Sopra o vento na janela.
A paisagem encanta o viajante.
A estrada é longa.
Rasga o espaço com borracha e aço –
O homem de carne e osso;
Um vidente; na muralha sentinela.
Diz para si que seu destino é ela.
A menina da mocidade.
Uma lembrança doce do amargo de sua vida.
Um menino que cresceu espremido entre os prédios e o asfalto.
Olha para o alto!
No céu a lua se esconde entre nuvens cinza.
Poluição e poeira de mentes racionais.
Animais!
Canibais.
Armas letais.
Seus corações também amam.
Quem entende isso?
Ela estava em pé no terminal.
Ele correu e beijou-lhe os pés.
Perdão!
Ela o levou consigo.
Não o vejo mais.
Sumiu no meio do povo.
Roosevelt,
ResponderExcluirAo ler seu texto, rapidamente percebi uma sensação de vazio que paira nas cidades. Ao lado dessa vulnerabilidade circunstancial e afetiva encontramos a carência, os interesses provisorios, os contatos efemeros. Uma selva projeta racionalmente em cima de calculos e mais calculos confluindo com sentimentos bruscos provocados pelos incessantes desejos confusos e desnorteados. Simplesmente animais que se espremem nas matas frondosas quentes de concreto. Animais que reclamam, que entendem, que se perdem. Quantos ainda não me amarão desonradamente dentro das delicias da solidão?