Anseio por um canto
Para matar-me o afeto
Enfadonho encanto
Entregar-te meu cetro
Afastar-me o pranto
Desnudar o seu teto
Um fado vadio
Teu boné de oleado
O infame assovio
E o destino talhado
Em um canto vazio
Entoar meu achado
Fugir do arrepio
Centro do tornado
Caminhar nesse rio
Apinhar-me ao dedilhado
Um gostar arredio
O suor destilado
Um querer tão tardio
De invadir meu condado
Estilhaços de cio
Um encontro fadado
Ao sabor do covil
O infinito inventado
Perdão pela falha na semana passada. Não mais acontecerá. Abraço cordial! =)
ResponderExcluirQuerida Adla,
ResponderExcluircante, cante, cante, procure o afeto, ronde as esquinas de sua alma, os precipicios de seus medos, os gritos de seu ego que não vai adiantar: no final das contas, inventamos sempre o infinito e o que determinamos como finitos não passa de milhares de leituras e de traduções que fazemos a cada instante de nossa vida.
O canto e o cantinho que procuramos para nos proteger são amontoados de notas e pausas que compomos infinitamente. Vez em quando numa clave, vez em quando em outra. O tempo. Precisamos entender o tempo para encontrar um canto, um cantinho. As pautas são infinitas, mas a partitura não, apenas quando se cansa de (en)cantar. Entoemos então qualquer canto, em qualquer canto...
ResponderExcluirCaro Vina TorTO,
bela intervenção. Muito grata.
Deixa eu no meu cantinho
ResponderExcluirPonho em meu cachimbo
Meu e vosso amor
Acredito num futuro
Certo sendo incerto
Um escrever no escuro
Um não-verso poético...
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Musicalidade mil, adorei o poema, querida Adla!
Oh maraviA... =) Besitos Josué!
ResponderExcluirbacaninha
ResponderExcluirliteraura e muito importante pra cultura .
uma pequena e micro critica cachinbo ta na moda .
alan
Saudações Alan. =)
ResponderExcluirA objetividade de um Maimibass(ou um funk carioca,se preferir)me parece bem mais sensato.Mas,esses versos declamados com sotaque baiano são apaixonáveis.
ResponderExcluirmadruga
Miamibass*
Excluirmadruga