, na reunião que foi realizada nessa quinta-feira (17/11), um dos primeiros discursos que ouvi de um dos alunos que não puderam comparecer a reunião passada foi acerca da não-inclusão de músicas que não viessem a trazer nada de formativo para os ouvintes. Volto a dizer: acho importante respeitarmos o gosto estético geralmente mais consumido pela comunidade, não só para praticarmos a tal diversidade cultural tão aclamada, como também para trazermos esse público para consumir o programa e ao mesmo tempo, expor outros formatos de programação para ele.

Sou da opinião de que o papel de uma instituição educacional é abrir a possibilidade de construir uma programação que possa provocar reflexões e conscientização nos ouvintes. Para isso, foi colocada no nosso encontro a possibilidade de convidarmos algum professor capacitado em discorrer acerca de algumas problemáticas que geralmente são encontradas em determinadas músicas como a condição da mulher, um debate sobre os ganhos e os perigos acerca da abertura do sexo na sociedade, etc, apresentando ao mesmo tempo na programação, músicas referentes a essas temáticas.

Acho que dessa forma, não só respeitaremos as diversas tendências musicais nas grades da programação, aceitando por conseqüência, o habito estético e musical da comunidade, motivando-a a consumir o programa, assim como traremos novas indagações que talvez não possam ter sido refletidas por ela. Mesmo assim, buscamos ter um cuidado acerca das afirmações sobre a capacidade interpretativa da comunidade. Para isso, optamos em formar algumas equipes para a partir dessa semana, aplicar um questionário para sabermos quais são as reais necessidades e opiniões do ouvinte.

Optamos primeiramente aplicar os questionários dentro das escolas para sabermos a opinião dos alunos e dos demais servidores acerca de qual programação seria mais interessante para eles, assim como a programação que não condiz com seus interesses, quais estilos musicais eles gostam de ouvir, quais estilos musicais eles não se identificam, etc. As escolas foram as escolhidas em primeiro plano, pois aproveitamos que alguns alunos envolvidos nos grêmios estudantis que também fazem parte do projeto já estão passando pelas escolas divulgando suas pautas políticas.

A idéia do projeto é também abrir a possibilidade do aluno participar dos programas. Acredito que colocando os alunos como locutores e responsáveis pela construção das pautas a serem discutidas no programa, possibilitaremos não só que eles passem a se interessar em angariar notícias referentes à educação, e por conseqüência, regulamentos que dizem respeito aos seus direitos e deveres, como também fazer com que eles observem através das suas práticas na rádio, a importância da comunicação como uma ferramenta capaz de possibilitar uma possível troca de informações, e, portanto, de novas reivindicações entre eles.

Como sabemos que os alunos não possuem experiências em apresentações de rádio, formamos equipes para serem treinadas por Claudevânia Freitas, que além de ter experiências como apresentadora de rádio, também é aluna do curso de agroindústria do IFAL. Ficou decidido que as equipes começaram a ter cursos de manuseio com os equipamentos disponíveis na rádio no sábado (19/11). Acredito que a instrumentalização desses alunos estimulará um aumento positivo em sua auto-estima, uma vez que se sentirão úteis à sociedade.

Como forma de incentivar os alunos e de institucionalizar o programa no IFAL, apresentei na reunião o projeto de extensão elaborado por mim durante a semana. Enviei o projeto para a reitoria do Instituto pedindo ajuda de custos para a contratação de dois bolsistas. Como forma de motivar os alunos que não receberão bolsas, propus no projeto a possibilidade de entregas de certificados para que eles possam angariar títulos importantes em seus currículos, favorecendo uma maior possibilidade de inclusão no mercado depois que tiverem finalizado seus cursos no IFAL.

Houve uma discussão referente à possibilidade da criação de uma rádio-novela. Como a idéia foi gerada por Daniel, professor de artes do IFAL, decidimos convocá-lo para participar da elaboração da trama e para organizar os ensaios. Falamos também acerca da elaboração de um documento referente à autorização dos pais em liberar seus filhos para participar do projeto, já que alguns alunos dos cursos técnicos, por serem menor de idade, têm sofrido empecilhos em comparecer aos nossos encontros. Esse documento será apresentado em uma reunião que acontecerá na próxima quarta-feira (23/11).

Gostaria de pedir aos leitores que se possível, provocassem novas questões acerca do projeto, tentando ao máximo possível, contribuir com novas sugestões, críticas, etc, pois acredito que quanto maior for o numero de observações sobre este projeto, maior a nossa possibilidade de enriquecê-lo, uma vez que eu acredito que é através de novas contribuições que o projeto poderá se aperfeiçoar cada vez mais. Por enquanto, eu fico à espera da próxima reunião que será realizada na próxima quinta-feira (24/11) para trazer de forma atualizada novas realizações do projeto.

Um comentário:

  1. Esse é um projeto impar o qual a juventude, não a juventude vinculada a faixa etária, mais sim a juventude no sentido mais amplo, aquela que exprime renovação, impeto e novas idéias, terá sua voz amplificada e uma programação de acordo com as necessidades locais da sociedade.

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